-
CERTO.
Pela teoria keynesiana, a rigidez dos salários nominais é condição necessária para supormos a inclinação positiva da curva de oferta agregada. Os salários nominais ajustam-se lentamente (quando a DA recua, os preços caem e as firmas têm menos receitas; como os custos seguem os mesmos – em decorrência da rigidez dos contratos salariais –, os lucros das empresas diminuem, o que as leva a reduzir a produção e demitir). Os keynesianos argumentavam que na realidade os preços não são tão flexíveis como na teoria. Segundo eles, em uma situação de recessão na qual a redução da renda força os preços de equilíbrio para baixo, os preços não se ajustam automaticamente a essa redução. Isso ocorre porque os produtores são reticentes em reduzir sua margem de lucro por produto vendido e porque trabalhadores e sindicatos impedem uma redução nominal nos salários. O hiato entre os preços praticados e o preço de equilíbrio determina maior redução da produção para se ajustar ao baixo consumo e no não aproveitamento pleno dos fatores de produção disponíveis, aumentando inclusive a taxa de desemprego.
Já segundo o modelo clássico, uma expansão da demanda agregada (DA) eleva apenas o nível de preços devido à validade da Lei de Say e da total flexibilidade de preços e salários. Na hipótese de preços e salários nominais flexíveis, temos uma curva de oferta agregada vertical.
-
João Carvalho, concordo com seu comentário, mas duvido do sucesso de eventual recurso. Acho que, para o Cespe, "teoria keynesiana" engloba todas as linhas de pensamento derivadas, por mais discrepantes que sejam.
-
Baseando-se em dados da economia do Reino Unido no período de 1861 a 1957, Phillips mostrou haver uma correlação negativa entre a inflação e o desemprego
https://pt.wikipedia.org/wiki/Curva_de_Phillips
O pressuposto das expectativas racionais é um conceito econômico formulado pela primeira vez por John Muth em 1961 e que se popularizou após a publicação de artigo assinado por Robert Lucas e Leonard Rapping em 1969 sobre salário real, emprego e inflação.[1]
Seu cerne se baseia na hipótese de que os agentes econômicos utilizam toda a informação disponível sobre o atual comportamento e as previsões para o futuro da economia. Com base na experiência e nessas informações, os agentes antecipam de forma racional as atitudes e políticas futuras do governo, reagindo no presente em consonância com as expectativas formadas e anulando em algum grau a efetividade dessas políticas.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Expectativas_racionais
A teoria dos ciclos reais de negócios (teoria RBC) é uma classe de modelos macroeconômicos na qual a maior parte das flutuações no ciclo de negócios são atribuídas a choques reais, em vez de nominais. Ao contrário de outras teorias dominantes dos ciclos de negócios, a teoria RBC considera recessões e períodos de crescimento econômico como uma resposta eficiente economicamente para mudanças exógenas na economia real. Ou seja, o nível do produto nacional necessariamente maximiza a utilidade esperada, e o governo deveria se concentrar nas políticas estruturais de longo prazo, no lugar de intervir com políticas fiscais e monetárias designadas para suavizar flutuações econômicas de curto prazo.
De acordo com a teoria RBC, os ciclos de negócios são reais, não representando uma falha nos mercados, mas sim o caminho mais eficiente da economia, dada sua estrutura. Neste ponto, a teoria RBC difere de outras teorias dos ciclos de negócios, como a economia keynesiana ou o monetarismo, os quais veem as recessões como sendo falhas mercadológicas.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_dos_ciclos_reais_de_neg%C3%B3cios
-
Lembrando que ...
para o cespe, alterações dos salários nominais deslocam a curva de oferta.
-
Não seria "interesse pelo salário absoluto"? Ou seja nominal (absoluto) e não relativo (real). De fato, os salários nominais não se reduzem (há rigidez nominal), no entanto o salário real, por vezes, diminui com a inflação ao longo do tempo sem os trabalhadores sequer notarem. Enfim, pedi comentário do professor. Marquei a questão errada por esse motivo: salário relativo X salário absoluto.
-
Fala pessoal! Tudo bem? Professor Jetro Coutinho na área, para comentar esta questão sobre a rigidez de salários.
Enquanto os clássicos acreditavam que os preços e os salários seriam flexíveis, o que levaria a um ajustamento automático no mercado, Keynes argumentava que, no curto prazo, os preços e os salários são rígidos.
A rigidez dos preços e dos salários impede o ajuste automático do mercado, o que faz com que nem sempre a economia se mantenha no equilíbrio.
Segundo Keynes, as principais razões pelas quais os preços e os salários são rígidos são:
Legislação sobre salário mínimo: O governo define um patamar de salário mínimo. Este salário mínimo impede que o salário caia para abaixo do estabelecido pelo governo.
Sindicalização do mercado de trabalho: Por meio dos sindicatos, os trabalhadores definem o seu salário por meio de negociações coletivas, que devem ser respeitados pelos trabalhadores e pelas empresas, mesmo que haja algum choque econômico que jogue o salário de equilíbrio para um nível abaixo do acordado.
Salários de eficiência (salário relativo): parte do pressuposto que salários altos tornam os trabalhadores mais produtivos. Por isso, haveria o receio do empregador em diminuir o salário, pois os trabalhadores poderiam não ser tão produtivos. Os trabalhadores, então procurariam empresas que pagam salários altos, para uma mesma função.
A questão só não citou a questão do salário mínimo. Mas questão incompleta não é questão errada. Portanto, a questão está, de fato, correta.
Gabarito do Professor: CERTO.
-
GAB: CERTO
Complementando!
Fonte: Prof. Celso Natale
Os salários, na Teoria Keynesiana, são rígidos em decorrência, principalmente, do interesse dos trabalhadores pelo salário relativo e da sindicalização do mercado de trabalho.
-
Lembrando que segundo a teoria Keynesiana mais tradicional, há 3 fontes de rigidez salarial:
. Salário relativo: trabalhadores estão interessados tanto no salário real absoluto quanto no relativo. No entanto, o real absoluto é mais difícil de enxergar que o relativo, pois aquele depende de uma correta observação do nível agregado de preços. Assim, as negociações salariais envolvem formar uma estrutura de salários relativos que seja aceitável para trabalhadores e empregadores. Se os salários nominais fossem cortados para determinado trabalhador, ele poderia enxergar como uma redução relativa: ele estaria recebendo menos que trabalhadores semelhantes na mesma indústria.
. Contratos de trabalho: em indústrias com fortes sindicatos, os salários nominais são definidos contratualmente. O salário monetário não reage a eventos exógenos ocorridos durante a vigência do contrato. Assim, o contratante decide o nível ótimo de emprego ao observar o salário monetário fixo contratualmente.
. Acordos: mesmo que os salários não sejam fixos contratualmente, Keynes acreditava na existência de acordos implícitos que impediam que o empregador diminuísse o salário quando diante de uma queda na demanda por seus produtos.
A questão versa corretamente sobre as duas primeiras fontes.