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ID
2590132
Banca
FGV
Órgão
SEFIN-RO
Ano
2018
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

Em 01/01/2013, a Cia. K iniciou a pesquisa e o desenvolvimento do projeto de um sistema capaz de gerar maior controle sobre as suas atividades. O projeto durou três anos, tendo os seguintes gastos:


2013- R$ 200.000.

2014- R$ 300.000.

2015- R$ 500.000.


Além disso, sabe-se que:


• Em 2013, o projeto ainda estava na fase inicial da pesquisa e a empresa considerava a possibilidade de não ter sucesso com ele.

• Em 2014, a empresa iniciou a fase de desenvolvimento. Ao efetuar uma pesquisa de mercado, percebeu que não haveria demanda para o sistema, devido ao preço. No entanto, decidiu manter o projeto em curso normal, esperando que mudanças pudessem ocorrer.

• Em 2015, há repercussão mundial e a empresa consegue projetar uma demanda suficiente para justificar a produção em larga escala. Além disso, todos os critérios de reconhecimento dos gastos com desenvolvimento do Pronunciamento Técnico CPC 04 - Ativo Intangível foram atendidos. No final do ano o projeto é concluído.

• Em 2016, o projeto é lançado ao mercado. Na data, a empresa estima que o sistema irá trazer benefícios econômicos durante os cinco anos seguintes, a partir de 01/01/2016. Em 31/12/2016, a empresa efetua um teste de recuperabilidade e constata que o valor recuperável na data é de R$ 550.000.

• Em 2017, as vendas melhoraram e no teste de recuperabilidade, de 31/12/2017, a empresa considera que terá retorno de R$ 600.000 nos anos remanescentes de venda.


Assinale a opção que indica o valor contábil do sistema, em 01/01/2018.

Alternativas
Comentários
  • Resolução:

    2013: A fase de pesquisa é despesa.

    2014: Mesmo sendo fase de desenvolvimento, como a empresa percebeu que não haveria demanda para o sistema devido ao preço, referido gasto é uma despesa, pois os gastos com desenvolvimento não foram capazes de gerar prováveis benefícios econômicos futuros.

    2015: Como todos os critérios para gastos com desenvolvimento foram atendidos, a empresa registra um ativo intangível no valor de R$ 500.000 em 31/12/2015.

    2016: Vida útil de cincos anos a partir de 01/01/2016.

    Amortização anual (01 a 31/12/16) = 500.000/5 anos = R$ 100.000

    Valor contábil em 31/12/16 = 500.000 – 100.000 = R$ 400.000

    Como o valor contábil em 2016 é menor que o valor recuperável, nenhum ajuste deve ser feito.

    2017: Amortização de 2017 também é igual a R$ 100.000.

    Valor contábil em 31/12/17 = 500.000 – 200.000 = R$ 300.000

    Como o valor contábil em 2017 é menor que o valor recuperável, nenhum ajuste deve ser feito.

     

    Portanto, o valor contábil do sistema em 01/01/2018 é igual a R$ 300.000.

    Gabarito: B.

     

    Fonte: Feliphe Araújo - Exponencial Concursos

  • GABARITO B

     

    1. Todo o valor de 2013 deve ser contabilizado como despesa e não deve ser reconhecido como ativo intangível. De acordo com o CPC04, os gastos com pesquisa são reconhecidos como despesa.

    "54. Nenhum ativo intangível resultante de pesquisa (ou da fase de pesquisa de projeto interno) deve ser reconhecido. Os gastos com pesquisa (ou da fase de pesquisa de projeto interno) devem ser reconhecidos como despesa quando incorridos."

     

    2. Os valores de 2014 também não devem ser contabilizados como ativo intangível por ainda não haver a capacidade de vendê-lo. Logo este valor deve ser contabilizado como despesa.

    "Um ativo intangível resultante de desenvolvimento (ou da fase de desenvolvimento de projeto interno) deve ser reconhecido somente se a entidade puder demonstrar todos os aspectos a seguir enumerados:

    (a)  viabilidadetécnicaparaconcluiroativointangíveldeformaqueelesejadisponibilizado para uso ou venda;

    (b)  intenção de concluir o ativo intangível e de usá-lo ou vendê-lo;

    (c)  capacidade para usar ou vender o ativo intangível;

    (d)  forma como o ativo intangível deve gerar benefícios econômicos futuros. Entre outros aspectos, a entidade deve demonstrar a existência de mercado para os produtos do ativo intangível ou para o próprio ativo intangível ou, caso este se destine ao uso interno, a sua utilidade;

    (e)  disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros recursos adequados para concluir seu desenvolvimento e usar ou vender o ativo intangível; e

    (f)  capacidade de mensurar com confiabilidade os gastos atribuíveis ao ativo intangível durante seu desenvolvimento."

     

    3. Todos os requisitos do CPC04 foram atendidos, portanto os valores gastos em 2015 devem ser reconhecidos como ativo intangível.

     

    Ativo Intangível = R$500.000

    Vida útil = 5 anos

    Depreciação anual = R$100.000

     

    Portanto, o valor do ativo em 31/12/16 é de R$400.000 (500.000 - 100.000).

    Como o valor recuperável é maior que o valor contábil do intangível, não deve ser realizado nenhum ajuste.

     

    Em 2017 deve ser reconhecida mais uma quota anual de depreciação, portanto, o valor contábil do ativo em 01/01/18 é de R$300.000 (R$400.000 - R$100.000).

  •  Software____________ 500.000 

    - Dep. Acum._________ (200.000) ---> Depreciação de 2016 e 2017

    - Impairment _________(      0     )  ---> Somente se registra o Impairment em situações negativas; não é o caso da questão.

    Valor Contábil________  300.000   ---> Valor contábil em 31/12/2017

     

    Cálculo da Depreciação: R$ 500.000 / 5 anos = R$ 100.000 por ano

  • Assistam o vídeo da Prof Camila Sá, tenho certeza que ajudará muito.

    https://youtu.be/4eBA1BxpoRA

  • Segundo o CPC 04 – Intangível nenhum ativo intangível resultante de pesquisa deve ser reconhecido. Os gastos com pesquisa devem ser reconhecidos como despesa quando incorridos. 

    Isso ocorre porque durante a fase de pesquisa de projeto interno, a entidade não está apta a demonstrar a existência de ativo intangível que gerará prováveis benefícios econômicos futuros. Portanto, tais gastos devem ser reconhecidos como despesa quando incorridos.

    Quando o projeto entra na fase de desenvolvimento, a entidade poderá ativar os gastos realizados, desde que a entidade demonstre os aspectos a seguir enumerados:

    (a) viabilidade técnica para concluir o ativo intangível de forma que ele seja disponibilizado para uso ou venda;

    (b) intenção de concluir o ativo intangível e de usá-lo ou vendê-lo;

    (c) capacidade para usar ou vender o ativo intangível;

    (d) forma como o ativo intangível deve gerar benefícios econômicos futuros. Entre outros aspectos, a entidade deve demonstrar a existência de mercado para os produtos do ativo intangível ou para o próprio ativo intangível ou, caso este se destine ao uso interno, a sua utilidade;

    (e) disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros recursos adequados para concluir seu desenvolvimento e usar ou vender o ativo intangível; e

    (f) capacidade de mensurar com confiabilidade os gastos atribuíveis ao ativo intangível durante seu desenvolvimento. 

    Com isso, conclui-se que os gasto efetuados ao longo de 2013 e 2014 devem ser considerados como despesas.

    Já o gasto efetuado em 2015 deve ser conhecido como parte do custo do intangível gerado internamente, pois o enunciado afirma que “todos os critérios de reconhecimento dos gastos com desenvolvimento do Pronunciamento Técnico CPC 04 – Ativo Intangível foram atendidos”.

    Assim, em 31/12/2015 a entidade terá evidenciado um ativo intangível no valor de R$ 500.000 em seu balanço patrimonial.

    Dado que a vida útil do item é de 5 anos, a entidade deverá amortiza-lo anualmente no valor de R$ 100.000.

    Posteriormente, em 2016 e 2017, verificou-se que o valor recuperável (R$ 550 mil e R$ 600, respectivamente) são superiores ao valor contábil do item. Assim, não há que se falar em reconhecimento de perda por desvalorização, afinal, certamente o valor contábil (custo –e amortização acumulada) será inferior ao valor recuperável.

    Para finalizar, vamos calcular o valor contábil do item em 01/01/2018.

    Custo  R$ 500.000

    ( – )  Amortização Acumulada  (R$ 200.000) →       ref. a 2016 e 2017

    ( = )  Valor Contábil  R$ 300.000

    Com isso, correta a alternativa B.