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De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV-TR) da Associação Psiquiátrica Americana- (APA), código 302.2, os três seguintes critérios devem ser preenchidos para se estabelecer um diagnóstico correto de pedofilia: 18(D)
1. experiências pessoais recorrentes, fantasias sexuais e desvios de comportamento envolvendo atividade sexual com uma criança pré-púbere (geralmente com idade igual ou inferior a 13 anos) por um período mínimo de seis meses;
2. fantasias e comportamentos sexuais que causam dificuldade ou incapacidade de exercer as funções diárias em áreas sociais, profissionais, dentre outras;
3. o pedó lo- ter, pelo menos, 16 anos, ou ser 5 anos mais velho que a vítima.
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TRANSTORNO PEDOFÍLICO
Critérios Diagnósticos 302.2 (F65.4)
Por um período de pelo menos seis meses, fantasias sexualmente excitantes, impulsos sexuais ou comportamentos intensos e recorrentes envolvendo atividade sexual com criança ou crianças pré-púberes (em geral, 13 anos ou menos).
O indivíduo coloca em prática esses impulsos sexuais, ou os impulsos ou as fantasias sexuais causam sofrimento intenso ou dificuldades interpessoais.
O indivíduo tem, no mínimo, 16 anos de idade e é pelo menos cinco anos mais velho que a crian- ça ou as crianças do Critério A.
Nota: Não incluir um indivíduo no fim da adolescência envolvido em relacionamento sexual contínuo com pessoa de 12 ou 13 anos de idade.
Determinar o subtipo:
Tipo exclusivo (com atração apenas por crianças) Tipo não exclusivo
Especificar se:
Sexualmente atraído por indivíduos do sexo masculino Sexualmente atraído por indivíduos do sexo feminino Sexualmente atraído por ambos
Especificar se: Limitado a incesto
DSM-V , p.698
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Transtorno pedofílico é caracterizado por fantasias, impulsos ou comportamentos intensos ou recorrentes sexualmente excitantes envolvendo adolescentes pré-púberes ou jovens (geralmente ≤ 13 anos); ele só é diagnosticado quando as pessoas têm ≥ 16 anos e são ≥ 5 anos mais velhas do que a criança que é o alvo das fantasias ou comportamentos.
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Gente, há uma diferença entre transtorno parafílico e parafilia. Conforme DSM-V (2013, p. 686), para ser considerado um Transtorno Parafílico, o sujeito precisa atender aos critérios A e B:
Critério A especifica a natureza qualitativa da parafilia (p. ex., foco erótico em crianças ou em expor a genitália a estranhos).
Critério B especifica suas consequências negativas (i.e., sofrimento, prejuízo ou dano a outros).
Ou seja, se o sujeito possui foco erótico em crianças, mas não realizou nenhum ato contra outrem, ele atende apenas o critério A, mas não o B. Conclui-se que estamos discorrendo sobre uma PARAFILIA, e não um Transtorno Parafílico.
Por isso, o diagnóstico não pode ser Transtorno Pedofílico (um dos Transtornos Parafílicos), pois, conforme as informações trazidas pela questão, ele não cometeu nenhum dano a outras pessoas. Ele tem apenas pensamentos "persistentes e recorrentes". Temos aí uma Parafilia, não um transtorno.
RESPOSTA ERRADO.
Uma coisa que aprendi a duras penas, o DSM-V é um saco e gigantesco, além de ser uma leitura cansativa e enfadonha. Não vou nem citar o DSM-IV e CID-10, que algumas bancas teimam em usar (acho q o examinador não leu o V, aí ele decidiu usar o IV que ele conhece kkk). Mas só há uma forma de conhecê-los bem, vc precisa ler aquilo. Faça uma esforço e esqueça só por um momento todas as critícas e ressalvas sobre as classificações e nomenclaturas. E comece a ler. Depois que vc passar no concurso que vc tanto deseja, vc pega esse monte de classificação e livro chato, junta todos e toca fogo. Aí vc começa a ler só aquilo que vc gosta e sabe q vai utilizar bem. Pronto.
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Os critérios diagnósticos são estes:
A. Fantasias sexualmente excitantes, impulsos sexuais ou comportamentos intensos e recorrentes envolvendo atividade sexual com criança
B. O indivíduo coloca em prática esses impulsos sexuais, ou eles causam sofrimento intenso ou dificuldades interpessoais
C. O indivíduo tem, no mínimo, 16 anos de idade e é pelo menos cinco anos mais velho que a criança
Fonte: DSM-V
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Quando uma pessoa apresenta pensamentos recorrentes e persistentes envolvendo atos sexuais com crianças, o diagnóstico é de pedofilia (Para ser considerado um Transtorno Pedofílico, tem que ter todas as dos Transtornos Parafílicos (sofrimento significativo e dano a outro), neste caso é apenas uma PARAFILIA, que é apenas o interesse sexual intenso e persistente = interesse é diferente da pratica).
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A pedofilia é um transtorno parafílico do tipo que se baseia em preferências por alvo anômalo.
Um transtorno parafílico é uma parafilia que está causando sofrimento ou prejuízo ao indivíduo ou uma parafilia cuja satisfação implica dano ou risco de dano pessoal a outros. Uma parafilia é condição necessária, mas não suficiente, para que se tenha um transtorno parafílico, e uma parafilia por si só não necessariamente justifica ou requer intervenção clínica. No conjunto de critérios diagnósticos para cada transtorno parafílico listado, o Critério A especifica a natureza qualitativa da parafilia (p. ex., foco erótico em crianças ou em expor a genitália a estranhos), e o Critério B especifica suas consequências negativas (i.e., sofrimento, prejuízo ou dano a outros). Para manter a distinção entre parafilias e transtornos parafílicos, o termo diagnóstico deve ser reservado a indivíduos que atendam aos Critérios A e B (i.e., indivíduos que têm um transtorno parafílico). Se um indivíduo atende ao Critério A mas não ao Critério B para determinada parafilia – circunstância esta que pode surgir quando uma parafilia benigna é descoberta durante a investigação clínica de alguma outra condição –, pode-se dizer, então, que ele tem aquela parafilia, mas não um transtorno parafílico.
Assim os pensamentos recorrentes e persistentes envolvendo atos sexuais com crianças (Critério A), sem as consequências negativas (Critério B) que não foram descritas na assertiva configura a parafilia mas não o transtorno parafílico.
GABARITO DA PROFESSORA: ERRADO.