SóProvas


ID
2668849
Banca
FCC
Órgão
TRT - 6ª Região (PE)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: Para responder a questão abaixo, considere o texto abaixo.


    O jornalismo pode ser qualificado, embora com certo exagero, como um mal necessário. É um mal porque todo relato jornalístico tende ao provisório. Mesmo quando estamos preparados para abordar os assuntos sobre os quais escrevemos, é próprio do jornalismo apreender os fatos às pressas. A chance de erro, sobretudo de imprecisões, é grande.

    O próprio instrumento utilizado é suspeito. Diferente da notação matemática, que é neutra e exata, a linguagem se presta a vieses de todo tipo, na maior parte inconscientes, que refletem visões de mundo de quem escreve. Eles interagem com os vieses de quem lê, de forma que, se são incomuns textos de fato isentos, mais raro ainda que sejam reconhecidos como tais.

    Pertenço a uma geração que não se conformava com as debilidades do relato jornalístico. O objetivo daquela geração, realizado apenas em parte, era estabelecer que o jornalismo, apesar de suas severas limitações, é uma forma legítima de conhecimento sobre o nível mais imediato da realidade.

    O que nos remete à questão do início; sendo um mal, por que necessário? Por dois motivos. Ao disseminar notícias e opiniões, a prática jornalística municia seus leitores de ferramentas para um exercício mais consciente da cidadania. Thomas Jefferson pretendia que o bom jornalismo fosse a escola na qual os eleitores haveriam de aprender a exercer a democracia.

    O outro motivo é que os veículos, desde que comprometidos com o debate dos problemas públicos, servem como arena de ideias e soluções. O livre funcionamento das várias formas de imprensa, mesmo as sectárias e as de má qualidade, corresponde em seu conjunto à respiração mental da sociedade.

    Entretanto, o jornalismo dito de qualidade sempre foi objeto de uma minoria. A maioria das pessoas está de tal maneira consumida por seus dramas e divertimentos pessoais que sobra pouca atenção para o que é público. Desde quando os tabloides eram o principal veículo de massas, passando pela televisão e pela internet, vastas porções de jornalismo recreativo vêm sendo servidas à maioria.

    O jornalismo de verdade, que apura, investiga e debate, é sempre elitista. Está voltado não a uma elite econômica, mas a uma aristocracia do espírito. São líderes comunitários, professores, empresários, políticos, sindicalistas, cientistas, artistas. Pessoas voltadas ao coletivo.

    A influência desse tipo de jornalismo sempre foi, assim, mediada. Desde que se tornou hegemônico, nos anos 1960-70, o jornalismo televisivo se faz pautar pela imprensa. Algo parecido ocorre agora com as redes sociais.

    A imprensa, que vive de cobrir crises, sempre esteve em crise. O paradoxo deste período é que, no mesmo passo em que as bases materiais do jornalismo profissional deslizam, sua capacidade de atingir mais leitores se multiplica na internet, conforme se torna visível a perspectiva de universalizar o ensino superior.


(Adaptado de: FILHO, Otavio Frias. Disponível em: www.folha.uol.com.br)

Depreende-se corretamente do texto:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa D.

     

    "O jornalismo pode ser qualificado, embora com certo exagero, como um mal necessário. É um mal porque todo relato jornalístico tende ao provisório. Mesmo quando estamos preparados para abordar os assuntos sobre os quais escrevemos, é próprio do jornalismo apreender os fatos às pressas. A chance de erro, sobretudo de imprecisões, é grande".

    "[...] Diferente da notação matemática, que é neutra e exata, a linguagem se presta a vieses de todo tipo, na maior parte inconscientes, que refletem visões de mundo de quem escreve".

     

    Por tais características, é possível considerar que para o autor essas façam parte do jornalismo.

  • FCC cada vez mais se supera (RS).

  • Mlk é uma questão pra Técnico ou Revisor de Textos?

  • a) O desejo infrutífero da geração a que pertence o autor, ou seja, a transformação do jornalismo em um meio de fortalecer a democracia e o senso de cidadania, é visto como um projeto utópicoERRADA.

    Pertenço a uma geração que não se conformava com as debilidades do relato jornalístico. O objetivo daquela geração, realizado apenas em parte, era estabelecer que o jornalismo, apesar de suas severas limitações, é uma forma legítima de conhecimento sobre o nível mais imediato da realidade.

    Ou seja, os desejos da geração do autor não são utópicos porque foram "realizados em parte".

     b) Diferentemente do jornalismo de entretenimento, o jornalismo investigativo, que se dirige às lideranças sociais, tende a ser imparcial quando difundido em veículos sérios.    [ERRADA].

    No dois primeiros parágrafos o autor fala como o jornalismo em essência tende a ser parcial. 

    PARÁGRAFOS 1 e 2

    O jornalismo pode ser qualificado, embora com certo exagero, como um mal necessário. É um mal porque todo relato jornalístico tende ao provisório. Mesmo quando estamos preparados para abordar os assuntos sobre os quais escrevemos, é próprio do jornalismo apreender os fatos às pressas. A chance de erro, sobretudo de imprecisões, é grande.

    O próprio instrumento utilizado é suspeito. Diferente da notação matemática, que é neutra e exata, a linguagem se presta a vieses de todo tipo, na maior parte inconscientes, que refletem visões de mundo de quem escreve. Eles interagem com os vieses de quem lê, de forma que, se são incomuns textos de fato isentos, mais raro ainda que sejam reconhecidos como tais.

    c) Devido à popularidade das notícias difundidas nas mídias sociais, o jornalismo televisivo, que se tornou hegemônico nas décadas de 1960-70, vem perdendo audiência. [ERRADA]. Ele não fala isso no texto.

    Desde quando os tabloides eram o principal veículo de massas, passando pela televisão e pela internet, vastas porções de jornalismo recreativo vêm sendo servidas à maioria.

     d) O autor considera que o caráter provisório das notícias, a apuração apressada dos fatos e a subjetividade própria da linguagem sejam questões problemáticas inerentes ao jornalismo.  [CORRETA] Resposta nos parágrafos 1 e 2.

     e) Em oposição ao jornalismo que apura e investiga, o jornalismo recreativo, ainda que popular, baseia-se em fatos de difícil comprovação e desperta o interesse de pessoas que, ao consumi-lo, desconsideram os problemas da coletividade. [ERRADA] Resposta no parágrafo 1 e 2.

  • Quanto tempo vcs demoram para responder uma questão como essa da fcc?

  • Gaba letra D de DIMDIM

    Passo mais tempo que o necessário nessas questões subjetivas. Odeio!

  • esses textos da fcc são grandes e de dificil compreensão tem que ler com bastante atençao pra acertar a questão 2horas só nesses textos 

    JESUS nos ajude!

  • Agora aqui no site eu fiz em 2 minutos, porém na prova, após ter feito toda a prova de Direito, levei uns 5 minutos. 

  • 10 min.. por isso portugues fica sempre por último.

  • Essa questão vence pelo cansaço. #MalditaFCC

  • Essa tese esta no início do texto.

    É um mal porque todo relato jornalístico tende ao provisório. Mesmo quando estamos preparados para abordar os assuntos sobre os quais escrevemos, é próprio do jornalismo apreender os fatos às pressas.

    Bons estudos guerreiros e guerreiras.....

  • Passei 14 minutos para responder essa questão #fccdocapeta

  • gabarito d, de devo continuar estudando porque errei 

    :(

  • 9 minutos. E é porque já havia feito essa questão na prova...

  • GAB D

    Fique na dúvida entre a D e E, porém esse trecho deu direção para a D.

    A imprensa, que vive de cobrir crises, sempre esteve em crise.

    D) ...questões problemáticas inerentes ao jornalismo.

    A Charada da resposta estava nos 4 últimos parágrafos, entretando para matar essa charada gastei uns 10 minutos, para achar e ler novamente.

    Não desistam, à vitória esta próxima.

     

     

  • Gabarito: D

    Fiquei na duvida entre as alternativas A e D. Transcrevi cada parágrafo e cheguei à conclusão é a alternativa D, que está mais clara nos 7º, 8º e 9º parágrafos.

  • Galera, a resposta é a letra D e sua explicação consta no 2° parágrafo:

    "O próprio instrumento utilizado é suspeito. Diferente da notação matemática, que é neutra e exata, a linguagem se presta a vieses de todo tipo, na maior parte inconscientes, que refletem visões de mundo de quem escreve. Eles interagem com os vieses de quem lê, de forma que, se são incomuns textos de fato isentos, mais raro ainda que sejam reconhecidos como tais."

  • Texto de fácil leitura, mas meio complexo pra entender...acertei, mas demorei hem! Texto assim, no dia da prova, leva ao extremo cansaço mental. Por isso deixo português por último!

  • 3 minutos aqui, só que na prova essa "certeza" toda fica em casa e claro que penso mais, e geralmente esse é o problema, a gente lá começa a colocar cabelo em ovo.

    É treino! Vamos que vamos!!! Feliz da vida com 86% em português na FCC, kkkk, meta 90%+.

    EUSOU3%!

    Deus vai na frente abrindo o caminho, quebrando as correntes, tirando os espinhos. Ordena aos anjos pra contigo lutar, Ele abre as portas pra ninguém mais fechar. Ele trabalha pra o que Nele confia, caminha contigo de noite ou de dia. Erga as mãos, sua bênção chegou, e comece a cantar com muito louvor!