SóProvas


ID
2635885
Banca
VUNESP
Órgão
TJ-SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Se determinado efeito, lógico ou artístico, mais fortemente se obtém do emprego de um substantivo masculino apenso a substantivo feminino, não deve o autor hesitar em fazê-lo. Quis eu uma vez dar, em uma só frase, a ideia – pouco importa se vera ou falsa – de que Deus é simultaneamente o Criador e a Alma do mundo. Não encontrei melhor maneira de o fazer do que tornando transitivo o verbo “ser”; e assim dei à voz de Deus a frase:

      – Ó universo, eu sou-te,

      em que o transitivo de criação se consubstancia com o intransitivo de identificação.

      Outra vez, porém em conversa, querendo dar incisiva, e portanto concentradamente, a noção verbal de que certa senhora tinha um tipo de rapaz, empreguei a frase “aquela rapaz”, violando deliberadamente e justissimamente a lei fundamental da concordância.

      A prosódia, já alguém o disse, não é mais que função do estilo.

      A linguagem fez-se para que nos sirvamos dela, não para que a sirvamos a ela.

                     (Fernando Pessoa. A língua portuguesa, 1999. Adaptado)

No texto, o autor defende que

Alternativas
Comentários
  • "A linguagem fez-se para que nos sirvamos dela, não para que a sirvamos a ela." - o autor podia começar dando o exemplo, pq né, que texto complicadinho 

  • GAB: B

     

    "a linguagem deve atender às necessidades comunicativas das pessoas, nem que para isso suas regras tenham de ser violadas." 

     

    O gabarito pode ser comprovado pelos seguintes trechos: "Se determinado efeito, lógico ou artístico, mais fortemente se obtém do emprego de um substantivo masculino apenso a substantivo feminino, não deve o autor hesitar em fazê-lo". e "A linguagem fez-se para que nos sirvamos dela, não para que a sirvamos a ela".

     

    Comentários meramente opinativos. Qualquer erro, comunique-me, por favor.

  • "Outra vez, porém em conversa, querendo dar incisiva, e portanto concentradamente, a noção verbal de que certa senhora tinha um tipo de rapaz, empreguei a frase “aquela rapaz”, violando deliberadamente e justissimamente a lei fundamental da concordância."

       

    "A linguagem fez-se para que nos sirvamos dela, não para que a sirvamos a ela."

     

    GABARITO B

  • que viaagemmmm

  • "Olá, meu nome é Fernando Pessoal. E isso é interpretação!"
    O cara é conhecedor da língua mesmo! Muito bom!

  • por que a letra E não ta certa ???

  •  " Se determinado efeito, lógico ou artístico, mais fortemente se obtém do emprego de um substantivo masculino apenso a substantivo feminino, não deve o autor hesitar em fazê-lo."

    "A linguagem fez-se para que nos sirvamos dela, não para que a sirvamos a ela."

     

    Os dois trechos acima deixam certa a alternativa B. Por que não a E? Pois o autor não fala sobre deturpar (manchar, tornar feia) a essência da língua. Ele fala sobre adaptar a língua, mesmo que para isso deixe a concordância ou regras de lado. (ver a frase em azul) 

  • Fernando "Gênio" Pessoa dá-nos a resposta da questão na última frase do texto: "A linguagem fez-se para que nos sirvamos dela, não para que a sirvamos a ela." Em palavras alternativas, a linguagem se flexiona a fim de se ajustar às necessidades dos falantes.

     

    Letra B

  • gabarito : b

  • Acertei...mas que p...de texto e este?! Tive que ler em voz alta.

  • "A linguagem fez-se para que nos sirvamos dela, não para que a sirvamos a ela." - TRECHO EM QUE PODEMOS CONCLUIR 


    B) A linguagem deve atender às necessidades comunicativas das pessoas, nem que para isso suas regras tenham de ser violadas.
     

    GABARITO B

     

    Segue...

  • Fernando Pessoa e seus pseudônimos

  • " A linguagem fez-se para que nos sirvamos dela, não para que a sirvamos a ela."

  • a)      a transformação das formas de comunicação está restrita à linguagem oral, normalmente menos formal que a escrita.

     

    Comentário: Errado. O autor, inclusive exemplifica uma frase que ele formulou, razão pela qual a transformação da comunicação também se dá na forma escrita. Confira abaixo a frase citada pelo autor:

     

    “– Ó universo, eu sou-te, em que o transitivo de criação se consubstancia com o intransitivo de identificação”.

     

    b)     a linguagem deve atender às necessidades comunicativas das pessoas, nem que para isso suas regras tenham de ser violadas (CORRETA)

     

    Comentário: Essa afirmação fica muito clara na última linha do texto, onde o autor diz:

     

    “A linguagem fez-se para que nos sirvamos dela, não para que a sirvamos a ela”.

     

    c)      o estilo dos escritores rompe com a tradição da linguagem, o que implica que eles, cada vez mais, estão submissos a ela.

     

    Comentário: Errado. O autor do texto, inclusive, incentiva esse tipo de transformação da linguagem na seguinte frase:

     

    “Se determinado efeito, lógico ou artístico, mais fortemente se obtém do emprego de um substantivo masculino apenso a substantivo feminino, não deve o autor hesitar em fazê-lo”.

     

    d)     os discursos lógicos e artísticos, para serem mais coerentes, têm evitado as violações linguísticas a que poderiam recorrer.

     

    Comentário: Errado. Vide o comentário da alternativa C

     

    e)      a forma como muitas pessoas se comunicam cotidianamente tem deturpado a essência da língua, comprometendo-lhe a clareza.

     

    Comentário: Errado. Em nenhum trecho do texto é feita essa afirmativa.

     

    Gabarito: B

     

    Siga no Insta: LordCaldas_Concurseiro - dicas diárias para a prova do TJSP

     

    Entre no nosso grupo de dicas no facebook: https://www.facebook.com/groups/427697000767477/

  • Errei porque não vi o texto associado. aff

  • O último período do texto traduz fielmente a tese do autor: “A linguagem fez-se para que nos sirvamos dela, não para que a sirvamos a ela.”. Analisemos as alternativas:

    ALTERNATIVA A – ERRADO – Em nenhum momento o texto limita as variações de comunicação à linguagem oral. O próprio autor serve de exemplo, quando, em uma de suas produções, redigiu a frase: – Ó universo, eu sou-te.

    ALTERNATIVA B – CERTO – Exato! É o que está exposto na última frase do texto. A linguagem deve se adaptar às necessidades do cotidiano. O próprio autor, visando a dar mais expressividade às suas produções, comete deslizes normativos propositais. 

    ALTERNATIVA C – ERRADO – A última frase sugere que os autores não devem se submeter à tradição da linguagem. É a linguagem que deve se adaptar às necessidades do cotidiano, não o inverso.

    ALTERNATIVA D – ERRADO – O próprio exemplo do autor contradiz essa afirmação. Ele, visando a dar mais expressividade ao seu discurso, viola algumas normas gramaticais de gênero, por exemplo.

    ALTERNATIVA E – ERRADO – O autor não julga que haja falta de clareza na comunicação cotidiana, não é esse o ponto. O centro da discussão está na adequação da linguagem às necessidades do cotidiano, e não o oposto.

  • Lendo com atenção o primeiro parágrafo você já consegue eliminar várias alternativas.

    Se determinado efeito, lógico ou artístico, mais fortemente se obtém do emprego de um substantivo masculino apenso a substantivo feminino, não deve o autor hesitar em fazê-lo. Concluindo, não importam as regras da língua.

  • Quando li a última frase "  A linguagem fez-se para que nos sirvamos dela, não para que a sirvamos a ela. ".

    a alternativa B fez sentido para mim.

  • Não consegui entender nada, mas acertei. prefiro não entender mesmo!

  • "Essa gente pra escrever esse tipo de texto devia usar muita cola de sapateiro..queriam aparecer escrevendo coisa bonita e só saía porcaria."

    Att

    Goularte, Nelson

  • Ultimo paragrafo - " A linguagem fez-se para que nos sirvamos dela, não para que a sirvamos a ela."

    Gabarito: B = a linguagem deve atender às necessidades comunicativas das pessoas, nem que para isso suas regras tenham de ser violadas.

  • "A linguagem fez-se para que nos sirvamos dela, não para que a sirvamos a ela.", através deste parágrafo, podemos concluir que, a linguagem nos serve, não ao contrário. Veja, se um profissional da medicina falar ao paciente, mediante linguagem técnica, a causa da doença ou o nome desta, este não irá compreender. Logo, quando o médico quer explicar ao paciente sua situação, o linguajar utilizado pelo profissional é leigo e comum.

  • Atente-se aos trechos => " Se determinado efeito, lógico ou artístico, mais fortemente se obtém do emprego de um substantivo masculino apenso a substantivo feminino, não deve o autor hesitar em fazê-lo."

    "A linguagem fez-se para que nos sirvamos dela, não para que a sirvamos a ela"

    Ou seja

    B) a linguagem deve atender às necessidades comunicativas das pessoas, nem que para isso suas regras tenham de ser violadas.

    #Avantee

  • Acho que esse texto seria cancelado nos dias atuais kkkkk.

  • Coitado do Nelson Goularte, não conhece literatura. Imagine chamar Fernando Pessoa de porcaria?

  • Acho que o texto corrobora com o tal pronome neutro "Elu" kk

    brincadeiras à parte. Gab.: B

  • Que textinho hein!

  •   A linguagem fez-se para que nos sirvamos dela, não para que a sirvamos a ela.

    Essa frase mata a questão!

  • Famoso TODES kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  • eu usei todos os meus neurônios para entender o texto

  • Teve uma hora que já não sabia se era questão de português ou Rlm.

  • Muito serelepe esse Fernando Pessoa kk

  •  A linguagem fez-se para que nos sirvamos dela, não para que a sirvamos a ela. A PERGUNTA FOI,O AUTOR DEFENDE OQUE ?!PRONTO MATOU!