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ID
2610589
Banca
FCC
Órgão
AL-MS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Jornalismo
Assuntos

A RAC − Reportagem Assistida por Computador é, inegavelmente, fruto dos avanços da informática e sua utilização é cada vez maior nas redações de todos os veículos de comunicação. Assim sendo, considere:


I. O seu exercício está marcado pelo uso de planilhas de cálculo.

II. Na coleta de material, desprezam-se as fontes primárias.

III. Lança-se mão, prioritariamente, de bancos de dados.

IV. Navega-se na Internet coletando inúmeras informações.


Sobre a RAC, está correto o que consta APENAS em

Alternativas
Comentários
  • Algumas das técnicas apresentadas por Nilson Lage no que se refere à RAC:

    1- Internet 

    A confiabilidade é um dos principais temas aqui. Nem tudo que se encontra na rede é verdade. Por isso, a pesquisa na Internet deve ser investigada off-line.

    2- Planilhas de cálculo

    “Planilhas de cálculo servem principalmente à cobertura de esportes, ciências sociais e da natureza, economia e política (…) É possível a partir de dados disponibilizados pelo sistema penitenciário, estabelecer em valores percentuais, quantos presos cumprem integralmente a pena e quantos saem antes.”

    3- Banco de dados

    “Sua utilidade em reportagem ganha sentido principalmente quando se pensa que as matérias de um jornal fazem parte de um contínuo, que o assunto ou o caso a que se referem(…) Um bom repórter especializado em política ou problemas na Amazônia, pode ir colecionando em banco de dados informações sobre a criminalidade em geral e casos específicos”.   

     

  • Reportagem com o auxílio do computador é o termo comumente utilizado para descrever o uso de computador para reunir e analisar os dados necessários para escrever notícias. A disseminação dos computadores, os softwares e da Internet mudou a maneira como os repórteres realizam seu trabalho. Repórteres coletam informações rotineiramente em seus bancos de dados, analisam recursos públicos com planilhas e programas estatísticos, estudam mudanças políticas e demográficas com mapeamento de sistemas de informações geográficas, realizam entrevistas por e-mail e pesquisam antecedentes para artigos na Web. Comumente, isso ficou conhecido como reportagem com o auxílio de computador (ou RAC). Está intimamente ligado à "precisão" ou ao jornalismo analítico, que se referem especificamente ao uso de técnicas das ciências sociais e de outras disciplinas pelos jornalistas.

    Um pesquisador argumenta que “a era da reportagem com auxílio de computador” teve início em 1952, quando a rede de TV americana CBS usou um computador UNIVAC I para analisar a campanha presidencial dos Estados Unidos. Um dos primeiros exemplos datam de 1967, depois das revoltas de Detroit, quando Philip Meyer do Detroit Free Pressusou um computador mainframe para mostrar que pessoas que haviam frequentado o ensino superior eram tão prováveis de promoverem revoltas quanto pessoas que haviam abandonado o ensino ainda na escola. Desde a década de 1950, a reportagem com auxílio de computador se desenvolveu a tal ponto que as bases de dados se tornaram fundamentais para o trabalho dos jornalistas nos anos 80.

    As técnicas expandiram-se de pesquisas e técnicas de levantamento para uma nova oportunidade para jornalistas: a utilização do computador para analisar grandes volumes de registros governamentais. O primeiro exemplo desse tipo de técnica provavelmente foi Clarence Jones, do The Miami Herald, que em 1969 trabalhou com um computador para encontrar padrões no sistema de justiça criminal. Entre outros especialistas notáveis estão: David Burnham, do The New York Times, que em 1972 usou o computador para expor discrepâncias nas taxas de criminalidade relatadas pela polícia; Elliot Jaspin, do The Providence Journal, que, em 1986, comparou bancos de dados para expor os motoristas de ônibus escolares com histórico de condução ruim e registros criminais; e Bill Dedman, do The Atlanta Journal-Constitution, que recebeu o Prêmio Pulitzer por sua pesquisa em 1988, The Color of Money, que tratava da discriminação de empréstimos hipotecários e redilização em bairros com maior parte da população negra e de renda média.