SóProvas


ID
2635258
Banca
FGV
Órgão
TJ-AL
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO – Sem tolerância com o preconceito
Átila Alexandre Nunes, O Globo, 23/01/2018 (adaptado)
Diante do número de casos de preconceito explícito e agressões, somos levados ao questionamento se nossa sociedade corre o risco de estar tornando-se irracionalmente intolerante. Ou, quem sabe, intolerantemente irracional. Intolerância é a palavra do momento. Da religião à orientação sexual, da cor da pele às convicções políticas.
O tamanho desse problema rompeu fronteiras e torna-se uma praga mundial. Líderes políticos, em conluio com líderes religiosos, ignoram os conceitos de moral, ética, direitos, deveres e justiça. As redes sociais assumiram um papel cruel nesse sistema. Se deveriam servir para mostrar indignação, mostram, muitas vezes, um preconceito medieval.
No campo da religiosidade, o fanatismo se mostra cada dia mais presente no Rio de Janeiro. No último ano, foram registradas dezenas de casos de intolerância religiosa por meio da Secretaria de Estado de Direitos Humanos. Um número ainda subnotificado, pois, muitas ocorrências que deveriam ser registradas como “intolerância religiosa” são consideradas brigas de vizinhos.
A subnotificação desses casos é um dos maiores entraves na luta contra a intolerância religiosa. O registro incorreto e a descrença de grande parte da população na punição a esse tipo de crime colaboram para maquiar o retrato dos ataques promovidos pelo fanatismo religioso em nossa sociedade. A perseguição às minorias religiosas está cada vez mais organizada com braços políticos e até de milícias armadas como o tráfico de drogas.
No último ano recebemos denúncias de ataques contra religiões de matriz africana praticados pelo tráfico de drogas, que não só destruíam terreiros, como também proibiam a realização de cultos em determinada região, segundo o desejo do chefe da facção local.
Não podemos regredir a um estado confessional. A luta de agora pela liberdade religiosa é um dever de todos para garantir o cumprimento da Constituição Federal. Quando uma pessoa de fé é humilhada, agredida ou discriminada devido à sua crença, ela tem seus direitos humanos e constitucionais violados. Hoje, falase muito sobre intolerância religiosa, mas, muito mais do que sermos tolerantes, precisamos aprender a respeitar a individualidade e as crenças de cada um.
Até porque, nessa toada, a intolerância irracional ganha terreno, e nós vamos ficando cada vez mais irracionalmente intolerantes com aquilo que não deveríamos ser. Numa sociedade onde o preconceito se mostra cada dia mais presente, a única saída é a incorporação da cultura do respeito. Preconceito não se tolera, se combate.

“Hoje, fala-se muito sobre intolerância religiosa”; essa frase apresenta reescritura inadequada em:

Alternativas
Comentários
  • Na última alternativa, à primeira vista, o deslocamento de termos eclipsou de maneira parcial o sentido da frase. Esse obscurecimento de sentido é característica também encontrada em uma figura de linguagem chamada de "sínquise."

     

    Letra E

  • O advérbio de tempo HOJE não era para atrair a próclise na letra B?

  • E a vírgula na letra B, tá certa?

  • Marquei a alternativa B com o mesmo pensamento do Concurseiro RN.

    Alguém saberia explicar pq está errada?

  • A vírgula na letra B está correta, segue a explicação: 

    Existem contradições no que se refere à consideração do que seria um "adjunto adverbial longo", porém segue-se, por convenção, a seguinte regra: 

    A vírgula é opcional depois de adjunto adverbial deslocado que tenha até três palavras. Use a vírgula para destacar a informação do adjunto adverbial.

     

    Portanto, a vírgula é opcional na frase :

    Sobre intolerância religiosa, hoje fala-se muito;

    Porém, por "hoje" ser um advérbio deveria haver próclise, estou na mesma dúvida dos colegas.

     

  • Larissa Matias e concurseiro RN
    se a justificativas de voces estiverem certas a letra "A" também está correta !!!

  • Tenho a mesma dúvida do concurseiro RN: o adverbio de tempo HOJE sem pausa não deveria ser um fator de próclise?

  • A posição natural do adjunto adverbial é o final da oração (após o complemento).

    Quando o adjunto adverbial na sua posição natural, a vírgula será facultativa. Porém, usa-se a PRÓCLISE depois dos advérbios em geral, não isolados por vírgulas. Ou seja, as duas alternativas (B e E) estão erradas. Até que se prove o contrário! kkkkkk

     

  •  Nessas eu sempre marco a mais errada; a B parece errada, mas a E é quase que incompreensível.

  • Estou começando a gostar da FGV ; Vamos lá!!

    *A banca sabe que o candidato vai olhar td menos o advérbio

    Observa o advérbio "MUITO". 

    Na letra A , B, C e D, ele está ligado com o verbo "falar" e na Letra E, ele tem relação com as palavras posteriores, vejamos:

    fala-se muito sobre intolerância religiosa.

    PRA CIMA DESSE INIMIGO!!!!!!!

  • Boa noite.

    “Hoje, fala-se muito sobre intolerância religiosa”;

    Estamos diante do "SE" atuando como partícula apassivadora - P.A de V.T.D (falar), ou seja, o "SE" foi colocado para dificultar a identificação de quem pratica a ação verbal. Assim não estamos diante da regra de colocação pronominal (próclise - mesôclise - ênclise). 

    Colega, mas o "SE" como Índice de Indeterminação do Sujeito - I.I.S é que dificulta da identificação do sujeito? Exato! O "SE" é considerado, semanticalmente, como traço menos agente (- agente), ou seja, cumpre a função de dificultar a identificação de quem pratica a ação verbal tanto na P.A como no I.I.S. A diferença é que o I.I.S não possibilita que o verbo vá ao plural, o que não é o caso do verbo da frase, pois "falam-se muitos idiomas" é uma construção possível.

    Nesse sentido temos que observar o Verbo, o O.D e os Complementos Verbais (A.Adv), pois se houver alguma alteração no Verbo, no O.D ou no complemento que acompanha o verbo, a frase estará errada. Claro que sempre com o foco na ordem direta (sujeito + verbo + objeto + complemento) como não temos sujeito será (verbo + objeto + complemento) 

    Hoje, fala-se muito sobre intolerância religiosa”; Verbo + A.Adv + O.D

    a) Fala-se muito, hoje, sobre intolerância religiosa; Verbo + A.Adv + O.D (A.Adv entre vírgulas deslocado é explicativo, pode ser retirado sem alteração do sentido da frase).

    b) Sobre intolerância religiosa, hoje fala-se muito; Verbo + A.Adv + O.D (deslocado).

    Observem que há alternativas onde a estrutura apassivada passou da voz passiva sintética para voz passiva analítica.

    c) Hoje muito é falado sobre intolerância religiosa (ser + particípio). A.Adv + Loc. Verbal + O.D 

    d) Muito é falado, hoje, sobre intolerância religiosa (ser + particípio). A.Adv + Loc. Verbal + O.D (A.Adv entre vírgulas deslocado é explicativo, pode ser retirado sem alteração do sentido da frase).

    e) Fala-se hoje muito sobre intolerância religiosa. Verbo + A.Adv + A.Adv + O.D (observe que houve a alteração do complemento que acompanha o verbo, mudando o sentido da frase de hoje (atualmente, nos dias atuais), para hoje (agora, nesse momento)! 

  • Repararam que a letra A) e a letra E) são praticamente iguais, sendo que na primeira o termo "hoje" encontra-se (adequadamente) entre vírgulas?

    Se são praticamente iguais mas apenas uma está correta, então a outra está incorreta, certo?

    Se, na letra A), a reescritura está correta, então, por consequência lógica, a alternativa que apresenta erro na reescritura é a letra E).

  • Sabe quando a gente não entende nem com a explicação?

  • Ótimo comentário Camilin tbm serve observar a única alternativa que tiver diferente das demais :)

  • ?????????????????????????

  • a) "Fala-se muito", hoje, "sobre intolerância religiosa";
    b) "Sobre intolerância religiosa", hoje "fala-se muito";
    c) Hoje "muito é falado" "sobre intolerância religiosa";
    d) "Muito é falado", hoje, "sobre intolerância religiosa";
    e) Fala-se hoje muito "sobre intolerância religiosa".

    O segmento "sobre intolerância religiosa" foi matido em todas as alternativas.
    O segmento "fala-se muito" foi mantido nas letras a) e b) e reconstruído nas letras c) e d) ("muito é falado").
    Na letra e) o segmento "fala-se muito" mudou totalmente de sentido (Fala-se hoje muito).

     
  • INDIQUEM PARA COMENTARIO ...DE REPENTE O  PROFESSOR NOS ESCLARECE.

  • e) Fala-se hoje muito sobre intolerância religiosa.

         Verbo + A.Adv + A.Adv + O.D

     

    Houve a alteração do complemento que acompanha o verbo, mudando o sentido da frase de:

     hoje (atualmente, nos dias atuais), para hoje (agora, nesse momento)! 

  • Para os que estão com dúvida a respeito da colocação pronominal na letra B.

     

    "Sobre intolerância religiosa, hoje fala-se muito"

     

    "Se houver pausa ( vírgula, ponto e virgula...) após o advérbio, usa-se a ênclise; "Agora, negam-se a depor."  Segundo o gramático Rocha Lima, se houver repetição de pronomes átonos após pausas, em estruturas de coodernção, pode-se usar a próclise (ou a ênclise): "Ele se ajeitou, se concentrou, se arrumou e se despediu." Quando o pronome tem funções sintáticas diferentes ou quando se quer dar ênfase, a repetição é obrigatória. "Eu o examinei e lhe  e receitei um remédio." 

    Espero ter ajudado!!

     

    "A GRAMÁTICA PARA CONCURSOS PÚBLICOS - FERNADO PESTANA" - 3 EDIÇÃO

     

    Que, em todas as situações, nunca esmoreçam em nossos corações o amor e a esperança. ♥️

  • Eu fui pelo bom senso mesmo. Li a alternativa "E" e não pareceu natural. Algumas questões de português dá pra responder assim.

  • Mano, há um erro clássico na Letra B de partícula atrativa. Os advérbios em geral atraem o " se ". Exemplo:


    Nunca viu-se uma mulher nessa vida-- ERRADO

    Nunca se viu uma mulher nessa vida -- CERTO


    Os advérbios atraem. HOJE é um advérbio. Não entendi o porquê de considerar letra B correta.


    Fumação Getúlio Vargas.

  • O autor da questão prendeu-se à função do adjunto adverbial "muito", que, na frase de origem, intensifica a ação de "falar".  Em todas as alternativas o advérbio vem "colado" ao verbo.  Na alternativa (E), colocou-se o advérbio "hoje" entre ambos, causando certa inadequação, pois - em conformidade com a orientação gramatical - o advérbio deve vir o mais próximo possível do termo por ele modificado.   Comentário suplementar: há falhas na questão.  Uma delas diz respeito à alternativa (b): nela há erro de colocação pronominal, já que o advérbio atrai o pronome oblíquo átono.  O certo seria "..., hoje se fala muito;".  

    Gabarito: E
  • O autor da questão prendeu-se à função do adjunto adverbial "muito", que, na frase de origem, intensifica a ação de "falar". Em todas as alternativas o advérbio vem "colado" ao verbo. Na alternativa (E), colocou-se o advérbio "hoje" entre ambos, causando certa inadequação, pois - em conformidade com a orientação gramatical - o advérbio deve vir o mais próximo possível do termo por ele modificado.  Comentário suplementar: há falhas na questão. Uma delas diz respeito à alternativa (b): nela há erro de colocação pronominal, já que o advérbio atrai o pronome oblíquo átono. O certo seria "..., hoje se fala muito;".  

    Gabarito do Professor: E

  • Apesar de acertar a questão, a FGV (de praxe) acaba por tentar empurrar uma resposta garganta a baixo. A letra "B" possui uma palavra invariável (hoje) que atrairia o pronome "se" (REGRA GRAMATICAL), ficando da seguinte forma: (...) hoje se fala muito (...). Eles devem alegar que hoje, logicamente, varia em ontem, amanhã... Apenas uma brincadeira. Mas para ignorar um erro crasso desse é uma afronta contra quem estuda.

  • (b): nela há erro de colocação pronominal, já que o advérbio atrai o pronome oblíquo átono. O certo seria "..., hoje se fala muito;". 

  • Ao meu ver, têm dois gabaritos: B e E.

  • Frustração Getúlio Vargas

  • Ninguém explicou nada.

  • Aí fica dificil.. vc aprende que advérbios e locuções adverbiais exigem o emprego de próclise, mas vai fazer prova FGV e eles simplesmente esquecem dessa regra.

    A alternativa "B" está errada: ..., "hoje fala-SE muito" , quando o correto seria "hoje SE fala muito"

  • Me desculpem, mas qdo vejo q foi o Arenildo que comentou a questão, dá até um arrepio.. Prefiro o Alexandre Soares e a Isabel Vega.

    QC, ajuda a gente e não solicitem mais o prof Arenildo pra comentar pf!

  • -> ESSA QUESTÃO POSSUI DOIS GABARITOS. Uma com fundamentação gramatical e outra com fundamentação semântica.

    Resposta gramatical

    Letra B: hoje, alguém fala muito /// sobre a intolerância religiosa.

    -> Quem fala, fala SOBRE alguma coisa. NÃO é permitido separar verbo de seu complemento, mesmo que esse complemento venha antecipado. Há, salvo engano, um gramático que permite a colocação da vírgula, quando o objeto INdireto é de grande extensão, mas ele é a exceção, não a regra.

    Resposta semântica:

    Frase original: Hoje, fala-se muito sobre intolerância religiosa (o hoje é um adjunto adverbial com um sentido "universal". Hoje, na atualidade, no presente. Portanto, o hoje seria: hoje, amanhã, depois...).

    Frase da letra E: fala-se hoje muito sobre a intolerância religiosa (dá a impressão de que se fala só hoje, hoje sendo um dia específico, amanhã já não se sabe... mas hoje, hoje (dia tal) se fala muito sobre intolerância.

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  • kkkk mt gente falando do sentido ter alterado, mas vi muitas questões da FGV qnd ele nao cita algo, é porq não é pedido, tipo nessa, ela não pediu se muda o sentido e sim inadaquação/erro, e na B) o adverbio foi ignorado por não atrair a proclise ... já na E) mudou somente o sentido

    vai entender kk

  • Agora a FGV se superou. A questão tem 2 erros

    Letra B> erro de gramática

    Letra E> erro de semântica.

    O enunciado não deixa claro oq ele quer, pede apenas uma inadequação. As duas estão inadequadas sob óticas diferentes.

    Merece anulação.

  • GABARITO: E

    O "Q" da questão está no advérbio "MUITO".

    As alternativas A, B, C e D continuam com o sentido original da frase que é o "falar-se muito"

    Na alternativa E, o adverbio "muito" está ligado diretamente à intolerância religiosa. Dando o sentido de que é "muito sobre intolerância religiosa". Alterando o sentido original da frase.

  • Questão pede INADEQUAÇÃO e não sobre mudança de sentido.

    A meu ver, vejo duas frases escritas de forma inadequada.

    Essa banca é uma "M####" arrogante, que não anula nada e não admite quando formula mal as bostas das questões.

  • O autor da questão prendeu-se à função do adjunto adverbial "muito", que, na frase de origem, intensifica a ação de "falar". Em todas as alternativas o advérbio vem "colado" ao verbo. Na alternativa (E), colocou-se o advérbio "hoje" entre ambos, causando certa inadequação, pois - em conformidade com a orientação gramatical - o advérbio deve vir o mais próximo possível do termo por ele modificado.  Comentário suplementar: há falhas na questão. Uma delas diz respeito à alternativa (b): nela há erro de colocação pronominal, já que o advérbio atrai o pronome oblíquo átono. O certo seria "..., hoje se fala muito;".  

    Prof: Arenildo Santos QC

  • Observe que em todas as alternativas (exceto a letra E), o advérbio vem colado ao verbo (falar). Entretanto, a letra E foi a única assertiva que foi colado outro advérbio no meio (hoje), distanciando o "muito" do verbo "falar".

    Penso também que a letra B apresenta erro, já que o advérbio de negação (não) atrai o pronome (se) para antes do verbo (caso de próclise).

  • essa letra b a virgula nao estaria separando o verbo do seu objeto direto? alguem pode me explicar?

  • Virei o Yoda tentando entender essa questão