Pioneira na América Latina e no mundo lusófono, a Folha de S.Paulo instituiu a função em 1989, motivada pelo sucesso das experiências do Washington Post e do espanhol El País. Em 24 de setembro de 1989, a primeira página anunciava: “Ombudsman traz ao leitor os erros da Folha”. Tratava-se de chamada para coluna de estreia de Caio Túlio Costa, o primeiro ombudsman da imprensa brasileira, sob o título: “Quando alguém é pago para defender o leitor”.
Em 28 anos, alguns poucos jornais brasileiros repetiram o modelo da Folha, em geral, por períodos curtos. O jornal O Povo, de Fortaleza, é a exceção à regra. Desde 1993 mantém seu defensor dos leitores.
http://observatoriodaimprensa.com.br/edicao-brasileira-da-columbia-journalism-review/de-que-vale-funcao-de-ombudsman/
Ombudsman: Profissional contratado por uma organização (empresarial, governamental etc.) para observar, receber e investigar reclamações do público ou consumidor e apresentar críticas às falhas da organização. Fazendo parte do próprio quadro de empregados da organização ou atuando de modo terceirizado, o ombudsman precisa, necessariamente, de apoio e da confiança e seus superiores hierárquicos. Diz-se também ouvidor.
Profissional encarregado de fazer a crítica interna de uma publicação jornalística, bem como receber, avaliar e encaminhar as ponderações dos leitores. Esse profissional, contratado pela empresas que edita o jornal ou revista, surgiu na imprensa americana a partir da década de 1960, embora sua função já existisse em países como a Noruega e Suécia, com objetivos voltados para a administração pública.
Dicionário Essencial de Comunicação, Barbosa & Rabaça, p. 193/194