Para responder a questão, leia o texto a seguir.
Imagine a fotografia de um iceberg. Na superfície da água, os olhos enxergam apenas cerca de 10% de um gigantesco bloco de gelo submerso. Essa mesma imagem poderia representar a sua saúde em determinado instante. A parte visível da geleira flutuante equivaleria ao que acreditamos ser a nossa condição atual, a fotografia daquele momento, que não revela todo o resto.
Você está acima do peso? Sofre com insônia, dores ou depressão? São situações do gênero que nos fazem procurar um especialista. Só que a medicina tradicionalmente atua naquela ponta de gelo aparente, oferecendo remédios e outros tratamentos para o que está na superfície, sem refletir que ninguém fica doente de uma hora para outra. Assim como ninguém engorda de repente, sem explicação.
Por trás de qualquer problema que percebemos, está um desequilíbrio que começa nos andares mais profundos do iceberg da nossa comparação. E esses níveis submersos estão relacionados a algo que ganha cada vez mais importância. Estou falando de estilo de vida, que é pessoal e intransferível.
O meu maior desafio como médico é convencer as pessoas que modifiquem seus hábitos. Pequenas mudanças já seriam capazes de prevenir nada menos do que 80% das doenças crônicas e 40% dos tumores malignos, o que não é pouco. Por isso, este texto propõe que você pense sobre as escolhas que faz diariamente. Reuni sugestões para ajudá-lo a escutar o seu corpo – porque ele fala, e muito! – e a cuidar melhor de todos os aspectos que envolvem o seu bem-estar. A saúde deve ser algo com significado positivo e harmônico, até porque não faz sentido viver correndo atrás do prejuízo e começar a se cuidar só depois que aparecem os problemas físicos.
O primeiro andar submerso do nosso “iceberg” diz respeito à prática de atividade física. Muitas pessoas se surpreenderão em saber que uma vida ativa não depende de frequentar a academia. Manter-se em movimento, ou não, é uma decisão que tomamos em várias ações do cotidiano. Erros de alimentação – ela corresponde ao segundo andar – também têm um peso enorme quando o assunto são as doenças relacionadas ao estilo de vida. Elas formam um grupo bem grande, que inclui problemas cardiovasculares e diabete.
Na base de tudo, porém, estão as questões relacionadas à mente. Para cada pensamento, cada emoção, existe uma resposta fisiológica. Não à toa, o estresse crônico está direta ou indiretamente ligado a sete entre as dez doenças que mais matam no mundo. Até mesmo o lado espiritual, nosso último andar submerso, pode ser a razão do aparecimento ou da mudança de curso de eventuais doenças. E o lado espiritual a que me refiro aqui não tem necessariamente a ver com religião, e sim com a conexão corpo-menteespírito. A saúde de qualquer um desses elementos pode afetar o estado dos outros. O todo é bem mais que a soma das partes. Você é único.
PEDRINOLA, Filippo. Como anda a sua saúde. Ir: Um convite à saúde. São Paulo: Ed. Abril, 2011. p. 14-15 (Adaptado)
Considere os seguintes enunciados do texto:
Pequenas mudanças já seriam capazes de prevenir nada menos do que 80% das
doenças crônicas e 40% dos tumores malignos, o que não é pouco.
Não à toa, o estresse crônico está direta ou indiretamente ligado a sete entre as dez
doenças que mais matam no mundo.
Essas informações, fornecidas pelo autor do texto, sustentam-se sobre um conhecimento