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ID
2625424
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
ABIN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Acerca de transtornos parafílicos e da atuação profissional em programas de prevenção e tratamento de infecções sexualmente transmissíveis, julgue o item a seguir.


Quando uma pessoa apresenta pensamentos recorrentes e persistentes envolvendo atos sexuais com crianças, o diagnóstico é de pedofilia.

Alternativas
Comentários
  • De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV-TR) da Associação Psiquiátrica Americana- (APA), código 302.2, os três seguintes critérios devem ser preenchidos para se estabelecer um diagnóstico correto de pedofilia: 18(D)

    1. experiências pessoais recorrentes, fantasias sexuais e desvios de comportamento envolvendo atividade sexual com uma criança pré-púbere (geralmente com idade igual ou inferior a 13 anos) por um período mínimo de seis meses;

    2. fantasias e comportamentos sexuais que causam dificuldade ou incapacidade de exercer as funções diárias em áreas sociais, profissionais, dentre outras;

    3. o pedó lo- ter, pelo menos, 16 anos, ou ser 5 anos mais velho que a vítima. 

  • TRANSTORNO PEDOFÍLICO

    Critérios Diagnósticos 302.2 (F65.4)

    Por um período de pelo menos seis meses, fantasias sexualmente excitantes, impulsos sexuais ou comportamentos intensos e recorrentes envolvendo atividade sexual com criança ou crianças pré-púberes (em geral, 13 anos ou menos).

    O indivíduo coloca em prática esses impulsos sexuais, ou os impulsos ou as fantasias sexuais causam sofrimento intenso ou dificuldades interpessoais.

    O indivíduo tem, no mínimo, 16 anos de idade e é pelo menos cinco anos mais velho que a crian- ça ou as crianças do Critério A.
    Nota: Não incluir um indivíduo no fim da adolescência envolvido em relacionamento sexual contínuo com pessoa de 12 ou 13 anos de idade.

    Determinar o subtipo:
    Tipo exclusivo (com atração apenas por crianças) Tipo não exclusivo

    Especificar se:
    Sexualmente atraído por indivíduos do sexo masculino Sexualmente atraído por indivíduos do sexo feminino Sexualmente atraído por ambos

    Especificar se: Limitado a incesto

    DSM-V , p.698

  • Transtorno pedofílico é caracterizado por fantasias, impulsos ou comportamentos intensos ou recorrentes sexualmente excitantes envolvendo adolescentes pré-púberes ou jovens (geralmente ≤ 13 anos); ele só é diagnosticado quando as pessoas têm ≥ 16 anos e são ≥ 5 anos mais velhas do que a criança que é o alvo das fantasias ou comportamentos.

  • Gente, há uma diferença entre transtorno parafílico e parafilia. Conforme DSM-V (2013, p. 686), para ser considerado um Transtorno Parafílico, o sujeito precisa atender aos critérios A e B:

    Critério A especifica a natureza qualitativa da parafilia (p. ex., foco erótico em crianças ou em expor a genitália a estranhos).

    Critério B especifica suas consequências negativas (i.e., sofrimento, prejuízo ou dano a outros).

    Ou seja, se o sujeito possui foco erótico em crianças, mas não realizou nenhum ato contra outrem, ele atende apenas o critério A, mas não o B. Conclui-se que estamos discorrendo sobre uma PARAFILIA, e não um Transtorno Parafílico.

    Por isso, o diagnóstico não pode ser Transtorno Pedofílico (um dos Transtornos Parafílicos), pois, conforme as informações trazidas pela questão, ele não cometeu nenhum dano a outras pessoas. Ele tem apenas pensamentos "persistentes e recorrentes". Temos aí uma Parafilia, não um transtorno.

    RESPOSTA ERRADO.

    Uma coisa que aprendi a duras penas, o DSM-V é um saco e gigantesco, além de ser uma leitura cansativa e enfadonha. Não vou nem citar o DSM-IV e CID-10, que algumas bancas teimam em usar (acho q o examinador não leu o V, aí ele decidiu usar o IV que ele conhece kkk). Mas só há uma forma de conhecê-los bem, vc precisa ler aquilo. Faça uma esforço e esqueça só por um momento todas as critícas e ressalvas sobre as classificações e nomenclaturas. E comece a ler. Depois que vc passar no concurso que vc tanto deseja, vc pega esse monte de classificação e livro chato, junta todos e toca fogo. Aí vc começa a ler só aquilo que vc gosta e sabe q vai utilizar bem. Pronto.

  • Os critérios diagnósticos são estes:

    A. Fantasias sexualmente excitantes, impulsos sexuais ou comportamentos intensos e recorrentes envolvendo atividade sexual com criança

    B. O indivíduo coloca em prática esses impulsos sexuais, ou eles causam sofrimento intenso ou dificuldades interpessoais

    C. O indivíduo tem, no mínimo, 16 anos de idade e é pelo menos cinco anos mais velho que a criança

    Fonte: DSM-V

  • Quando uma pessoa apresenta pensamentos recorrentes e persistentes envolvendo atos sexuais com crianças, o diagnóstico é de pedofilia (Para ser considerado um Transtorno Pedofílico, tem que ter todas as dos Transtornos Parafílicos (sofrimento significativo e dano a outro), neste caso é apenas uma PARAFILIA, que é apenas o interesse sexual intenso e persistente = interesse é diferente da pratica).

  • A pedofilia é um transtorno parafílico do tipo que se baseia em preferências por alvo anômalo.

    Um transtorno parafílico é uma parafilia que está causando sofrimento ou prejuízo ao indivíduo ou uma parafilia cuja satisfação implica dano ou risco de dano pessoal a outros. Uma parafilia é condição necessária, mas não suficiente, para que se tenha um transtorno parafílico, e uma parafilia por si só não necessariamente justifica ou requer intervenção clínica. No conjunto de critérios diagnósticos para cada transtorno parafílico listado, o Critério A especifica a natureza qualitativa da parafilia (p. ex., foco erótico em crianças ou em expor a genitália a estranhos), e o Critério B especifica suas consequências negativas (i.e., sofrimento, prejuízo ou dano a outros). Para manter a distinção entre parafilias e transtornos parafílicos, o termo diagnóstico deve ser reservado a indivíduos que atendam aos Critérios A e B (i.e., indivíduos que têm um transtorno parafílico). Se um indivíduo atende ao Critério A mas não ao Critério B para determinada parafilia – circunstância esta que pode surgir quando uma parafilia benigna é descoberta durante a investigação clínica de alguma outra condição –, pode-se dizer, então, que ele tem aquela parafilia, mas não um transtorno parafílico.
    Assim os pensamentos recorrentes e persistentes envolvendo atos sexuais com crianças (Critério A), sem as consequências negativas (Critério B) que não foram descritas na assertiva configura a parafilia mas não o transtorno parafílico.


    GABARITO DA PROFESSORA: ERRADO.