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ID
2612500
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Parmênides e Heráclito foram dois pensadores pré-socráticos com ideias antagônicas: este considerava que é essencial a mudança e a contradição existente nas próprias coisas; aquele, contrariamente, considerava que o que não pode ser pensado não pode existir e o que não existe não pode ser pensado. 


Considere: 


I. “Nós nos banhamos e não banhamos no mesmo rio. Não é possível descer duas vezes no mesmo rio”.

II. “O ser tampouco é divisível, pois é todo inteiro, idêntico a ele; não sofre nem acréscimos, o que seria contrário à sua coesão, nem dominação, mas todo inteiro, está cheio de ser; é, assim, inteiramente contínuo, pois o ser é contínuo ao ser”.

III. “Este cosmos, o mesmo para todos, nenhum dos deuses e nenhum dos homens o criou: mas sempre foi, é e será um fogo sempre vivo, acendendo-se e apagando-se com medida”.

IV. “É uma a mesma e a mesma coisa: o vivo e o morto, o acordado e o adormecido, o jovem e o idoso, pois a mudança de um converte no outro, reciprocamente”.

V. “Não há que temer que jamais se prove que o não ser é. Só nos resta um caminho a percorrer, o ser é. E há uma multidão de sinais de que o ser é incriado, imperecível, pois somente (o ser) é completo, imóvel e eterno”. 


Correspondem ao pensamento de Heráclito, o que se afirma APENAS em

Alternativas
Comentários
  • Resposta : "D"

    A escola jônica ainda ganha caudal com a representativa figura de Heráclito de Éfeso, este que se torna um dos mais notáveis, apesar de sua obscuridade, dentre os pré-socráticos, e que proclama que a todos é dado o dom de se autoconhecer, mesmo antes da famosa sentença de Sócrates (“A todos os homens é compartilhado o conhecer-se a si mesmos e pensar sensatamente”).Sua principal doutrina, baseada na ideia de que não se pode banhar duas vezes no mesmo rio, afirma a fluidez do ser (que apesar de sua pluralidade fluida mantém assim sua unidade estável), na medida em que um certo estado de vir-a-ser permanente define de modo definitivo a qualidade das coisas. E, não fossem estas coisas, sequer justiça haveriam de ter conhecido os homens, na medida em que desta unidade plural, é deste vir-a-ser onde a essência de tudo é estar o tempo todo em constante movimento, revela aos homens o que é cada coisa, e nesta ordenação (onde os contrários se encontram em luta, e as coisas empíricas não encontram permanência), lhes faz conhecer justiça (“Nome de justiça não teriam sabido, se não fossem estas (coisas)”. pag. 89 (Bittar, Eduardo Carlos Bianca Curso de Filosofia do Direito / Eduardo C. B. Bittar, Guilherme Assis de Almeida. – 11. ed. – São Paulo: Atlas, 2015).