SóProvas


ID
2644639
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEDUC-AL
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A respeito da história do período colonial e do período imperial do Brasil, julgue o item a seguir.


A concessão de alforria aos descendentes de africanos escravizados enfraqueceu as rebeliões escravas ao tornar-se mecanismo de distinção entre negros escravizados e negros e mulatos livres.

Alternativas
Comentários
  • Em vez de enfraquecer, não seria fortalecer? 

    Procurei e não achei fundamento. Compartilhem por favor!

  • Questão totalmente sem fundamento...
  • A Cespe está com um conceito de história em relação aos escravos totalmente diferente dos que estudei.

  • Questão mais embaraçosa. ;S
  • BIBA MPU É FRAQUEZA,  POIS A CONCESSÃO DE ALFORRIA FAZIAA COM QUE ESSES  NEGROS  NÃO PRECISASSEM  MAIS DE PARTICIPAR. ACHO QUE  É ISSO. 

  • Encontrei esta fonte: "A dinâmica da escravidão no Brasil Resistência, tráfico negreiro e alforrias, séculos XVII a XIX" do professor da USP Rafael de Bivar Marquese

     

    Dentre outras partes que trata de Minas Gerais, tem esse trecho sobre revoltas de escravos na Bahia:

     

    [...]

    No que resultou todo esse movimento de resistência? O ciclo de revoltas africanas que a Bahia vivenciou entre 1807 e 1835 não teve nenhum efeito cumulativo para colocar em xeque a ordem escravista brasileira; ao contrário, portanto, do ciclo de levantes escravos ocorrido no mesmo período no Caribe inglês. O contexto atlântico mais amplo ajuda a compreender a dimensão real dos levantes baianos. As revoltas de 1816 (Barbados), 1823 (Demerara) e 1831 (Jamaica) foram decisivas para impulsionar a campanha contra a escravidão negra no Império inglês. Por sua vez, a resistência escrava na década de 1880, fundamental para o processo de abolição do cativeiro no Império do Brasil, não se valeu da experiência histórica da onda de levantes africanos que a Bahia vivenciou entre 1807 e 1835. Em uma frase: essas revoltas, apesar de sérias e violentas, não abalaram a ordem escravista brasileira.


    A chave para compreender esse fracasso reside exatamente nas clivagens que separavam de forma radical os africanos escravizados de seus descendentes — negros e mulatos — nascidos no Brasil. Não houve participação destes últimos grupos nos levantes comandados pelos africanos escravizados na Bahia. Muito pelo contrário, como esclarece João José Reis:

     

    "mulatos, cabras e crioulos forneciam o grosso dos homens empregados no controle e repressão aos africanos. Eram eles que faziam o trabalho sujo dos brancos de manter a ordem nas fontes, praças e ruas de Salvador, invadir e destruir terreiros religiosos nos subúrbios, perseguir escravos fugitivos através da província e debelar rebeliões escravas onde quer que aparecessem".

     

    O comprometimento social dos crioulos e mulatos — sobretudo quando livres e libertos — com a instituição da escravidão, e não apenas o comprometimento dos senhores brancos, foi o elemento decisivo que garantiu a segurança do sistema escravista brasileiro.

     

    Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-33002006000100007

  • kkkkkkk

     

    pm-al

  • Essa Cespe trabalha com má fé. 

  • pois é cara, não sabia dessas concessoes.

     

  • Enfraquece a rebelião no sentido de que no momento em que o escravo recebe a "benevolência" da alforria ele passa a sentir gratidão ao seu senhor e dificilmente ele se volta contra àquele que o libertou.

    Fonte: Professor Admilson Costa, Gran Cursos Online

  • Essa assertiva estã mal formulada. Em certo sentido a alforria poderia ser artifício de distinção entre libertos e escravizados. Entretanto, não foi um fator definitivo a ponto de enfraquecer as rebeliões escravas. 

  • Houve participação de negros alforriados nas campanhas abolicionistas que culminaram no fim da escravidão. O abolicionismo se tornou um.movimento civil também. Questao muito mal formulada.
  • Entendo que está errada (na minha opinião). A questão se refere ao meu ver a lei do ventre livre que não teve eficácia. Ora, a lei dava a tutela do nascido livre ao donos dos escravos até os oito anos e depois? Para onde iria está criança. Além disso os escravos não possuíam certidão de nascimento o que impedia a fiscalização das fazendas.
  • Famosa questão que se você acerta não sabe se comemora ou fica triste por está estudando errado.

  • Correto!!

    Com a concessão da alforria, e escravo, agora liberto, tinha uma certa "gratidão" pelo seu senhor.

  • enfraqueceu sim! imagine uma escrava tendo um filho e sabendo que quando completasse certa idade o seu filho seria livre,dificilmente ela iria se rebeliar para não haver o risco da perda dessa liberdade pelo seu filho.

  • Trecho interessante do livro de Boris Fausto, pág 194 --> Até 1865, a alforria mediante pagamento ou gratuita podia ser revogada pelo antigo senhor sob a simples alegação de ingratidão. Além disso, no papel ou na prática, a libertação, em muitos casos, era acompanhada de um série de restrições como a de prestar serviços ao dono por um certo tempo.