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ID
2664358
Banca
FCC
Órgão
ALESE
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquivologia
Assuntos

O renomado arquivista francês Michel Duchein, ao falar sobre o século XIX, época em que estavam em voga os grandes sistemas de classificação, critica não apenas o interesse dos historiadores pelos itens documentais tomados individualmente, mas a maneira como eram tratados os arquivos. Compara-os com as escavações arqueológicas então realizadas em Pompeia e no Egito, quando os objetos eram retirados dos sítios de escavação, como peças de coleção, e encaminhados aos museus. Recorrendo a esta analogia, o autor defende

Alternativas
Comentários
  • Até o princípio do século XIX nem administradores, nem arquivistas de diferentes países, demonstraram o menor escrúpulo em dividir e dispersar documentos de uma mesma origem, nem em reagrupar e misturar documentos de proveniências diferentes, quando a necessidade se fazia sentir, por motivo de comodidade (prática ou intelectual). (...) 

     

    Pela ótica dos historiadores de então, o documento de arquivo era considerado por seu valor intrínseco, independentemente de seu contexto, da mesma maneira que, nas escavações arqueológicas - em Pompéia, por exemplo, ou no Egito durante a expedição de Bonaparte - só houve interesse pelos objetos de arte encontrados, como peça de coleção, sem a preocupação de conservá-los no âmbito de seu descobrimento.

     

    Por isso a teoria formulada em 1841 pelo historiador francês Natalis de Wailly, antecipando-se ao estruturalismo, marca uma reviravolta na história da Arquivística. (...)  Hoje, pode-se dizer que, com pequenas e inexpressivas nuances, o princípio do respeito aos fundos ou princípio da proveniência é universalmente aceito como base da Arquivologia teórica e prática.

     

    fonte: O Respeito de Fundos em Arquivo: princípios teóricos e problemas práticos - Michael Duchein

    gab: LETRA C