A velhice, de acordo com o pensamento de alguns, é uma fase de recolhimento, anulação e privações. Pode ser uma longa espera para o inevitável, um tempo de sossego e meditação forçada. Felizmente, nem todos pensam assim. Desde a antiguidade, sábios e espirituosos pensam até o contrário.
Se observarmos a vida dos idosos atualmente, podemos facilmente perceber que o que pensam os sábios está mais próximo da realidade dos fatos de hoje. Com o aumento da qualidade e da expectativa de vida das populações e com as mudanças de mentalidade em relação ao modo de viver, a velhice agora pode ser sinônimo de vida ativa, saudável e feliz, em toda a sua plenitude. O idoso pode então ser visto como alguém que, depois de uma parcela do tempo de vida empregada ao trabalho e à dedicação à família, desfruta uma etapa de lazer, interação social, aprendizagem despreocupada, busca de conhecimento interior e felicidade desprendida.
É claro e evidente que todos esses benefícios só poderão ser conquistados se a velhice for acompanhada, necessariamente, de boa saúde e lucidez. E o segredo de uma velhice saudável, todos nós sabemos, é baseado em uma regra simples, de três recomendações: alimentação equilibrada, prática de atividades físicas compatíveis e períodos de repouso restauradores.
Prolongar essa etapa importante da vida tem uma receita mais simples ainda: atividade e felicidade. E, para manter a lucidez, devemos ocupar a mente com atividades nobres.
A vida moderna e o apoio institucional e social ao idoso transformaram a velhice em um período possível de vida ativa, em que podemos manter o nosso corpo fortalecido e saudável e continuar desfrutando os melhores prazeres da vida. Esses benefícios juntos nos permitem manter afastada a trágica ideia da morte próxima.
(Maria Terezinha Santellano. Disponível em: http://www.portalterceiraidade.org.br. Adaptado)