De forma geral, a sequência para o desenvolvimento de uma árvore de falhas, contempla as seguintes etapas:
- Seleção do “Evento-Topo”: na aplicação em estudos de análise de riscos, normalmente o evento-topo é definido a partir de uma hipótese acidental, identificada anteriormente, pela aplicação de técnicas específicas, como Análise Preliminar de Perigos, HazOp, Análise de Modos de Falhas e Efeitos e What If, entre outras;
- Construção da árvore de falhas, determinando os eventos que contribuem para a ocorrência do evento-topo, estabelecendo as relações lógicas entre os mesmos;
- Seguir esse procedimento para os eventos intermediários até a identificação dos eventos básicos em cada um dos “ramos” da árvore;
- Realizar uma avaliação qualitativa da árvore elaborada, dando especial atenção para a ocorrência de eventos repetidos;
- Aplicação das probabilidades ou frequências nos eventos básicos;
- Cálculo das frequências dos eventos intermediários, de acordo com as relações lógicas estabelecidas, até a determinação da probabilidade ou frequência do evento-topo.
De acordo com as etapas anteriormente mencionadas, pode-se observar que a árvore de falhas contempla um “estudo” retrospectivo do relacionamento lógico das possíveis falhas (eventos) que contribuem para a ocorrência do “evento-topo” (hipótese acidental); assim, este, ou seja, o “evento-topo” representa o resultado da árvore (anteriormente conhecido), razão pela qual a “leitura do diagrama” é realizada de baixo para cima, ou seja, dos eventos básicos para o “evento-topo”.
Assim, para a construção da árvore de falhas, a partir de um determinado “evento-topo”, três perguntas são consideradas fundamentais para a identificação dos eventos intermediários e básicos e de suas relações lógicas; são elas:
- Que falhas podem ocorrer?
- Como essas falhas podem ocorrer?
- Quais são as causas dessas falhas?
A relação lógica entre os eventos-topo, intermediária e básica é representada por símbolos lógicos. Os principais são:
Evento-topo ou intermediário
O retângulo é utilizado para representar a descrição dos eventos que ocorrem por causa de um ou mais eventos;
Evento básico
Representa uma falha básica que não requer nenhum desenvolvimento adicional;
Evento não desenvolvido
Representa uma situação que este não será mais analisado, ou que não há interesse de ser analisado; ou seja, um evento que poderia continuar a ser desenvolvido, mas não há interesse em fazê-lo;
Porta “OU”
A saída ocorre se uma ou mais entradas da porta existirem;
Porta “E”
A saída ocorre se todas as entradas da porta existirem simultaneamente.