A Escala de Coma de Glasgow considera a observação de três parâmetros: abertura dos olhos, a melhor resposta motora e verbal. Em cada parâmetro, a melhor resposta corresponde a uma pontuação e pelo somatório dos aspectos 26 avaliados, obtém-se o valor que caracteriza o nível de consciência do indivíduo. O score máximo (15) corresponde a uma pessoa desperta e totalmente alerta e o score mínimo (3) a um indivíduo em coma profundo, completamente não responsivo. A abertura ocular pode ser classificada em espontânea, por ordem verbal, após estímulo doloroso e sem resposta. A melhor resposta verbal pode ser classificada em orientada, confusa, palavras inapropriadas, sons e sem resposta. A melhor resposta motora pode ser classificada pela obediência do indivíduo ao comando verbal, a localização do estímulo doloroso, flexão normal, flexão anormal, extensão à dor e sem resposta. O escore numérico obtido pela avaliação do nível de consciência por meio da Escala de Coma de Glasgow compreende o nível de reatividade do paciente frente aos estímulos produzidos pelo observador. Neste sentido, na prática da saúde, inferimos que a ocorrência da experiência consciente se correlaciona com os dados observáveis de terceira pessoa, porém não há uma correspondência estatística bem estabelecida entre os dois aspectos.