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ID
2571316
Banca
FEPESE
Órgão
PC-SC
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 3

A arte de fazer crônicas

"A crônica não é um gênero maior" já escreveu Antônio Cândido. Graças a Deus, completou o próprio crítico, porque, "sendo assim, ela fica perto de nós" Na sua despretensão, humaniza. Fruto do jornal, onde aparece entre notícias efêmeras, a crônica é um gênero literário que se caracteriza por estar perto do dia a dia, seja nos temas, ligados à vida cotidiana, seja na linguagem despojada e coloquial do jornalismo. Mais do que isso, surge inesperadamente, como um instante de alívio para o leitor fatigado com a frieza da objetividade jornalística.

De extensão limitada, essa pausa se caracteriza exatamente por ir contra as tendências fundamentais do meio em que aparece - o jornal diário. Se a notí­cia deve ser sempre objetiva e impessoal, a crônica é subjetiva e pessoal. Se o jornal é frio, na crônica estabelece-se uma atmosfera de intimidade entre o leitor e o cronista, que refere experiências pessoais ou expende juízos originais acerca dos fatos versados. A crônica não é, portanto, apenas filha do jornal. Trata-se do antídoto que o próprio jornal produz. Só nele pode sobreviver, porque se nutre exatamente do caráter antiliterário do jornalismo diário. 

O leitor pressuposto da crônica é urbano e, em princí­pio, um leitor de jornal ou de revista. A preocupação com esse leitor é que faz com que, entre os assuntos tratados, o cronista dê maior atenção aos problemas do modo de vida urbano, do mundo contemporâneo, dos pequenos acontecimentos do dia a dia comuns nas grandes cidades. Por esse motivo, é uma leitura agradável, pois o leitor interage com os acontecimentos e, por muitas vezes, se identifica com as ações tomadas pelas personagens.

NISKIER, A. Disponível em:  <http://www.academia.org.br/artigos/arte-de-fazer-cronicas> Acesso em 12/11/2017. [Adaptado]

Considere os excertos extraídos do texto 3.

1. [...] a crônica é um gênero literário que se caracteriza por estar perto do dia a dia. (1º parágrafo)

2. De extensão limitada, essa pausa se caracteriza exatamente por ir contra as tendências fundamentais do meio em que aparece – o jornal diário. (2º parágrafo)

3. Se o jornal é frio, na crônica estabelece-se uma atmosfera de intimidade entre o leitor e o cronista. (2º parágrafo)

Assinale a alternativa correta, considerando a norma culta da língua escrita.

Alternativas
Comentários
  • a) Em 1, o pronome oblíquo átono pode ser posposto ao verbo. ERRADA - Utiliza-se próclise nas orações introduzidas por pronomes relativos.

     

    1. [...] a crônica é um gênero literário que se caracteriza por estar perto do dia a dia. (1º parágrafo)

     

    b) Em 1, a expressão dia a dia pode ser grafada como dia-a-dia. ERRADA devido ao novo acordo ortográfico.

     

    c) Em 2, o travessão pode ser substituído por dois-pontos, pois anuncia uma enumeração. ERRADA, pois não se trata de uma enumeração, mas sim de uma explicação.

     

    d) Em 2 e 3, há um caso de variação linguística: o pronome oblíquo átono "se" pode ser anteposto ou posposto ao verbo em cada uma das ocorrências. CORRETA, pois o verbo não se encontra no início da frase e não existe situação que obrigue o uso de próclise ou mesóclise, ou seja, são dois casos facultativos.

     

    e) Em 3, o vocábulo "Se" que inicia o período pode ser substituído por "Caso", pois se trata de uma oração subordinada que expressa uma condição. ERRADA, pois expressa causa. Obs.: não tenho certeza se é esse o motivo de estar errada, porém foi o único que consegui pensar.

     

    Se (uma vez que/ já que =  causa) o jornal é frio, na crônica estabelece-se uma atmosfera de intimidade entre o leitor e o cronista.

  • e) Em 3, o vocábulo "Se" que inicia o período pode ser substituído por "Caso", pois se trata de uma oração subordinada que expressa uma condição. E

    Para usar "Caso", teria que alterar o verbo. Caso o jornal seja frio, na crônica estabelece-se uma atmosfera de intimidade entre o leitor e o cronista. C

  • GABARITO: D.

  • Alguem pode me explicar pq a alternativa D está CORRETA?????

  • GABARITO: letra D

     

    O pronome oblíquo “se” pode ficar tanto enclítico quanto proclítico. Não há nenhum elemento atrator (advérbio, conjunção, pronome indefinido, pronome interrogativo, pronome relativo ou palavra negativa) para haver próclise obrigatória.

     

    “(...) essa pausa caracteriza-se exatamente por ir contra (...)" ou "(...) essa pausa se caracteriza exatamente por ir contra (...)”

    “(...) na crônica estabelece-se uma atmosfera de intimidade (...)" ou "(...) na crônica se estabelece uma atmosfera de intimidade (...)”

  •  d)Em 2 e 3, há um caso de variação linguística: o pronome oblíquo átono "se" pode ser anteposto ou posposto ao verbo em cada uma das ocorrências.

    Certo

    Há variação linguintica porque os prinomes podem variar de posição nesses casos. 

    2. De extensão limitada, essa pausa se caracteriza exatamente por ir contra as tendências fundamentais do meio em que aparece  – o jornal diário. (2º parágrafo) (o ''se'' grifado por mim pode ser colocado depois do ''caracteriza'' pois não há fator de atração e não encontramos nesse verbo nenhuma regra que barre a posposição).

    3. Se o jornal é frio, na crônica estabelece-se uma atmosfera de intimidade entre o leitor e o cronista. (2º parágrafo) (o ''se'' grifado por mim ''pode'' ser colocado antes do ''estabelece'', na verdade já deveria estar antes, pois existe fator de tração - adjunto adverbial).

  • Q740475

    No texto, as palavras “ideias” e “dia a dia” estão grafadas conforme regem as regras de ortografia oficiais. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente, também de acordo com as regras de ortografia vigentes. 

     a) Vêem, vôo, perdoo. 

     b) Minissaia, micro-ondas, pós-graduado. (gabarito)

     c) Pé-de-moleque, heróico, crêem. 

     d) Auto-ajuda, cara-a-cara, jibóia. 

     e) Co-ordenar, antigüidade, pingüim. 

  • "Se o jornal é frio,"...

    Gostaria de saber como colocar o pronome obliquo "Se" após o verbo neste caso.

    Até agora não entendi! rsrs

  • Marcos, esse "se" em " se o jornal é frio" é uma conjunção subordinativa. Não é conjunção integrante, ou seja, não existe a regra de colocação pronominal neste caso.

    Só substituir por "caso" que vc consegue ver, mas, teria que mudar o verbo da frase para concordar com essa conjunção.. por isso a letra E tá errada.

    Espero ter ajudado e me corrijam se eu estiver errada.

  • Na  alternativa 3 o se  me parece estar no  sentido de " uma vez que "

    Na alternativa E  , a alternativa fala do segundo se,  pois o primeiro é  conjunçao 

    Pegadinha do malandro 

     

     

  • Sobre a letra D: Em 2 e 3, há um caso de variação linguística: o pronome oblíquo átono "se" pode ser anteposto ou posposto ao verbo em cada uma das ocorrências.

    2. De extensão limitada, essa pausa se caracteriza exatamente por ir contra as tendências fundamentais do meio em que aparece  – o jornal diário. (2º parágrafo)

    3. Se o jornal é frio, na crônica estabelece-se uma atmosfera de intimidade entre o leitor e o cronista. (2º parágrafo).

     

    Por que na terceira frase é permitido ÊNCLISE, considerando que esta ocorre com verbos que iniciam oração?

  • Moisés, leia meu comentário! Acredito que irá te ajudar

  • d) Em 2 e 3, há um caso de variação linguística: o pronome oblíquo átono "se" pode ser anteposto ou posposto ao verbo em cada uma das ocorrências.

    Nas duas ocorrências temos o caso do SUJEITO ESTÁ ANTEPOSTO AO VERBO, nesse caso, temos o fator de próclise ou ênclise a gosto do freguês:

     

    2. De extensão limitada, essa pausa se caracteriza exatamente por ir contra as tendências fundamentais do meio em que aparece  – o jornal diário.

    quem se caracteriza? Essa pausa. Suj. anteposto o verbo, logo próclise ou ênclise

     

    3. Se o jornal é frio, na crônica estabelece-se uma atmosfera de intimidade entre o leitor e o cronista.

    quem se estabelece? crônica. Suj. anteposto o verbo, logo próclise ou ênclise

     

     

    e) Em 3, o vocábulo "Se" que inicia o período pode ser substituído por "Caso", pois se trata de uma oração subordinada que expressa uma condição.

    3. Se o jornal é frio, na crônica estabelece-se uma atmosfera de intimidade entre o leitor e o cronista.

    Para que a assertiva torne-se correta deve-se também conjulgar o verbo.

    Caso o jornal SEJA frio, na crônica estabelece-se uma atmosfera de intimidade entre o leitor e o cronista.

  •  

    D?  Em 2 e 3, há um caso de variação linguística: o pronome oblíquo átono "se" pode ser anteposto ou posposto ao verbo em cada uma das ocorrências.

    Esta questao deveria ser ANULADA, pois como o candidato deveria saber que o "SE" que ele esta se referindo em 2 se trata apenas do ESTABELECE-SE? Poderia estar se referindo ao inicio da frase "SE o jornal" já que ele diz "EM CADA UMA DAS OCORRÊNCIAS, dessa forma tornaria a alternativa errada.

     

  • Oberdan Lima, questão correta, somente o segundo SE é pronome conforme solicitado na questão. O primeiro é conjunção. 

    Banca não precisava marcar no texto. 

  • Aos nobres colegas que tem dificuldades em relação ao "se" sugiro que estudem sobre "função do se" o aluno tem que ir para a prova sabendo dentro do contexto para que serve, se trata de uma p.a., conjunção, pronome obliquo atono e por aí vai. Às vezes não é necessário a banca sublinhar, apenas saber o nome dentro do contexto.

  • letra D- está certa porque são cosas de facultativos, sujeito determinados, eu errei pq confundi a questão pensei que ela estava falando do 1° Se, que uma conjunção condicional e me perdi nessa questão.

  • Caro Oberdan Ferreira Lima, você é muito inocente kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, a partir do momento que a banca disse pronome atono, ela já está querendo que vc procure e saiba diferenciar quem é quem na oração.

  • De extensão limitada, essa pausa se caracteriza exatamente por ir contra as tendências fundamentais do meio em que aparece - o jornal diário. Se a notí­cia deve ser sempre objetiva e impessoal (causa), a crônica é subjetiva e pessoal (consequência). Se o jornal é frio (causa), na crônica estabelece-se uma atmosfera de intimidade entre o leitor e o cronista (consequência), que refere experiências pessoais ou expende juízos originais acerca dos fatos versados.