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ID
2672014
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Jornalismo
Assuntos

Analise as afirmativas que dizem respeito à Teoria Estruturalista.


I. Reconhece a “autonomia relativa” dos jornalistas em relação a um controle econômico direto, ao contrário da teoria de ação política.

II. Conceitualiza as notícias como uma construção e encara as fontes oficiais como um bloco unido e uniforme.

III. “Definidores primários” é o nome dado às fontes “poderosas”, com um acesso exagerado aos media, que reproduz a “ideologia dominante”.

IV. Concebe um espaço de manobra por parte dos jornalistas que desafiam os “definidores primários” através de iniciativas como a reportagem, o jornalismo de investigação ou os furos.


Em relação a essas afirmativas, estão CORRETAS:

Alternativas
Comentários
  • Erro do item IV - "De acordo com Nelson Traquina, para a teoria estruturalista, diferentemente da abordagem etnoconstrucionista, as fontes oficiais seriam encaradas como um bloco uniforme e praticamente não haveria como conceber um espaço de manobra por parte dos jornalistas na relação com elas, no que diz respeito às definições principais. Dessa forma, o campo jornalístico seria visto, sobretudo, como um espaço de reprodução da ideologia dominante. Já a teoria etnoconstrucionista apenas aceitaria que as fontes oficiais detêm vantagens estratégicas e não um papel dominante automático. Assim, seria reconhecido um grau de autonomia maior por parte dos jornalistas." 

    Fonte: http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/logos/article/viewFile/14749/11198

  • Teoria Estruturalista surgiu por volta da década de 50, como um desdobramento dos autores voltados para a Teoria da Burocracia que tentaram conciliar as teses propostas pela Teoria Clássica e pela Teoria das Relações Humanas. Os autores estruturalistas procuram inter-relacionar as organizações com o seu ambiente externo, que é a sociedade maior, ou seja, a sociedade de organizações, caracterizada pela interdependência entre as organizações.

    A Teoria Estruturalista, assim como a Teoria da Burocracia, faz parte também da abordagem estruturalista. O enfoque da teoria estruturalista é na estrutura e ambiente, assim, de acordo com Chiavenato, essa teoria trouxe uma importante ruptura com relação as anteriores. Ela mostra a organização como sendo um sistema aberto que se relaciona com o ambiente e com outras organizações. Baseia-se no conceito de estrutura, que é um todo composto por partes que se inter-relacionam. O todo é maior do que a simples soma das partes.

    Caracteriza-se por sua múltipla abordagem, englobando em sua análise a organização formal e informal, recompensas materiais e sociais e entre outros, reconhecem os conflitos organizacionais, ditos como inevitáveis. Por fim, fazem uma análise comparativa entre as organizações, propondo tipologias, como, a de Etzione, na qual ele se baseia no conceito de obediência, e a de Blau e Scott, que se baseia no conceito de beneficiário principal.

    A Teoria Estruturalista teve como origem os seguintes fatos:

    • A oposição surgida entre a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas – incompatíveis entre si - tornou necessária uma posição mais ampla e compreensiva que integrasse os aspectos considerados por uma e omitidos pela outra e vice-versa. A Teoria Estruturalista pretende ser uma síntese delas, inspirando-se na abordagem de Max Weber.

    • A necessidade de visualizar "a organização como uma unidade social complexa na qual interagem grupos sociais" que compartilham alguns dos objetivos da organização, mas podem se opor a outros.

    • A influência do estruturalismo nas ciências sociais e sua repercussão no estudo das organizações. O estruturalismo influenciou a Filosofia, a Psicologia, a Antropologia, a Matemática, a Linguística, chegando até a teoria das organizações.

    • Novo conceito de estrutura. Estrutura é o conjunto formal de dois ou mais elementos e que permanece inalterado seja na mudança, seja na diversidade de conteúdos. A mesma estrutura pode ser apontada em diferentes áreas, e a compreensão das estruturas fundamentais em alguns campos de atividade permite o reconhecimento das mesmas estruturas em outros campos.