Questão 259939

• Banca: COPEVE-UFAL
• Órgão: UFAL
• Ano: 2011
• Provas: COPEVE-UFAL - 2011 - UFAL - Economista
• Disciplina: Economia
• Assuntos: Contabilidade Nacional / PIB; Fundamentos Macroeconomicos; História Econômica Brasileira; História Econômica e Economia Contemporânea; Macroeconomia

Depois da inplantação do Plano Real, em 1994, a dívida pública brasileira aumentou consideravelmente. Qual opção abaixo é considerada a mais correta na explicação desse fenômeno?

• A. Aumento dos gastos públicos, principalmente com investimentos.
• B. Elevação do déficit da Previdência Social.
• C. O fim do imposto inflacionário.
• D. A emissão de títulos públicos para auxiliar o equilíbrio no Balanço de Pagamentos e os elevados níveis das taxas de juros SELIC.
• E. A queda nas receitas fiscais em razão da diminuição do ritmo de crescimento econômico ao longo da década.

Gabarito: D

Comentários

• Ao adotar o Plano Real o Brasil se utilizou de um sistema de ancoragem cambial,  passando o Dólar a valer 1R$.
  
  Afetado pelo grande vulto de importações e viagens internacionais, o Bacen teve que elevar muito as taxas de juros, como forma de atrair capitais e retomar o equilíbrio no Balanço de Pagamentos. 
  
  Os títulos da dívida são corrigidos pela SELIC, a taxa básica de juros, meta estabelecida pelo Bacen, elevando em muito o montante da dívida pública.
  
  A resposta certa é a letra D.
• a) Apesar das contas públicas não estarem equilibradas, houve um ajuste fiscal importante no plano
  
  b) Houve Reforma na Previdência Social, já no segundo governo FHC. Aumento na idade para se aposentar, fator previdenciário, etc
  
  c) Havia o chamado "Efeito Tanzi às avessas", já que o Brasil possuia receitas fiscais melhor indexadas do que seus gastos, logo as receitas governamentais estavam mais protegidas da inflação do que os gastos.
  
  d) Foram os ônus e bônus do aumento de juros. Ajudou no combate à inflação, porém a dívida pública se acelerou. Os juros altos se tornaram mais uma âncora para os preços, além da cambial
  
  e) As contas primárias passaram de um déficit de 1% do PIB em 89 para um superávit de 5% em 94. Logo houve clara melhora nas conta públicas