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ID
2635894
Banca
VUNESP
Órgão
TJ-SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                           Ai, Gramática. Ai, vida.


      O que a gente deve aos professores!

      Este pouco de gramática que eu sei, por exemplo, foram Dona Maria de Lourdes e Dona Nair Freitas que me ensinaram. E vocês querem coisa mais importante do que gramática? La grammaire qui sait régenter jusqu’aux rois – dizia Molière: a gramática que sabe reger até os reis, e Montaigne: La plus part des ocasions des troubles du monde sont grammairiens – a maior parte de confusão no mundo vem da gramática.

      Há quem discorde. Oscar Wilde, por exemplo, dizia de George Moore: escreveu excelente inglês, até que descobriu a gramática. (A propósito, de onde é que eu tirei tantas citações? Simples: tenho em minha biblioteca três livros contendo exclusivamente citações. Para enfeitar uma crônica, não tem coisa melhor. Pena que os livros são em inglês. Aliás, inglês eu não aprendi na escola. Foi lendo as revistas MAD e outras que vocês podem imaginar).

      Discordâncias à parte, gramática é um negócio importante e gramática se ensina na escola – mas quem, professoras, nos ensina a viver? Porque, como dizia o Irmão Lourenço, no schola sed vita – é preciso aprender não para a escola, mas para a vida.

      Ora, dirão os professores, vida é gramática. De acordo. Vou até mais longe: vida é pontuação. A vida de uma pessoa é balizada por sinais ortográficos. Podemos acompanhar a vida de uma criatura, do nascimento ao túmulo, marcando as diferentes etapas por sinais de pontuação.

      Infância: a permanente exclamação:

      Nasceu! É um menino! Que grande! E como chora! Claro, quem não chora não mama!

      Me dá! É meu!

      Ovo! Uva! Ivo viu o ovo! Ivo viu a uva! O ovo viu a uva!

      Olha como o vovô está quietinho, mamãe!

      Ele não se mexe, mamãe! Ele nem fala, mamãe!

      Ama com fé e orgulho a terra em que nasceste! Criança – não verás nenhum país como este!

      Dá agora! Dá agora, se tu és homem! Dá agora, quero ver!

(Moacyr Scliar. Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar, 1996. Adaptado)

No texto, o autor recorre a várias citações, com a finalidade de

Alternativas
Comentários
  • GAB: E

     

     e) mostrar diferentes perspectivas em relação à gramática, concluindo que ela é relevante e que algumas de suas partes assemelham-se a fases da vida. 

    A primeira parte da assertiva pode ser comprovada pelas citações que o autor usa no texto, as quais mostram perspectivas distintas sobre a gramática: "a gramática que sabe reger até os reis, e Montaigne...", "a maior parte de confusão no mundo vem da gramática" e "dizia de George Moore: escreveu excelente inglês, até que descobriu a gramática" e a última parte da assertiva consta no seguinte trecho: "Ora, dirão os professores, vida é gramática. De acordo. Vou até mais longe: vida é pontuação. A vida de uma pessoa é balizada por sinais ortográficos. Podemos acompanhar a vida de uma criatura, do nascimento ao túmulo, marcando as diferentes etapas por sinais de pontuação".

     

    Comentários meramente opinativos. Qualquer erro, comunique-me, por favor!

  • Essa frase me achou a chegar na resposta: 
    - Discordâncias à parte, gramática é um negócio importante e gramática se ensina na escola
    - e - mostrar diferentes perspectivas em relação à gramática, concluindo que ela é relevante e que algumas de suas partes assemelham-se a fases da vida.

  • Sinceramente? Não  vejo erro na D. Quando acharem, comentem (acompanhando)

  • Carminha Delícia, nessa parte não demonstra fascinação.

     

    (...)e Montaigne: La plus part des ocasions des troubles du monde sont grammairiens – a maior parte de confusão no mundo vem da gramática.

     

     

  • "questionar".

    Não vejo questionamento de citação! 

  • A alternativa D esta errada pois o autor não está fazendo questionamentos ,e sim mostrando diferentes perspectivas, ou seja, alternativa E está correta!! 

  • Em relação à alternativa D, também não vejo por que estar errada. Mas, a E está de certa forma npitida no final do texto.

     

    ...Vou até mais longe: vida é pontuação. A vida de uma pessoa é balizada por sinais ortográficos. Podemos acompanhar a vida de uma criatura, do nascimento ao túmulo, marcando as diferentes etapas por sinais de pontuação

     

    e) mostrar diferentes perspectivas em relação à gramática, concluindo que ela é relevante e que algumas de suas partes assemelham-se a fases da vida.

  • a)      discutir a falta de necessidade do ensino de gramática, uma vez que seu domínio não implica necessariamente saber usar a língua de forma adequada.

     

    Comentário: Errado. O autor afirma que a gramática é algo importante na vida das pessoas. Confira o seguinte trecho:

     

    “Discordâncias à parte, gramática é um negócio importante e gramática se ensina na escola”.

     

    b)     enfatizar as discrepâncias quanto à necessidade da gramática para a vida, concluindo que ela é inútil e só tem servido como atividade escolar.

     

    Comentário: Errado, pois o autor afirma que a gramática é importante para a vida das pessoas, conforme o trecho abaixo:

     

    “Ora, dirão os professores, vida é gramática. De acordo

     

    c)      propor a obrigatoriedade do ensino da gramática dentro e fora da escola, possibilitando que as pessoas usem melhor a língua materna.

     

    Comentário: Errado. Em nenhum trecho do texto há essa afirmação.

     

    d)     questionar a fascinação que grandes personalidades têm em relação à gramática, a qual, na maioria das vezes, ultrapassa os limites do contexto escolar.

     

    Comentário: Errado. Em nenhum trecho do texto o autor faz esse questionamento.

     

    e)      mostrar diferentes perspectivas em relação à gramática, concluindo que ela é relevante e que algumas de suas partes assemelham-se a fases da vida (CORRETA).

     

    Comentário: No final do texto o autor dá vários exemplos de como a pontuação enquanto gramática pode se assemelhar a algumas fases da vida. Além disso, afirma no seguinte trecho que a vida é demarcada por sinais ortográficos:

     

    A vida de uma pessoa é balizada por sinais ortográficos. Podemos acompanhar a vida de uma criatura, do nascimento ao túmulo, marcando as diferentes etapas por sinais de pontuação”.

     

    Gabarito: E

     

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  • Gabarito E.

    Ora, dirão os professores, vida é gramática. De acordo. Vou até mais longe: vida é pontuação. A vida de uma pessoa é balizada por sinais ortográficos. Podemos acompanhar a vida de uma criatura, do nascimento ao túmulo, marcando as diferentes etapas por sinais de pontuação.

  • ALTERNATIVA A – ERRADO – O autor não defende a tese de que a gramática seja inútil. Ele apenas alega que ela talvez não seja capaz de explicar todas as situações de comunicação.

    ALTERNATIVA B – ERRADO – De fato, as citações apresentadas evidenciam diferentes visões acerca do emprego da gramática. No entanto, o autor não defende a tese de que a gramática seja inútil. Ele apenas alega que ela talvez não seja capaz de explicar todas as situações de comunicação.

    ALTERNATIVA C – ERRADO – Não propõe o autor a obrigatoriedade do ensino da gramática,

    ALTERNATIVA D – ERRADO – O autor cita exemplos de celebridades que rejeitam a gramática e, para se aproximar mais do público, fazem uso de uma linguagem mais cotidiana.

    ALTERNATIVA E – CERTO – De fato! O autor atesta a importância da gramática, alegando não ser ela suficiente para o entendimento de todas as situações de comunicação. Compara a infância a uma permanente exclamação, relacionando uma fase da vida com um aspecto gramatical.

  • A questão não precisa cobrar gramática pesada para ser difícil. Essa é um ótimo exemplo. Você pisca e erra.

    "Ah, mas eu achei fácil". Bom para você. Faça mais questões, que vai errar as coisas fáceis e não mais subestimá-las.

    Aliás, é como a gramática nela mesma. KKKK

    ENFIM, LETRA E, conforme os colegas acima.

  • Vunesp em interpretação é caralhud4. Só questão caveira

  • Não achei difícil, porém já errei questões mais fáceis, então aprendi a não subestima-las

  • Gabarito E

    Adorei essa frase do texto: "É preciso aprender não para a escola, mas para a vida".

  • EAI CONCURSEIRO!!!

    Para você que vai fazer a prova para escrevente do TJSP e está em busca de questões inéditas, o PROJETO META 90 é uma apostila contendo 1410 questões INÉDITAS E COMENTADAS de toda a parte específica (disciplinas de Direito) cobradas no concurso de Escrevente Técnico Judiciário do Tribunal de Justiça de São Paulo. Estou usando e está me ajudando muito, questões novas trabalham melhor a memoria. Fica minha indicação, pois a VUNESP e traiçoeira HAHAHA.

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  • Acho a VUNESP bem justa nas questões de interpretações...ainda mais em uma prova com 24 questões de Português...se baixassem o santo da FCC, aí, meu amigo, lascaria tudo de vez!

  • EAI CONCURSEIRO!!!

    Para você que vai fazer a prova para escrevente do TJSP e está em busca de questões inéditas, o PROJETO META 90 é uma apostila contendo 1410 questões INÉDITAS E COMENTADAS de toda a parte específica (disciplinas de Direito) cobradas no concurso de Escrevente Técnico Judiciário do Tribunal de Justiça de São Paulo e também em outros concursos de Tribunal como TJ/RJ, TJ/SC, TJ/GO que estão com edital aberto. Estou usando e está me ajudando muito, questões novas trabalham melhor a memoria. Fica minha indicação, pois a VUNESP e traiçoeira HAHAHA.

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