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ID
2540650
Banca
UFES
Órgão
UFES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Administração Geral
Assuntos

A predeterminação, o desligamento e a formalização, no entendimento de Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2010), são considerados

Alternativas
Comentários
  • AS FALÁCIAS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

     

    A Falácia da Predeterminação - Para se engajar em planejamento estratégico, uma organização deve ser capaz de prever o curso do seu ambiente, controlá-lo ou simplesmente assumir sua estabilidade. Caso contrário, não faz sentido fixar o curso de ação inflexível que constitui um plano estratégico. Igor Ansoff escreveu em Corporate Strategy, em 1965, que "vamos nos referir ao período para o qual a empresa é capaz de fazer previsões com uma precisão de, digamos, mais ou menos 20% como o seu horizonte de planejamento". Uma afirmação extraordinária em um livro tão importante. Como a previsibilidade pode ser prevista?

     

    A Falácia do Desligamento - A verdadeira administração por exceção e a verdadeira direção política são possíveis, tão somente porque a gerência não está inteiramente imersa nos detalhes da própria tarefa. A criação eficaz de estratégias liga a ação ao pensamento que, por sua vez, liga a implementação à formulação. É certo que pensamos para agir, mas também agimos para pensar.

     

    A Falácia da Formalização - O planejamento estratégico não foi apresentado como um suporte para a formação de estratégias, como um tipo de apoio para processos gerenciais naturais (inclusive a intuição), mas, sobretudo, como geração de estratégias no lugar da intuição. Os proponentes desta escola afirmam, há muito, que esta é a "melhor maneira" de se criar estratégias. F. Taylor, contudo (e contrariamente) cunhou a frase: “os planejadores nunca estudaram o processo que buscavam mudar, eles simplesmente assumiam que a melhor prática era a deles”.

     

     

     

    http://gestao-e-negocios.blogspot.com.br/2013/08/a-escola-de-planejamento.html

  • No dicionário, falácia quer dizer aquilo que é verossímil, porém inverídico. Parece verdade, não é. Henry Mintzberg, provavelmente o mais importante pensador a respeito de Administração de Empresas na atualidade, destaca, em seu livro "Ascensão e Queda do Planejamento Estratégico", três falácias fundamentais sobre o pensamento estratégico. Devemos estar atentos, pois são falácias tentadoras: Falácia número um: o pensamento deve ser desligado da ação. Os estrategistas e os planejadores devem estar longe do processo produtivo. Isso dá a eles uma melhor condição de avaliação para criar e planejar. Devem estar longe das pressões diárias do negócio para que possam ter grandes idéias. Porque é uma falácia? Porque o pensamento surge da ação. Séculos de pensamento platônico nos levaram a acreditar que as idéias comandam as ações quando, de fato, o que ocorre é o contrário: ações geram idéias. Quanto mais próximo está o estrategista do dia a dia do negócio, melhor conhece produto, mercado e cliente, mais consistentes serão suas idéias. Essa falácia é particularmente tentadora em países colonizados, como o Brasil, onde a idéia de pensamento como uma atividade superior à ação está implícita na cultura. Falácia número dois: os dados são plenamente confiáveis. É consequência necessária ou continuação natural da primeira falácia. Se estou longe da realidade, como vou ter idéias a respeito? Simples, vou receber dados e tratá-los. Mintzberg diz, textualmente: "Ter de investigar o mundo confuso dos detalhes forçaria os gerentes seniores a saírem de seus pedestais e, pior ainda, forçaria os planejadores a saírem da acomodação da equipe de apoio para as pressões de linha." Por isso, surgem os sistemas de informações gerenciais ou estratégicas. Porque é uma falácia? Porque os números e dados são uma face visível da realidade, não o todo, nem de longe o todo. A integração de dados que permitam transformar informação em inteligência demanda o amálgama de muitos fatores - numéricos e concretos - realizado, em última análise, apenas por um ser humano, pois exige criatividade e intuição. Falácia número três: o futuro é previsível. Estou longe do processo produtivo e tenho supostamente todos os dados relevantes. Claro que serei capaz, tendo dados e paz de espírito, de realizar uma leitura competente do cenário e prever a maioria dos eventos futuros possíveis. Porque é uma falácia? Porque o universo não é mais complicado do que imaginamos. Ele é mais complicado do que somos capazes de imaginar. As variáveis e as relações são complexas e extensas demais para caber em qualquer matriz relacional. Concorrentes, mercados, funcionários, clientes, mídia. O volume de variáveis obriga-nos, permamentemente, a reler o presente e adaptarmos nossas ações a ele. Distanciar, formalizar e antecipar são palavras que devem ser usadas com muito critério quando administramos, para não sermos apenas vozes soltas no vento. fonte: euros to muito de administração.blogspot.com