discordo da resposta, a lógica do mecanismo de defesa da resistência segundo Freud é sempre inconsciente.
Nesse sentido, a resistência é um conceito, como outros da teoria psicanalítica, que aparenta em um primeiro momento, ser construído por uma lógica paradoxal, disposto a partir de proposições antinômicas. No entanto, essa construção conceitual que ora se apresenta por uma proposição e ora por outra é aceita pela teorização psicanalítica em decorrência da lógica do inconsciente. Nosso objetivo é o de destacar que a resistência pode ser abordada no contexto clínico ora como impossibilidade e ora como condição de tratamento.
Resposta: letra B
Bibliografia utilizada pela banca: Fundamentos psicanalíticos: teoria, técnica e clínica: uma abordagem didática / David E. Zimerman. – Porto Alegre : Artmed, 2014.
Cap. 27 - O setting (enquadre)
... O que pode ser dito é que a resistência tanto pode ser inconsciente quanto consciente, mas sempre provém do ego, ainda que possa vir orquestrada pelas outras instâncias psíquicas. Ela pode expressar-se por meio de emoções, atitudes, idéias, impulsos, fantasias, linguagem, somatizações ou ações. Ou seja, todos os aspectos da vida mental podem ter uma função de resistência; daí a sua extrema complexidade. Clinicamente, elas aparecem em uma variedade de maneiras: claras, ocultas ou sutis; simples ou complexas; pelo que está acontecendo e pelo que está deixando de acontecer. Além disso, cada indivíduo tem uma pletora de recursos resistenciais, os quais variam com os distintos momentos do processo analítico.