SóProvas


ID
2589553
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Marília - SP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

              Rubem Braga e Mário de Andrade, dois bicudos que não se davam


      Qual a razão da desavença entre Rubem Braga e Mário de Andrade, dois dos mais influentes escritores brasileiros do século 20? Era sabido que os bicudos jamais se beijaram, e a leitura de “Os Moços Cantam & Outras Crônicas Sobre Música” – um dos três títulos de uma caixa recém-lançada – põe mais lenha na fogueira da vaidade literária.

      Em texto que permanecia inédito em livro, publicado em 1957 no “Diário de Notícias”, Rubem Braga conta que, em cartas, o autor modernista se referia a ele como “asa negra da minha vida”. Macabro, não?

      O cronista desconfia que a hostilidade começou durante a Revolução de 1932. Com 19 anos, Braga cobriu a revolta armada contra Getúlio Vargas, chegando a ser preso como espião. O paulista não teria gostado do tom irônico das reportagens. Um ano depois, os dois se encontraram na redação do jornal “Diário de São Paulo”. Braga, que ocupava a mesa ao lado daquela em que Mário vinha à noite escrever sua crítica de música, tentou uma aproximação – mas não foi bem recebido.

      Já tendo se transformado no velho Braga, com as vastas sobrancelhas e o bigode em forma de trapézio que lhe conferiam um ar ainda mais carrancudo, o “Sabiá da Crônica” não poupou bicadas: “Em assuntos de amizade, tenho horror dessa história de ‘trocar de bem’ e ‘trocar de mal’, e o maior tédio a confissões, acertos de conta, explicações sentimentais com homens”.

      O fato é que Rubem Braga foi, entre os jovens intelectuais dos anos 1930, o único que não recebeu uma carta do guru Mário de Andrade. Se tivessem trocado um bilhetinho que seja, poderiam ter sido amigos. Ao menos, por correspondência.

              (Álvaro Costa e Silva. Folha de S.Paulo, 11.10.2016. Adaptado)

O autor do texto

Alternativas
Comentários
  • alguém me ensina interpretar crônicas,por favor????

  • Claro que errei, mas fiz uma tabela e separei essa briga:

    RB x MA  ......Motivo da Desavença - Vaidade Literária

    RB ( preso como espião; Cronista; tentou uma reconciliação - mal sucedida; Carrancudo; Sabiá da Crônica; não recebeu carta do Guru - MA); 

    MA ( paulista; Escritor Modernista - cartas; não gostou do tom irônico das reportagens de RB; crítico de música; Guru - pelos jovens);

    ...daí realmente a letra B convence mais.

     

     

     

  • A) O autor não chega explicitamente a demostrar sua reprovação. Fiquei "tentado" em marcar essa alternativa, mas acho que o o "Macabro, não?" é apenas um comentário, não uma reprovação clara.

    B) Gabarito

    C) Não há no texto uma evidente posição acerca do início da desavença entre os escritores, apenas uma suposição, ou como diz a alternativa B, uma conjectura.

    D) Extrapolação ao texto

    E) Apenas Braga tentou uma aproximação, mas "não foi bem recebido". Ademais, há uma extrapolação quando a alternativa afirma que eles "dividiam uma coluna" no jornal.

  • Meu Deus!!! Nem as questões mais tensas de Raciocínio Lógico me deram um nó na cabeça tão grande quanto esse texto.

  • Errei todas Galera!! algum macete que supra essa minha deficiência em relação ao texto ?

  • o segredo dessa questão está em saber o significado da palavra conjecturas...

  • Esse é realmente um texto complexo, por isso é importante ler e reler a fim de entender o posicionamento de cada personagem dentro do contexto. 

    Gabarito: B

  • Texto bem obscuro.

  • mesmo quando ele fal que não tinha certeza dos motivos...e que desconfia... Ele acha que foi por causa que cobriu a luta armada. Questão sacana essa.

  • Acho que a maior dificuldade da questão é entender de quem diabos o autor está falando (se você não sabe nada sobre Rubem Braga e Mário de Andrade)

    o autor modernista se referia a ele     (Mário se referia ao Rubem, acho eu)

    O cronista desconfia   (Rubem desconfia)

    O paulista não teria   (Mário, acho eu)

     

     

     

  • Eu desisto... parei.

  • Conjectura: é um substantivo feminino que significa um juízo ou opinião com fundamentação incerta, ou uma dedução de um acontecimento que poderá acontecer no futuro, baseado em uma presunção

     

     b) apresenta conjecturas de Rubem Braga acerca das razões da hostilidade de Mário de Andrade para com ele, tomando o cuidado de deixar claro que Braga não tinha certeza dos motivos do escritor modernista, o que se evidencia no segmento O cronista desconfia (3° parágrafo).  (gabarito)

     

    Sim, de fato Braga não tinha certeza sobre o motivo da hostilidade de Mário Andrade.

  • Ainda falam que português na Vunesp é molezinha!!!

  • Pensa em um texto chato para cara le o!

  • Um não foi com a cara do outro. Sendo que o Rubem Braga tentou se aproximar do Mário mas foi esnobado. Sem ter certeza dos motivos, Rubem Braga achava que o buxixo tivera início há época que cobrira a revolta contra Vargas.

  • GABARITO: LETRA B

    O cronista desconfia que a hostilidade começou durante a Revolução de 1932. Com 19 anos, Braga cobriu a revolta armada contra Getúlio Vargas, chegando a ser preso como espião. O paulista não teria gostado do tom irônico das reportagens. Um ano depois, os dois se encontraram na redação do jornal “Diário de São Paulo”. Braga, que ocupava a mesa ao lado daquela em que Mário vinha à noite escrever sua crítica de música, tentou uma aproximação – mas não foi bem recebido.

    → Nesse parágrafo temos a explicação do possível motivo (há desconfiança, não temos um valor de certeza).

    ☛ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva b

    apresenta conjecturas de Rubem Braga acerca das razões da hostilidade de Mário de Andrade para com ele, tomando o cuidado de deixar claro que Braga não tinha certeza dos motivos do escritor modernista, o que se evidencia no segmento O cronista desconfia (3º parágrafo).