SóProvas


ID
2605699
Banca
FCC
Órgão
DPE-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      As crianças gostam de brincadeiras que sejam imitativas e repetitivas, mas, ao mesmo tempo, inovadoras. Firmam-se no que lhes é conhecido e seguro, e exploram o que é novo e nunca foi experimentado.

      O termo “arremedo” pode implicar algum grau de intenção, mas imitar, ecoar ou reproduzir são propensões psicológicas (e até fisiológicas) universais que vemos em todo ser humano e em muitos animais.

      Merlin Donald, em Origens do pensamento moderno, faz uma distinção entre arremedo, imitação e mimese: o arremedo é literal, uma tentativa de produzir uma duplicata o mais exata possível. A imitação não é tão literal quanto o arremedo. A mimese adiciona uma dimensão representativa à imitação. Em geral, incorpora o arremedo e a imitação a um fim superior, o de reencenar e representar um evento ou relação. O arremedo, segundo Donald, é visto em muitos animais; a imitação, em macacos e grandes primatas não humanos; a mimese, apenas no ser humano.

      A imitação, que tem um papel fundamental nas artes cênicas, onde a prática, a repetição e o ensaio incessantes são imprescindíveis, também é importante na pintura e na composição musical e escrita. Todos os artistas jovens buscam modelos durante os anos de aprendizado. Nesse sentido, toda arte começa como “derivada”: é fortemente influenciada pelos modelos admirados e emulados, ou até diretamente imitados ou parafraseados.

      Mas por que, de cada cem jovens músicos talentosos ou de cada cem jovens cientistas brilhantes, apenas um punhado irá produzir composições musicais memoráveis ou fazer descobertas científicas fundamentais? Será que a maioria desses jovens, apesar de seus dons, carece de alguma centelha criativa adicional? Será que lhes faltam características que talvez sejam essenciais para a realização criativa, por exemplo, audácia, confiança, pensamento independente?

      A criatividade envolve não só anos de preparação e treinamento conscientes, mas também de preparação inconsciente. Esse período de incubação é essencial para permitir que o subconsciente assimile e incorpore influências, que as reorganize em algo pessoal. Na abertura de Rienzi, de Wagner, quase podemos identificar todo esse processo. Há ecos, imitações, paráfrases de Rossini, Schumann e outros − as influências musicais de seu aprendizado. E então, de súbito, ouvimos a voz de Wagner: potente, extraordinária (ainda que horrível, na minha opinião), uma voz genial, sem precedentes.

      Todos nós, em algum grau, fazemos empréstimos de terceiros, da cultura à nossa volta. As ideias estão no ar, e nos apropriamos, muitas vezes sem perceber, de frases e da linguagem da época. A própria língua é emprestada: não a inventamos. Nós a descobrimos, ainda que possamos usá-la e interpretá-la de modos muito individuais. O que está em questão não é “emprestar” ou “imitar”, ser “derivado”, ser “influenciado”, e sim o que se faz com aquilo que é tomado de empréstimo.

(Adaptado de: SACKS, Oliver. O rio da consciência. Trad. Laura Teixeira Motta. São Paulo: Cia. das Letras, 2017, ed. digital) 

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Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA E

     

     

     

     

     

    a) INCORRETA - CASO SUPRIMISSE O A DEVERIA SER CRASEADO, VISTO QUE O A DA FRASE É ARTIGO

    que talvez sejam essenciais À realização criativa

     

    b) INCORRETA - O VERBO ADICIONAR É VERBO TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO. ASSIM, É OBRIGATÓRIO O USO DA CRASE.

    A mimese adiciona uma dimensão representativa à arte de imitar.

     

    c) INCORRETA - USO INADEQUADO DE CRASE. NÃO PODE HAVER CRASE DIANTE DE PRONOME.

     

    d) INCORRETA - USO INADEQUADO, VISTO QUE É PROIBIDA CRASE ANTES DE VERBO.

     

    e) CORRETA - É O CASO DE FRASE OPCIONAL

     

     

     

    DICAS:

    Nunca ocorre crase:

    1) Antes de masculino.

    Caminhava a passo lento.

    2) Antes de verbo.

    Estou disposto a falar.

    3) Antes de pronomes em geral.

    Eu me referi a esta menina.

    Eu falei a ela.

    4) Antes de pronomes de tratamento.

    Dirijo-me a Vossa Senhoria.

    5) Com as expressões formadas de palavras repetidas. HA EXCEÇÕES

    Venceu de ponta a ponta.

    6) Quando um a (sem o s de plural) vem antes de um nome plural.

    Falei a pessoas estranhas.

     

    Uso facultativo da crase

    Antes de nomes próprios de pessoas femininos e antes de pronomes possessivos femininos, pode ou não ocorrer a crase.

     

     

     

  • Crase facultativa:

     

    BIZU: "ATÉ SUA JÉSSICA"

     

    ***** Após a preposição ATÉ

    ***** Diante de PRONOMES POSSESSIVOS FEMININOS NO SINGULAR

    ***** Diante de NOMES PRÓPRIOS FEMININOS

     

    "Não tenho medo da pessoa que treina 1000 chutes. Tenho medo da pessoa que treina 1000 vezes o mesmo chute" - BRUCE LEE

  • Letra (e)

     

    Observação: Tratando-se de pessoa célebre com a qual não se tenha intimidade, geralmente não se usa o artigo nem o acento indicativo de crase, salvo nos casos em que o nome esteja acompanhado de especificativo.

  • USO FACULTATIVO DA CRASE:

    1.Antes de nome próprio feminino;

    EX.:Refiro-me à (a) Maria

     

    2.Antes de pronome possessivo feminino;e

    Ex.:Dirija-se à(a) sua fazenda

     

    3. Depois da preposição "até".

    Ex.: Dirija-se até à (a) porta.

  • O sinal indicativo de crase é facultativo antes de pronome possessivo feminino;

    Não pode antes de verbo, antes de palavras masculinas, de artigos indefinidos, pronomes de tratamento e pronomes indefinidos;

    Continuemos.

  • Considerações sobre todas as alternativas:

     

    a) No segmento que talvez sejam essenciais para a realização criativa, o elemento sublinhado pode ser suprimido, uma vez que se encontra diante da preposição “a”.

    ERRADO, o "a" após "para" é um Artigo.

     

    b)Caso o elemento sublinhado em A mimese adiciona uma dimensão representativa à imitação seja substituído por “arte de imitar”, o sinal indicativo de crase deve ser suprimido.

    ERRADO, continua sendo necessário em razão de "arte" também ser um substantivo feminino no singular.

     

    c)Sem prejuízo da correção e do sentido, o elemento sublinhado em Firmam-se no que lhes é conhecido e seguro pode ser substituído por “à elas”. 

    ERRADO, "elas" está no plural, não cabe crase.

     

    d) Na frase “vemos em todo ser humano e em muitos animais propensões psicológicas, e até fisiológicas, à imitar”, o uso do sinal indicativo de crase é adequado.

    ERRADO, o uso da crase é inadequado antes de verbos no infinitivo

     

    e)O sinal indicativo de crase no segmento fazemos empréstimos de terceiros, da cultura à nossa volta é facultativo e pode ser suprimido.

    CORRETO, uma das poucas exceções de crase de uso facultativo, diante de pronomes possessivos femininos.

  • Gabarito: letra E.

    Justificativa: Casos facultativos de crase: diante de pronomes possessivos femininos so singular quando o termo regente exigir a preposição "a".

    Exemplo: Ele desistiu de viajar devido A/À sua doença. Para explicar as mãos inchadas, menti A/À minha mãe.

    Mas cuidado: Se o pronome possessivo estiver no plural, não haverá mais um caso de crase facultativa. Exemplo: Jamais me submeterei passivamente A/Às tuas ordens.

  • Antes de pronomes possessivos no singular o emprego da crase é facultativo

  • Pronome possissivo, singular e que não subententdam palavras a CRASE será facultativa. 

  • A regra é que a crase será facultativa antes de PRONOMES POSSESSIVOS ADJETIVOS FEMININOS. Se o pronome possessivo for substantivo (ou seja, aquele que substitui um substantivo), a crase será obrigatória! Cuidado.

  • Tem que ter cuidado que a faculdade só ocorre com o pronome possessivo no SINGULAR.

  • E

    É facultativo a crase antes de pronomes possessivos femininos no singular que não subentendam palavras !

  • Uso de Crase em Pronomes Possessivos:

    1. Regência "A" + Pronome Possessivo Feminino + Substantivo = Crase Facultativa 

    Ex: Fui à (a) sua residência.

    2. Regência "A" + Pronome Possessivo Feminino = Crase Obrigatória

    Ex: Você não foi à minha.

    3. Sem regência "A" + Pronome Possessivo Feminino = Sem Crase

    Ex: Comprei a sua ideia.

    4. Regência "A" + artigo "As" + Pronome Possessivo Plural = Crase Obrigatória

    Ex: Eu me referi às suas apostilas.

  • Cuidado! Se o pronome possessivo não vier especificado, DEVE usar a crase

    d) A Luciana, deram outra oportunidade.

    E) Minhas razões são idênticas as suas.

    primeira --> opcional, mulher

    segunda --> pronome substantivo, substitui o pronome, logo DEVE ser usado

     

    2015

    No trecho “Chama-lhe à minha vida uma casa” (R.7), é facultativo o emprego do sinal indicativo de crase.

    CERTA

  • Gabarito: letra E.

    Justificativa: Casos facultativos de crase: diante de pronomes possessivos femininos so singular quando o termo regente exigir a preposição "a".

    Exemplo: Ele desistiu de viajar devido A/À sua doença. Para explicar as mãos inchadas, menti A/À minha mãe.

    Mas cuidado: Se o pronome possessivo estiver no plural, não haverá mais um caso de crase facultativa. Exemplo: Jamais me submeterei passivamente A/Às tuas ordens.

  • GAB E

     

    Casos facultativos de crase:

     

    1) Antes do pronome possessivo adjetivo feminino, que é o caso da assertiva E.

    2) Depois da considerada locução prepositiva "até a"

    3) Antes de nomes próprios femininos

    4) Diante de certos topônimos, como Europa, Ásia, África, França, Inglaterra...

     

    ver Q917572


    (Fonte: Fernando Pestana)

  • Anote...Diante de Pronome possessivo singular feminino

  • Antes de pronome possessivo feminino no singular ( minha, tua, nossa, vossa) crase facultativa.

  • Cuidado quer crase antes de nome próprio feminino, caso seja especificado, é crase obrigatóriaaa!

    ex: Eu me referi a/à Sueli ( facultativo)

    Eu me referi à Sueli das Primas ( nome especificado, crase obrigatória!

  • representativa a ... a arte de imitar (à)

    a elas ("a" singular x plural)

     à imitar (crase antes de verbo ñ pode)

  • Letra E

    Crase e Acento Facultativo.

    Os pronomes possessivos, quando determinam os substantivos, podem também vir antecedidos de

    artigo, porém tal uso é facultativo. Para o assunto crase, interessam-nos os possessivos femininos: minha, tua, sua, nossa, vossa.

    Tal tema é recorrente nos concursos, por isso procure fazer ampla distinção entre a estrutura singular e

    a plural:

    . ACENTO FACULTATIVO:  Ele foi à nossa festa.  ou  Ele foi a nossa festa.

    . ACENTO PROIBIDO:   Ele foi a nossas festas.

    . ACENTO OBRIGATÓRIO:  Ele foi às nossas festas.

    Fonte: https://joaobolognesi.com/category/crase/

    Material curso Damásio Educacional

  • ALTERNATIVA A: Alternativa incorreta, pois “para” é uma preposição anterior a um artigo definido “a”, que serve para definir o substantivo “realização”. Seria possível não omitir, mas substituir “para” pela preposição “a”, resultando na fusão da preposição com artigo “à”.

    ALTERNATIVA B: Alternativa também incorreta, pois o verbo “adiciona” pede uma preposição “a” introduzindo seu objeto indireto. Além disso, “arte de imitar” pode aceitar sem incorreção o artigo “a”. Portanto, a substituição feita não impõe a remoção do sinal indicativo de crase.

    ALTERNATIVA C: Alternativa incorreta, pois não existe crase antes de pronome pessoal, caso de “elas”.

    ALTERNATIVA D: Não pode haver crase antes de verbos, caso pelo qual “à imitar” impõe um uso inadequado do acento grave.

    ALTERNATIVA E: A gramática normativa prevê que a existência de artigo antes de pronomes possessivos é facultativa, o que é o caso de “nossa”. Como ocorre a presença da preposição “a” e o artigo definido é facultativo, a crase se torna facultativa nessa construção. Portanto, alternativa correta.

    Resposta: E

  • GABARITO: LETRA E

    Tudo o que você precisa para acertar qualquer questão de CRASE:

    I - CASOS PROIBIDOS: (são 15)

    1→ Antes de palavra masculina

    2→ Antes artigo indefinido (Um(ns)/Uma(s))

    3→ Entre expressões c/ palavras repetidas

    4→ Antes de verbos

    5→ Prep. + Palavra plural

    6→ Antes de numeral cardinal (*horas)

    7→ Nome feminino completo

    8→ Antes de Prep. (*Até)

    9→ Em sujeito

    10→ Obj. Direito

    11→ Antes de Dona + Nome próprio (*posse/*figurado)

    12→ Antes pronome pessoal

    13→ Antes pronome de tratamento (*senhora/senhorita/própria/outra)

    14→ Antes pronome indefinido

    15→ Antes Pronome demonstrativo(*Aquele/aquela/aquilo)

    II - CASOS ESPECIAIS: (são7)

    1→ Casa/Terra/Distância – C/ especificador – Crase

    2→ Antes de QUE e DE → qnd “A” = Aquela ou Palavra Feminina

    3→ à qual/ às quais → Consequente → Prep. (a)

    4→ Topônimos (gosto de/da_____)

    a) Feminino – C/ crase

    b) Neutro – S/ Crase

    c) Neutro Especificado – C/ Crase

    5→ Paralelismo

    6→ Mudança de sentido (saiu a(`) francesa)

    7→ Loc. Adverbiais de Instrumento (em geral c/ crase)

    III – CASOS FACULTATIVOS (são 3):

    1→ Pron. Possessivo Feminino Sing. + Ñ subentender/substituir palavra feminina

    2→ Após Até

    3→ Antes de nome feminino s/ especificador

    IV – CASOS OBRIGATÓRIOS (são 5):

    1→ Prep. “A” + Artigo “a”

    2→ Prep. + Aquele/Aquela/Aquilo

    3→ Loc. Adverbiais Feminina

    4→ Antes de horas (pode está subentendida)

    5→ A moda de / A maneira de (pode está subentendida)

    FONTE: Português Descomplicado. Professora Flávia Rita

  • Para quem ficou com dificuldade de encontrar a preposição:

    Vamos trocar " nossa volta" por "nosso redor"

    • Todos nós, em algum grau, fazemos empréstimos de terceiros, da cultura ao nosso redor