A história do Brasil após 1988 deve ser encarada e entendida pela relação entre o Executivo e o Legislativo. Governou bem aqueles que souberam "encantar", pactuar ou sensibilizar o legislativo. Quem conseguiu fazer isso governou bem e quem não conseguiu se deu mal! Quando a coalização não ocorre ou vai muito mal temos a figura do impeachment (basta olhar os dois últimos, na qual os argumentos jurídicos-políticos usados como fundamento não foram graves o suficiente quando comparados a outros atos muitíssimo mais graves cometidos por outros presidentes). Boas coalizões permitiram a FHC realizar diversas privatizações, estabilizar a economia, passar a PEC da reeleição e se reeleger. Boas coalizões pemitiram as políticas sociais do governo Lula, sua reeleição e inclusive a transferência do seu capital à sra dilma. Boas coalizões permitiram ao Sr. Temer passar, em pequeníssimo espaço de tempo, a reforma trabalhista, início da reforma da previdência, pec do teto fiscal de gastos, intervenção federal no RJ etc.
A pergunta que se faz quando pensamos em coalização e poder de agenda é só uma: quais os instrumentos que o PR tem para fazer o LEG andar com ele? Ou melhor, quando nasceu o "mensalão" ou quando ele não foi utilizado na política brasileira?