Escola de Chicago é fundadora da reflexão teórica sobre a comunicação. Desenvolveu, nas primeiras décadas do século XX, a tese de que os processos de interação entre as pessoas são constituídos simbolicamente pela comunicação. As pessoas se relacionam através de símbolos e a vida social se mantém pelo fato dos seres humanos serem capazes de interpretar o Mundo. Os símbolos pressupõem consenso e não apenas permitem estruturar a interação, mas são portadores de valores. A sociedade é uma estrutura simbólica hierarquizada, em que se fixam relações de domínio e distribuição de poder. A comunicação cria e sustenta essas hierarquias simbólicas, sendo, portanto, um processo que pode servir para promover ou reprimir o conhecimento e a autodeterminação.
Herbert Blumer, possivelmente o mais significativo teórico da comunicação da Escola de Chicago, é também um dos herdeiros mais representativos do Interacionismo Simbólico - vertente de estudos que se origina com Herbert Mead, um dos fundadores da Psicologia Social, na década de 1920. Segundo Mead, a comunicação é a maior possibilidade de interação social. Para ele, as pessoas constroem um conceito de si mesmas com base nos demais, desde o seu nascimento, através da interação. A linguagem permite que as ações sejam pouco a pouco substituídas por símbolos. Os homens não agem em função das coisas, mas do significado que as coisas tomam no processo da comunicação.“A comunicação representa um processo estruturado simbolicamente. Constitui-se do emprego de símbolos comuns com vistas à interação, que funda a própria sociedade”.
Interacionismo simbólico: O elemento chave nesse processo é o símbolo, sendo ele algo que representa outra coisa. O modo como um indivíduo interpreta os fatos e age perante outros indivíduos ou coisa depende do significado que ele atribui a esses outros indivíduos e coisas sendo resultado dos processos de interação social e que podem mudar com o passar do tempo. PALAVRAS-CHAVE: RELAÇÃO E INTERAÇÃO.
Ecologia Humana = Economia Biológica (1921) \u2013 Robert Ezra Park e E. W. Burgess.
A cidade como um laboratório social.
Tomaram o termo ecologia emprestado da biologia, pois, em seu sentido mais amplo, se refere a todas as condições de existência que um organismo possui em relação ao ambiente em que vive.
Segundos seus estudos, três elementos definem uma comunidade:
Uma população organizada em um território, cujos membros vivem numa relação de interdependia mútua de caráter simbiótico (Biologia: Associação recíproca de dois ou mais organismos diferentes que lhes permite viver com benefício).
A luta de espaço que rege as relações interindividuais. Na sociedade, competição e divisão de trabalho resulta em formas não planificadas de cooperação competitiva, que constituem as relações simbióticas, ou o nível biótico da organização.