Questão 2666362

• Banca: INEP
• Órgão: ENEM
• Ano: 2011
• Provas: INEP - 2011 - ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia - PPL
• Disciplina: História
• Assuntos: História do Brasil; Reconstrução Democrática: Governos FHC

Antes de tomar posse no seu cargo, ainda na Europa, Rio Branco agira no sentido de afastar o perigo imediato do Bolivian Syndicate, empresa estadunidense, e propusera a compra do território do Acre. Recusada essa ideia, propôs o Governo brasileiro a troca de territórios e ofereceu compensação, como a de favorecer, por uma estrada de ferro, o tráfego comercial pelo rio Madeira, entendendo-se diretamente com o Bolivian Syndicate.

RODRIGUES, J. H.; SEITENFUS, R. Uma História Diplomática do Brasil: 1531-1945. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1995 (adaptado).

O texto aborda uma das questões fronteiriças enfrentadas no período em que José da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, esteve à frente do Ministério das Relações Exteriores (1902-1912).

A estratégia de entendimento direto do Brasil com a empresa Bolivian Syndicate, que havia arrendado o Acre junto ao governo boliviano, explica-se pela

• A. proteção à população indígena.
• B. consolidação das guerras de conquista.
• C. implementação da indústria de borracha.
• D. negociação com seringueiros organizados.
• E. preocupação com intervenção imperialista.

Gabarito: E

Comentários

• Durante a primeira metade do século XX não somente foram explorados os territórios da África e da Ásia, mas as garras do imperialismo se estendiam para as Américas novamente, no entanto agora o imperialismo vinha do mesmo lado do Atlântico, os Estados Unidos pretendiam expandir e manter seus negócios nos vizinhos americanos já que estes tinham uma economia muitíssimo mais industrializada do que os países primário exportadores no restante da América.

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• GAB: E

  O Acre era parte da Bolívia "invadida" pelos brasileiros. Com a promulgação da República do Acre, a Bolívia correu atrás de ajuda de potências imperialistas, como os EUA e Inglaterra, para apoia-la ter o Acre de volta e pressionar o Brasil a tomar alguma atitude. Após a queda de Luís Galvez na República do Acre, os EUA queriam comprar o território da Bolívia e os bolivianos, como perceberam que não iriam conseguir expulsar os brasileiros, iriam aceitar. O Barão do Rio Branco vendo uma possível intervenção estrangeira ao lado e até, possibilidade, dentro do Brasil, preferiu barganhar com a Bolívia e o Bolivian Syndicate.

• "...Rio Branco agira no sentido de afastar o perigo imediato do Bolivian Syndicate, empresa estadunidense..."

  Observem o trecho e a data exposta no enunciado (1902-1912).

  Percebam que o fato ocorreu durante o período imperialista/neocolonialista no mundo. Sabendo disso, e interpretando o trecho que eu citei, depreende-se que há uma preocupação de Rio Branco com uma possível intervenção imperialista da empresa dos EUA na região do Acre, acarretando na negociação citada no texto que anexou o Acre ao Brasil.

  Letra E.

  Obs: a letra C também me confundiu muito, visto que nesse contexto estava em contexto o 1° ciclo da borracha, porém, eu acho que na época, a principal atividade do Brasil em relação a extração do látex era comercialização do látex em si, e não dá borracha pronta, sei lá, eu imagino isso... Mas a questão é mesmo por causa da C.

• não é a C, pois a implementação da indústria da borracha foi anterior a esse momento.