SóProvas


ID
2545471
Banca
PUC-PR
Órgão
TJ-MS
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O texto a seguir é o excerto de uma entrevista concedida pela antropóloga Lilia Schwarcz para a Revista da Cultura.


Lilia, uma antropóloga como você, que se debruça sobre a história intrincada do Brasil, se permite ter esperanças?


Muita! Não parece, mas o Brasil: Uma biografia é um livro muito esperançoso. A Heloisa [Starling] e eu sempre dissemos que é uma biografia, porque, como todo personagem, tem momentos que a gente gosta do Brasil, tem momentos que a gente não gosta. Tem momentos que a gente aposta e tem momentos que não aposta tanto. O que é interessante é que, quando nós estávamos terminando o livro, a gente sabia que as coisas estavam acontecendo. O livro é muito esperançoso, porque a gente diz aí: “Um novo capítulo da república vai começar”. E a gente diz: “A democracia vai muito bem, está muito forte, constituída, segura, saudável; a república é que vai mal”. E conversando com a Heloisa agora, tenho dito que a gente precisa escrever sobre a democracia, porque eu, particularmente, acho que ela não vai bem.

                                                                               Revista da Cultura. Entrevista, ed. 107, p. 26.


A leitura da resposta dada pela antropóloga permite inferir que 

Alternativas
Comentários
  • Gabarito E

    E a gente diz: “A democracia vai muito bem, está muito forte, constituída, segura, saudável; a república é que vai mal”. E conversando com a Heloisa agora, tenho dito que a gente precisa escrever sobre a democracia, porque eu, particularmente, acho que ela não vai bem.

    a parte em negrito mostra o momento que ela mudou de ideia.

  • Gabarito letra E

     

    a) Errada. Não há divergência entre elas quanto ao assunto é democracia. Pode ser confirmado no seguinte trecho "E a gente diz: “A democracia vai muito bem, está muito forte, constituída, segura, saudável; a república é que vai mal”

     

    b) Errada. No trecho as autoras fazem clara distinção entre democracia e república. Pode ser confirmado no trecho "E a gente diz: “A democracia vai muito bem, está muito forte, constituída, segura, saudável; a república é que vai mal”

     

    c) Errada. A insatisfação não é contínua, mas sim intermitente. Veja o trecho: "tem momentos que a gente gosta do Brasil, tem momentos que a gente não gosta. Tem momentos que a gente aposta e tem momentos que não aposta tanto."

     

    d) Errada. CUIDADO!!!!! Aqui temos que ter uma certa maldade, perceba que é dito que o livro foi concluído em momento de calmaria ma democracia. E realmente podemos até achar que sim, pois ela afirma que a democracia vai muito bem. Então qual o erro? Ao meu ver, está em dizer que o livro foi concluído em determinado tempo, pois em momento algum do texto há esse tipo de informação, logo, não podemos ter a certeza de tal afirmação.

     

    e) Correta. De fato, Lilia mudou de idea a respeito da democracia. 

  • Ao meu ver o trecho que expressa essa mudança de ideia da autora é o seguinte:

    "E conversando com a Heloisa agora, tenho dito que a gente precisa escrever sobre a democracia, porque eu, particularmente, acho que ela não vai bem."

    Ou seja: antes pensava de um jeito, agora pensa diferente.

  • Dimas,

    Voce está certo quanto a explicação da letra D. Até pensei que fosse a D.

    Realmente ela muda de ideia sim. Ao mesmo tempo que diz que a democracia vai bem, forte etc. numa frase. Na outra ela diz que a democracia não vai bem. Mudou de ideia.

  • Resposta se encontra na penúltima e última linha

  • Questão de fácil entendimento, mas sobre o texto acho pertinente um comentário: Que bosta de pensamento de uma antropóloga.

  • Só um complemento do erro da letra D:

     

    "O que é interessante é que, quando nós estávamos terminando o livro, a gente sabia que as coisas estavam acontecendo. "

    se estava acontecendo algo, em calmaria o Brasil não se encontrava. 

  • a)há uma divergência entre as duas autoras do livro referido sobre democracia. 

    Em momento algum se diz que a co-autora diverge de sua opinião. Na ultima linha apenas ressalva sua opinião, sem comprometer a da colega.

     

    b) democracia e república são tratadas como sinônimos no livro referido no texto.  

    De forma alguma. “A democracia vai muito bem, está muito forte, constituída, segura, saudável; a república é que vai mal”. Há clara diferenciação.

     

    c) a insatisfação contínua com o Brasil permite que ele seja um personagem de livro.

    é uma biografia, porque, como todo personagem, tem momentos que a gente gosta do Brasil, tem momentos que a gente não gosta.

     

    d) o livro foi concluído em um momento de calmaria na democracia brasileira. 

    “A democracia vai muito bem, está muito forte, constituída, segura, saudável; a república é que vai mal” Infere-se que ao indicar que a democracia esteja indo bem em contraposição à república (governo), quer demonstrar que um esteja em contraposição a outro. Pois ao passo que a democracia seja pautada pela busca do interesse público, como as investigações policiais (lava jato, por exemplo), processos de impeachment etc, mostra-se contundentemente que o governo e a política estão sofrendo com a atuação democrática. Calmaria? Nenhuma!

     

    e) ela mudou de ideia a respeito do funcionamento da democracia no Brasil. 

    Linha 6: "E a gente diz: “A democracia vai muito bem, está muito forte, constituída, segura, saudável..." 

    Linha 7/8: "... a gente precisa escrever sobre a democracia, porque eu, particularmente, acho que ela não vai bem."

  • Realmente, as antropólogas devem ter vivido muito presas nos livros e pensavam que a democracia estava saudável, mas a república com problemas (corrupção, etc).

     

    Contudo, atualmente no Brasil, é notório que com 30 anos de período democratico o povo não aprendeu ainda o que é ser democratico. Em regra, as discussões de pontos divergentes terminam em palavras de baixo calão, argumentos super rasos e violência.

     

    As redes sociais trouxeram termômetro incrível de como está o nível de educação, cidadania e democracia das pessoas. O quadro é assustador. A educação nacional precisa formar cidadãos e não apenas trabalhadores/consumidores. O acesso ao ensino superior ainda é muito restrito.

     

    Vida longa e próspera, C.H.

     

     

     

  • Estava na dúvida entre A e E, mas uma palavrinha matou a questão:

     

    "E conversando com a Heloisa AGORA, tenho dito que a gente precisa escrever sobre a democracia, porque eu, particularmente, acho que ela não vai bem"

  • Concordo com o que o Concurseiro Humano disse.

  • Obrigado Camila Mussi! Sua explicação sobre a letra D tirou as dúvidas que tinha com relação ao gabarito. 

  • muito bom o comentario... Concurseiro Capixaba 

  • Não to conceguindo assisti as video aulas alguém pd mim ajuda eu sou novo aqui