Ao ser usado o termo “ Descolonização", que via de regra é associado à construção de Estados independentes na Ásia e África após a segunda guerra mundial, têm-se a impressão que a libertação das regiões coloniais de suas metrópoles europeias foi quase uma “benesse" dos colonizadores, por conta da lógica de autodeterminação dos povos, que havia feito parte do falido projeto dos EUA para uma paz equilibrada após a primeira grande guerra e, que ficou na história como “ Os 14 pontos de Wilson", o então presidente dos EUA.
Na verdade a liberdade veio por conta da ação contínua dos povos dominados por sua independência. Desde que existiu a dominação europeia, existiu a reação contra ela. Como exemplos podemos citar ,no século XIX , a Guerra dos Boxers na China e a revolta dos Cipaios na Índia. Via de regra não foram bem sucedidas por conta da superioridade bélica dos colonizadores e das rivalidades entre os povos e etnias das áreas colonizadas.
É após a segunda guerra, quando rivalidades internas foram amainadas por conta de participação entre as tropas coloniais, quando começa a ser desmontado o mito da superioridade do homem branco e, as potências europeias estão enfraquecidas por duas grandes guerras, que as lutas pela libertação começam a ser vitoriosas. Não foi um processo linear , nem fácil e, em alguns lugares bastante sangrento, como na Argélia
O tema é clássico em currículos de História da escola básica, principalmente no Ensino Médio. Há uma boa quantidade de publicações didáticas e acadêmicas acerca do tema. Destaca-se o paradidático da Letícia Bicalho Canêdo, da série Discutindo a História.
Pelo exposto conclui-se que a afirmativa apresentada está incorreta
Gabarito do Professor: ERRADO.