O processo de elaboração da Carta da Terra iniciou-se me 1987 e foi uma das tarefas inacabadas da Rio 92, seu lançamento oficial foi em 2000, no Palácio da Paz, em Haia – Holanda. A Carta da Terra é uma declaração dos povos sobre a interdependência global e a responsabilidade universal, que estabelece os princípios fundamentais para a construção de um mundo justo, sustentável e pacífico. O representante do Brasil e América Latina na Comissão Mundial da Carta da Terra é o teólogo Leonardo Boff, lembrando que o professor Moacir Gadotti colaborou na redação da Carta da Terra, sendo um de seus Conselheiros. Ambos defendem a utilização da Carta no sistema de ensino formal e não formal.
Se a Carta da Terra foi uma das tarefas inacabadas da Rio 92 , outro importante documento foi aprovado e pactuado na Conferencia – a Agenda 21. A Agenda 21 é um processo público e participativo do planejamento e implementação das políticas e ações de desenvolvimento sustentável. Nesse sentido, para Rubens Born, diretor do Instituto, Vitae Civilis, “a Agenda 21 é importante instrumento para a conscientização ambiental e a mobilização de cidadãos na formulação de políticas de desenvolvimento sustentável, na consolidação da responsabilidade social e no fortalecimento dos mecanismos participativos e democráticos”.
O capítulo 36 da Agenda 21 trata da “Promoção do ensino, da conscientização e do treinamento” e formula propostas gerais neste sentido. O capítulo faz várias recomendações às autoridades educacionais e, para as Universidades, o capítulo recomenda que os “programas de pós-graduação devem incluir cursos especialmente concebidos para treinar os responsáveis por decisões”, ou seja, gestores da educação, professores, administradores, advogados, entre outros.
Fonte: A Carta da Terra e a Agenda 21: estratégias na Educação para a Sustentabilidade
Doroty Aparecida Martos e Roseli Fischmann