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ID
2627116
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
ABIN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

      Um engenheiro fiscal interrompeu a obra de execução de um aterro em razão de uma série de falhas de compactação, entre elas: o teor de umidade do solo, diferente do ideal; a inadequada espessura de camadas de compactação; e características do solo adotado fora do especificado. 

Considerando essa situação hipotética, julgue o item seguinte.


A umidade do solo deve ser medida a cada vinte e quatro horas após a conclusão da compactação, durante dez dias. Se houver variação de teor de umidade durante esse período, será necessário realizar a escarificação do solo, ajuste da umidade e uma nova compactação.

Alternativas
Comentários
  • Durante 4 dias.

    http://www.dnit.gov.br/download/convenios-chamamento-publico/revisao-norma-dnit-049-2014-me-v.31out.pdf

  • Amigo, pode dizer em qual item está essa informação de 4 dias, não encontrei.

  • ....destinado a medir as expansões ocorridas, que devem ser anotadas de 24 em 24 horas, em porcentagens da altura inicial do corpo-de-prova. Os corpos-de-prova devem permanecer imersos em água durante 96 horas (quatro dias). 

    pág 3 item 4.2 conforme o amigo indicou

  • Mas a norma fala de expansão, não de umidade ótima

     

    No meu entendimento a umidade ótima se mede antes da compactação somente, depois de compactado não é necessário realizar mais aferições visto que ele já está compactado, caso o aterro não apresente compactação satisfatória deve ser escarificado e levado novamente a umidade ótima para compactação.

  • Caro amigo 0z3m1r Project, a norma fala em 96h para a permanência dos corpos de prova para ensaio da expansão.

    A umidade é medida após a compactação e caso esteja de acordo com o projeto segue-se para a nova camada a ser compactada.

    Imaginem se a cada camada do aterro de 30cm fosse necessário aguardar 4 dias? Seria impossível construir um aterro. kkkkkk

     

  • DNIT: Solos – Determinação do índice de Suporte Califórnia utilizando amostras não trabalhadas – Método de ensaio

     

    4.2. Expansão

     

    Terminadas as moldagens necessárias para caracterizar a curva de compactação, o disco espaçador de cada corpo-de-prova deve ser retirado e os moldes devem ser invertidos e fixados nos respectivos pratos-base perfurados.

    Em cada corpo-de-prova, no espaço deixado pelo disco espaçador deve ser colocada a haste de expansão com os pesos anelares.

     

    Essa sobrecarga não pode ser menor do que 4,536 kg.

     

    Adapta-se, ainda, na haste de expansão, um extensômetro fixo ao tripé porta-extensômetro, colocado na borda superior do cilindro, destinado a medir as expansões ocorridas, que devem ser anotadas de 24 em 24 horas, em porcentagens da altura inicial do corpo-de-prova.

     

    Os corpos-de-prova devem permanecer imersos em água durante 96 horas (quatro dias).

     

    Terminado o período de embebição, cada molde com o corpo-de-prova deve ser retirado da imersão e deixa-se escoar a água durante 15 minutos. Findo esse tempo, o corpo-de-prova estará preparado para a penetração. Procede-se ao cálculo da expansão durante a embebição, conforme descrito na seção 5.

     

    http://www.dnit.gov.br/download/convenios-chamamento-publico/revisao-norma-dnit-049-2014-me-v.31out.pdf

  • Se as camadas foram compactadas com espessura inadequada, com caracteristicas do solo fora do especificádo e com o teor de umidade fora do padrão desejado para a compactação esperada do solo, esse aterro se salva? Meu fiscal me mandaria escarificar na hora só pelo fato das carasteristicas diferentes do solo.

  • Concordo com o Meliondas.  A necessidade de verificação da umidade ótima é realizada antes da compactação do aterro, apenas.

  • Discordo de Meliodas e de Manoel Paredes, O controle da umidade do solo de ve ser feito após a compactação

  • Segundo o Manual de Implantação Básica de Rodovias do DNIT, item 6.4.4.4: (...) A sequência contrutiva da compactação de aterros é, resumidamente:

    a) Lançamento e espalhamento do material com os ―motoscrapers ou unidades de transporte procurando-se obter, aproximadamente, a espessura solta adotada.
    b) Regularização da camada, utilizando-se a motoniveladora para o acerto da altura da camada solta, dentro dos limites impostos pelas especificações. Admite-se que a espessura da camada solta seja de 20 a 25% maior do que a altura final de camada, após a compactação.
    c) Homogeneização da camada (pulverização) pela remoção ou fragmentação de torrões secos, material conglomerado, blocos ou matacões de rocha alterada etc., obtendo-se a pulverização do solo de forma homogênea.
    d) Determinação da umidade natural do solo (hn), através de um método expedito, como o aparelho ―speedy, por exemplo.
    Três hipóteses podem ocorrer:
    hn > hot, hn = hot, hn < hot
    No primeiro caso, é necessário proceder ao abaixamento do teor de umidade do solo, através da aeração, empregando-se arados de disco, grades ou motoniveladora. No terceiro caso devemos umedecer o material, utilizando caminhões-pipa.
    e) Estando o material dentro da faixa da umidade ótima prevista nas Especificações de Serviço, passa-se à fase da rolagem [compactação propriamente dita], usando-se o equipamento mais indicado, com o número de passadas suficiente para se atingir, em toda a camada, o grau de compactação desejado. (grifos meus)
    Segundo a norma DNIT 108/2009-ES: Os trechos que não atingirem às condições mínimas de compactação devem ser escarificados, homogeneizados, levados à umidade adequada e novamente compactados, de acordo com o estabelecido no projeto de engenharia. (grifos meus)

    A meu ver a questão apresenta dois erros, além de a determinação da umidade ter de vir antes da compactação, a escarificação (e os procedimentos posteriores) deve ser realizada com a análise da compactação e não da variação da umidade.

  • O teor de umidade é medido antes da compactação e deve se encontrar entre -3% e +3% da umidade ótima para liberação da compactação.

  • Verifica-se a umidade ótima a cada camada de aterro, se essa não atende às especificações deve ser escarificado e recompactada.

    DNER - ES 282/97.

    5.3.5 Todas as camadas do solo deverão ser convenientemente compactadas, de conformidade com o definido no projeto de engenharia. Ordinariamente, o preconizado é o seguinte:

     Os trechos que não atingirem as condições mínimas de compactação deverão ser escarificados, homogeneizados, levados à umidade adequada e novamente compactados, de acordo com o estabelecido no projeto de engenharia.

  • Para responder essa pergunta devemos colocar em prática nosso conhecimento sobre a compactação de solos.


    A compactação é um serviço cujo objetivo é reduzir o volume de vazios do solo por meio da aplicação de uma pressão no mesmo, reduzindo sua porosidade.


    Quanto ao controle de compactação, a afirmação do problema está errada, pois a umidade é medida apenas antes da realização da compactação. Caso o solo apresente uma compactação inadequada, o solo do aterro deve ser escarificado e, na sequência, a compactação deve ser refeita buscando atingir a umidade ótima.


    Além disso, a Norma DNIT 172/2016 – ME, estabelece, em seu item 6.2, que, após a conclusão da compactação da obra:


    Adapta-se, ainda, na haste de expansão, um extensômetro fixo ao tripé porta-extensômetro, colocado na borda superior do cilindro, destinado a medir as expansões ocorridas, que devem ser anotadas de 24 em 24 horas, em porcentagens da altura inicial do corpo-de-prova.


    Os corpos-de-prova devem permanecer imersos em água durante 96 horas (quatro dias)."


    Gabarito do professor: Errado.