Ademais, as recentes transformações pelas quais o Estado e a sociedade vêm passando, decorrentes da então aclamada modernização ocidental, demonstraram que as tradicionais formas de operacionalizar a intervenção pública, em que se destaca o caráter centralizador e vertical da gestão das políticas e o atendimento fragmentado e setorizado das demandas sociais, já eram insuficientes para dar respostas à complexa realidade social. Nesta perspectiva, o trabalho de redes surgiu como uma proposta de intervenção capaz de forjar uma nova abordagem no enfrentamento das demandas da população, baseada na troca de saberes e de práticas entre os atores públicos ou entes governamentais envolvidos, visando à superação das formas cristalizadas de atendimento cujo enfoque não garante solução para as demandas sociais a cada dia mais complexas.
Texto adaptado de PEREIRA, K. Y. L. e TEIXEIRA, S. M. Redes e intersetorialidade nas políticas sociais: reflexões sobre sua concepção na política de assistência social. Revista: Textos & Contextos (Porto Alegre), v. 12, n. 1, p. 114 - 127, jan./jun. 2013.