A pesquisa etnográfica parte dos processos diários e visa
compreendê-los qualitativamente. Ela pode utilizar a observação participante,
uma estratégia em que o pesquisador participa do cotidiano pesquisado e vai
registrando descritivamente tanto as experiências, quanto suas análises sobre
elas, sem, porém, interferir nelas. No entanto, quando o pesquisador, além de
interagir com o fenômeno pesquisado, intervém nele, modificando e
aprimorando as práticas pesquisadas, temos a pesquisa-ação.
Já o estudo de caso é a escolha de um caso particular, mas
amplamente representativo, que permita inferências e generalizações
posteriores.
A pesquisa bibliográfica, que consiste em considerar como
referenciais textos escritos sobre o assunto, sejam livros, teses, dissertações,
artigos, etc e que é diferente da pesquisa documental, que considera como
referências não só textos bibliográficos, mas qualquer tipo de documento, como
jornais, fotos, filmes, gravações, etc. A grande diferença entre as duas é que na
pesquisa documental não há tratamento analítico da fonte.
Há também a pesquisa experimental, muito eficiente para as ciências
naturais, geralmente realizada em laboratório, que se concentra na
observação, experimentação e manipulação do objeto afim de compreender
sua composição, relações, funcionalidades, etc. Anotam-se os experimentos e
resultados para posterior tratamento analítico. Esta modalidade se diferencia
da pesquisa de campo, na qual há a observação do objeto em seu ambiente
próprio, podendo ter uma perspectiva descritiva ou analítica. Existem, ainda, a
pesquisa exploratória, que é apenas um levantamento de dados para analisar
se existe a possibilidade de haver uma pesquisa explicativa, que além de
registrar e analisar os fenômenos estudados, objetiva identificar suas causas,
seja pelo método quantitativo, das ciências naturais, ou qualitativo, mais usado
nas ciências sociais e humanas (SEVERINO, 2007).
MATOS, Allan