SóProvas


ID
2632618
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                            Escrever


             A estudante perguntou como era essa coisa de escrever.

                           Eu fiz o gênero fofo. Moleza, disse.

      Primeiro evite esses coloquialismos de “fofo” e “moleza”, passe longe das gírias ainda não dicionarizadas e de tudo mais que soe mais falado do que escrito. Isto aqui não é rádio FM. De vez em quando, aplique uma gíria como se fosse um piparote de leve no cangote do texto, mas, em geral, evite. Fuja dessas rimas bobinhas, desses motes sonoros. O leitor pode se achar diante de um rapper frustrado e dar cambalhotas. Mas, atenção, se soar muito estranho, reescreva.

      Quando quiser aplicar um “mas”, tome fôlego, ligue para o 0800 do Instituto Fernando Pessoa, peça autorização ao sábio de plantão, e, por favor, volte atrás. É um cacoete facilitador. Dele deve ter vindo a expressão “cheio de mas-mas”, ou seja, uma pessoa cheia de “não é bem assim”, uma chata que usa o truque para afirmar e depois, como se fosse estilo, obtemperar.

                                           SANTOS, J. F. O Globo, 10jan. 2011 (adaptado).


A língua varia em função de diferentes fatores. Um deles é a situação em que se dá a comunicação. Na crônica, ao ser interrogado sobre a arte de escrever, o autor utiliza, em meio à linguagem escrita padrão, condizente com o contexto,

Alternativas
Comentários
  • Se você ficou na dúvida, veja que no enunciado ele diz que o autor usa uma linguagem condizente com o contexto, o que traz uma ideia de adequação do autor com o seu público. Nesse texto, ele parece estar conversando com um adolescente, público que não usa a linguagem formal com tanta frequência e sim uma linguagem coloquial.Portanto o autor, embora domine a língua padrão, se utiliza da fala coloquial como meio de ter uma melhor comunicação com seu alvo.

    Letra C

  • Nunca que ia imaginar que acertaria uma questão assim kkkk