- ID
- 2659315
- Banca
- FCC
- Órgão
- ALESE
- Ano
- 2018
- Provas
-
- FCC - 2018 - ALESE - Analista Legislativo - Administração
- FCC - 2018 - ALESE - Analista Legislativo - Arquitetura
- FCC - 2018 - ALESE - Analista Legislativo - Arquivologista
- FCC - 2018 - ALESE - Analista Legislativo - Assistência Social
- FCC - 2018 - ALESE - Analista Legislativo - Biblioteconomia
- FCC - 2018 - ALESE - Analista Legislativo - Contabilidade
- FCC - 2018 - ALESE - Analista Legislativo - Economia
- FCC - 2018 - ALESE - Analista Legislativo - Enfermagem
- FCC - 2018 - ALESE - Analista Legislativo - Engenharia Civil
- FCC - 2018 - ALESE - Analista Legislativo - Jornalismo
- FCC - 2018 - ALESE - Analista Legislativo - Medicina
- FCC - 2018 - ALESE - Analista Legislativo - Odontologia
- FCC - 2018 - ALESE - Analista Legislativo - Processo Legislativo
- FCC - 2018 - ALESE - Analista Legislativo - Psicologia
- Disciplina
- Português
- Assuntos
As questão abaixo refere-se ao texto seguinte − parte do prefácio de um livro de sociologia em que o autor se dedicou ao estudo da cultura popular.
[Linguagens e culturas]
Este livro estuda as modificações que se deram na cultura das classes populares ao longo das últimas décadas, de modo especial aquelas que podem ser atribuídas à influência das publicações de massa. Creio que obteríamos resultados muito semelhantes caso tomássemos como exemplos algumas outras formas de comunicação, como o cinema, o rádio ou a televisão.
Penso que tenho sempre tentado dirigir-me principalmente ao “leitor comum” sério ou “leigo inteligente” de qualquer classe social. Não significa isto que eu tenha tentado adotar qualquer tom de voz específico, ou que tenha evitado o uso de quaisquer termos técnicos, para só empregar expressões banais. Escrevi tão claramente quanto o permitiu a minha compreensão do assunto, e apenas usei termos técnicos quando me pareceram susceptíveis de se tornarem úteis e sugestivos.
O “leigo inteligente” é uma figura vaga, e a popularização uma tarefa perigosa; mas parece-me que aqueles de nós que consideram uma urgente necessidade escrever para ele devem continuar a tentá-lo. Porque um dos mais nefastos aspectos da nossa condição cultural é a divisão entre a linguagem dos peritos e o nível extraordinariamente baixo daquela utilizada nos órgãos de comunicação de massa.
(Adaptado de: HOGGART, Richard. As utilizações da cultura. Trad. de Maria do Carmo Cary. Lisboa: Editorial Presença, 1973.)