RESPOSTA "E"
Depressão pós-parto (DPP) Termo utilizado para designar qualquer episódio depressivo que ocorra nos meses que se seguem ao nascimento do bebê, havendo estudos que consideram dois meses, três meses, seis meses, e até um ano.. Geralmente, o quadro inicia-se entre duas semanas até três meses após o parto, ocorrem humor deprimido, perda de prazer e interesse nas atividades, alteração de peso e/ou apetite, alteração de sono, agitação ou retardo psicomotor, sensação de fadiga, sentimento de inutilidade ou culpa, dificuldade para concentrar-se ou tomar decisões e até pensamentos de morte ou suicídio.
Psicose pós-parto É o transtorno mental mais grave que pode ocorrer no puerpério. Ela tem prevalência de 0,1% a 0,2% (sendo esse percentual maior em casos de mulheres bipolares), usualmente é de início rápido e os sintomas se instalam já nos primeiros dias até duas semanas do pós-parto. Os sintomas iniciais são euforia, humor irritável, logorreia, agitação e insônia. Aparecem, então, delírios, ideias persecutórias, alucinações e comportamento desorganizado, desorientação, confusão mental, perplexidade e despersonalização. O quadro psicótico no pós-parto é uma situação de risco para a ocorrência de infanticídio.
Fobia social: A fobia social no período perinatal também foi pouco estudada. O puerpério pode ser um agravante para as portadoras desse transtorno ou para mulheres com quadros subsindrômicos, já que nesse período elas têm de lidar com um aumento de contatos sociais, .Profissionais de saúde diversos, familiares do parceiro e pessoas presentes em sua residência...
Transtorno de ansiedade generalizada (TAG) O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) ainda tem sido pouco estudado no pós-parto. Sugere-se, inclusive, que eventualmente pode haver uma prevalência maior de TAG em puérperas do que na população geral.. O quadro clínico envolve a presença persistente de ansiedade ou preocupações excessivas. As preocupações envolvem diversos eventos e atividades de vida e são acompanhadas de sintomas como inquietação, fadigabilidade, dificuldade para se concentrar, irritabilidade, tensão muscular e perturbação do sono.
Disforia puerperal: Considerada a forma mais leve dos quadros puerperais e pode ser identificada em 50% a 85% das puérperas, dependendo dos critérios diagnósticos utilizados. Os sintomas geralmente se iniciam nos primeiros dias após o nascimento do bebê, atingem um pico no quarto ou quinto dia do pós-parto e remitem de forma espontânea em no máximo duas semanas. Seu quadro inclui choro fácil, labilidade afetiva, irritabilidade e comportamento hostil para com familiares e acompanhantes. Algumas mulheres podem apresentar sentimentos de estranheza e despersonalização e outras podem apresentar elação. Mulheres com disforia pós-parto não necessitam de intervenção farmacológica. A abordagem é feita no sentido de manter suporte emocional adequado, compreensão e auxílio nos cuidados com o bebê.
http://www.scielo.br/pdf/rpc/v37n6/a06v37n6.pdf