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ID
2590957
Banca
FGV
Órgão
SEFIN-RO
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I – Do que as pessoas têm medo?


A geração pós-1980 e início de 1990 só conhece os tempos militares pelos livros de História e pelas séries da TV. Para a maioria dela, as palavras “democracia” e “liberdade” têm sentido diferente daquele para quem conheceu a falta desses direitos e as consequências de brigar por eles. Se hoje é possível existir redes sociais; se é possível que pessoas se organizem em grupos ou movimentos e digam ou escrevam o que querem e o que pensam, devem-se essas prerrogativas a quem no passado combateu as arbitrariedades de uma ditadura violenta, a custo muito alto.

A liberdade não é um benefício seletivo. Não existe numa sociedade quando alguns indivíduos têm mais liberdade que outros, ou quando a de uns se sobrepõe à de outros.

É fundamental para a evolução das sociedades compreender que o status quo das culturas está sempre se modificando, e que todas as modificações relacionadas aos costumes de cada época precisaram quebrar paradigmas que pareciam imutáveis. Foi assim com a conquista do voto da mulher, com a trajetória até o divórcio e para que a “desquitada” deixasse de ser discriminada. Foi assim, também, com outros costumes: o comprimento das saias, a introdução do biquíni, a inclusão racial, as famílias constituídas por união estável, o primeiro beijo na TV e tantas outras mudanças que precisaram vencer os movimentos conservadores até conseguirem se estabelecer. Hoje, ninguém se importa em ver um casal se beijando numa novela (desde que o casal seja formado por um homem e uma mulher). Há pouco mais de 60 anos, o primeiro beijo na TV, comportado, um encostar de lábios, foi um escândalo para a época.

A questão do momento é se existe limite para a expressão da arte.

                                    Simone Kamenetz, O Globo, 18/10/2017. (Adaptado) 

Ao dizer que “A liberdade não é um benefício seletivo”, a autora do texto quer dizer que a liberdade

Alternativas
Comentários
  • "A liberdade não é um benefício seletivo. Não existe numa sociedade quando alguns indivíduos têm mais liberdade que outros, ou quando a de uns se sobrepõe à de outros."
     

     a)deve ser a mesma para todas as pessoas. (GABARITO)

     b) é uma conquista de poucos para muitos

     c)foi conquistada por uma minoria lutadora

     d)faz parte de um objetivo diário de todos os cidadãos. O texto nada fala sobre.

     e)ainda não chegou a um estado de perfeição. O texto nada fala sobre.  

  • Creio que o modo de resolver esse tipo de questao é: normalmente os textos desenvolvem-se da seguinte forma, primeiro o autor apresenta um topico frasal (que é a tese dele, a opinião dele) e logo em seguinda ele expõe argumentos para valorizar ou dar força ao seu pensamento. Portanto, se a autora afirmou que a liberdade não é um beneficio seletivo (tópico frasal), logo a frente teremos o argumento que fundamenta o pensamento dela (Não existe numa sociedade quando alguns indivíduos têm mais liberdade que outros, ou quando a de uns se sobrepõe à de outros).

  • Parece mentira que essa questão é da FGV. Fiquei procurando a pegadinha...

  • Esse professor só comenta as questões que a maioria das pessoas tem facilidade. Não o vejo comentando aquelas que todo mundo erra. Péssimo!
  • Se fosse seletiva, a liberdade seria essencial para uns e supérflua para outros, o que iria em sentido oposto ao que a autora descreve em seguida quando diz: "Não há sociedade quando uns tem mais liberdade que outros, ou que a liberdade de uns se sobrepõe a de outros".

    Logo, conclui-se que a liberdade deve ser a mesma para todas as pessoas, sem distinção.

  • essa foi fácil mas a resposta foi bem falsa para autora.