-
Não entendi esse gabarito. Alguém explica?
-
Nem eu entendi. É difícil ne rotina jornalística escrever um lead objetivo?
-
O artigo Newsmaking in Portuguese: uma discussão das hipóteses de Gaye Tuchman no contexto brasileiro traz que:
Segundo Pena (2008, p. 129), “A socióloga Gaye Tuchman é uma das mais respeitadas pesquisadoras do newsmaking.” Essa corrente teórica “procura descrever como as exigências organizativas e a organização do trabalho e dos processos produtivos influenciam na construção da notícia” (PEREIRA JÚNIOR, 2002, p. 8). Wolf (1994) sinaliza que as conexões e as relações existentes entre a cultura profissional dos jornalistas e a organização do trabalho e dos processos produtivos constituem o ponto central desse tipo de pesquis
-
Pelo que entendi:
Não é que seja difícil (problemático), para o jornalista, escrever o lead. Mas a redação do lead é o que mais pesa em termos de objetividade/ parcialidade, uma vez que é ali que o jornalista elege as circunstâncias mais importantes sobre o fato a ser relatado. No Lead não há "espaço" para se apresentar "os dois lados", "provas auxiliares" de cada lado, etc. A primeira frase, o primeiro personagem, tudo que aparecer primeiro já tem um peso maior que o restante da notícia.
-
Segundo Traquina (2005), a dificuldade que os jornalistas têm para explicar quais são os critérios que utilizam no processo de produção das notícias é um sinal de que eles priorizam a ação sobre a reflexão, o que está relacionado ao saber de procedimento. Como consequência do jornalismo como atividade prática, marcada por horas de fecho, percebe-se nas notícias o foco nos acontecimentos e não nas problemáticas (TRAQUINA, 2001; TUCHMAN, 1978).
Fonte: http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/logos/article/viewFile/14749/11198
-
Se atendo ao aspecto formal da notícia, podemos ainda identificar que “a estruturação da informação numa sequência apropriada é também um procedimento destinado a indicar a objetividade” (TUCHMAN, 2016, p. 122). Assim, no que os jornalistas chamam de pirâmide invertida, a informação mais importante é apresentada no primeiro parágrafo de uma notícia, também chamado de lead, seguida pelas de menor relevância. “Até certo ponto, as dificuldades dos jornalistas são mitigadas pela fórmula familiar de que a notícia preocupa-se com ‘ o quem, o quê, o quando, o onde, o porquê e o como” (TUCHMAN, 2016, p. 123). No entanto, Tuchman alerta a armadilha que essa técnica implica, uma vez que a responsabilidade pela escolha do que é mais importante recai apenas sobre o repórter, que, por sua vez, “só pode invocar o profissionalismo e afirmar que o lead é validado pelo news judgement” (TUCHMAN, 2016, p. 122).E news judgement, para Tuchman (2016), é o conhecimento que o jornalista adquire com a experiência profissional.
FONTE: http://portalintercom.org.br/anais/nacional2017/resumos/R12-0520-1.pdf
TUCHMAN, Gaye. A objetividade como ritual estratégico: uma análise das noções de objetividade dos jornalistas. In: TRAQUINA, Nelson. (Org.) Jornalismo: questões, teorias e “estórias”. Florianópolis: Insular, 2016.
-
Objetividade
Para o jornalismo a objetividade é a qualidade de um texto onde um redator, a partir de um texto claro e conciso, apresente um ponto de vista neutro politica ou ideologicamente. A discussão da possibilidade da objetividade é um dos pontos centrais da teoria do jornalismo. De um ponto de vista eminentemente técnica, a objetividade seria possível através do estrito cumprimento das regras do texto jornalístico (texto substantivado, técnica da pirâmide invertida etc) e, ao mesmo tempo, pela rígida observância da postura ética.
Wilson Roberto Vieira Ferreira, em Dicionário da Comunicação, p. 365, Ciro Marcondes Filho
GAB E
-
gab. q concurso B