As palavras são divididas em dois grandes processos de formação. O primeiro deles é o que envolve a composição.  Palavra composta é aquela que apresenta, no mínimo, dois radicais.  Como esses radicais se juntam é o que orienta a classificação de palavras compostas justapostas e aglutinadas. Veja só.
1) Composição por justaposição. Na união, os radicais não sofrem qualquer alteração em sua estrutura.  Eis alguns exemplos:
pontapé (ponta + pé)  lava-roupa (lava + roupa)
2) Composição por aglutinação. Na junção, pelo menos um dos radicais sofre alteração em sua estrutura. Eis alguns exemplos:
embora (em boa hora)   planalto (plano alto)
Síntese Teórica – Palavras Derivadas
  Palavras derivadas são aquelas que apresentam prefixo e/ou sufixo.  Vejamos como podem ser classificadas.
1) Derivação prefixal: acréscimo de um prefixo à palavra.  Exemplos: desfazer, infiel, contraindicar.
2) Derivação sufixal: acréscimo de um sufixo à palavra. Exemplos: lealdade, felizmente, mulheraça.
3) Derivação prefixal e sufixal: em momentos distintos, prefixo e sufixo se agregaram à palavra.  É importante perceber que, ao retirarmos um deles, o restante da palavra existe na língua.  Veja só:
 infelizmente 
Existe, por exemplo, a palavra “infeliz”.
4) Derivação parassintética: ao mesmo tempo, prefixo e sufixo se agregaram à palavra.  É importante perceber que, ao retirarmos qualquer um deles alternadamente, a palavra não existe.  Noutras palavras, a palavra só existe com ambos os afixos ou sem ambos os afixos.
envelhecer
Não existe “velhecer”, nem “envelh”.
Síntese Teórica – Outros processos
1) Derivação regressiva: em geral, são substantivos abstratos derivados de infinitivos por diminuição.  Veja só: grito vem de gritar, abraço vem de abraçar, etc.
  Obs.: Alguns gramáticos arrolam como derivação regressiva alguns casos, todos reflexos da linguagem coloquial, de supressões de sufixos reais ou aparentes de algumas palavras.  Veja só: estranja (estrangeiro), japa (japonês), china (chinês), rebu (rebuliço), etc.
2) Derivação imprópria ou conversão: É o processo pelo qual as palavras, num contexto específico, mudam de classe, sem alterar a forma.  Veja só:  O talvez não existe para os bons. 
  Observe que, na frase acima, o advérbio “talvez” e o adjetivo “bons” foram substantivados.
3) Onomatopeia: É a palavra que reproduz aproximadamente certos sons ou ruídos: reco-reco, fonfom, cacarejar, traque.
4) Abreviação ou redução: É a redução da palavra até o limite permitido pela compreensão: moto (motocicleta), pneu (pneumático), metro (metropolitano), extra (extraordinário), etc.
5) hibridismo: É formação de palavras com elementos de línguas diferentes: sociologia (latim e grego), automóvel (grego e latim) televisão (grego e latim), sambódromo (africano e grego).
 
Autor: Arenildo Santos