Tratamento
Os objetivos do tratamento são:
Prevenção do ressangramento
Manejo do vasoespasmo sintomático e isquemia cerebral tardia
Manejo de outras complicações neurológicas e suporte clínico intensivo
Tratamento medicamentoso
O controle pressórico deve ser feito com droga titulável (e.g. nitroprussiato)
Para isso leva-se em consideração o risco de isquemia, ressangramento relacionado a pico hipertensivo e manutenção da pressão de perfusão cerebral (recomendação I, evidência A)
Não existe consenso para meta pressórica no aneurisma não tratado, porém manter a PAS < 160 mmHg é uma meta razoável
Nimodipino oral deve ser ofertado para todos os pacientes na dose de 60mg 4/4h, tendo sido demonstrada redução de mortalidade e de dependência (recomendação I, evidência A)
Apesar de não reduzir vasoespasmo, demonstrou melhorar desfechos neurológicos
Deve ser mantido por 14 a 21 dias
Não deve ser dado por via parenteral (relacionado a aumento da mortalidade)
Tratamento cirúrgico
Deve-se realizar a clipagem cirúrgica ou abordagem endovascular do aneurisma o quanto antes, a fim de reduzir o risco de ressangramento
A abordagem endovascular deve ser considerada para pacientes que possam ser submetidos a ambos os procedimentos, porém a decisão deve ser multidisciplinar e baseada na experiência da equipe
A manutenção da euvolemia e do volume circulante efetivo é recomendada, com a intenção de prevenir o surgimento de isquemia cerebral tardia
Hipervolemia profilática com a intenção de prevenir vasoespasmo não é recomendada
Ácido Tranexâmico pode ser uma opção nas primeiras 72h, em pacientes que não foram submetidos a correção do aneurisma, a fim de reduzir o risco de ressangramento precoce
Não existe evidência para recomendação de anticonvulsivantes profiláticos
Pacientes comatosos devem ser mantidos com eletroencefalograma contínuo, para pesquisa de estado de mal epiléptico não convulsivo
Deve-se manter o paciente normotérmico
Até 50% dos pacientes podem apresentar hipertermia secundária a HSA
Recomenda-se fazer profilaxia para TEV com métodos mecânicos até que o aneurisma seja tratado
Durante a internação, deve-se realizar exame neurológico sumário a cada 1 a 4 horas, como também manter aferição contínua dos sinais vitais
FONTE : http://www.residenciamehcfmusp.com.br/hemorragia-subaracnoide-nao-traumatica-diagnostico-e-manejo-da-sala-de-emergencia-uti/
a) 1 e II; 2 e IV; 3 e III; 4 e I.
1. Respiração de Cheyne-Stokes
2. Pupilas iguais e de reação normal
3. Dilatação pupilar progressiva
4. Rigidez de nuca
I. Hemorragia subaracnóidea, meningite.
II. Sugere lesões profundas em ambos os hemisférios cerebrais, em área dos núcleos da base e da parte superior do tronco encefálico --> movimentos respiratores
III. Indica elevação progressiva intracraniana.
IV. Sugere que o coma (pupilas iguais ) é de origem tóxica ou metabólica.