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ID
2673403
Banca
VUNESP
Órgão
Câmara de Dois Córregos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão abaixo.


    “Quando eu tinha mais ou menos uma semana de idade, eu me lembro de estar enrolada em um cobertor rosa de algodão”, conta Rebecca Sharrock. Considerando que a memória da maioria das pessoas não é capaz de gravar acontecimentos anteriores aos quatro anos de idade, pode ser fácil pensar que a descrição de Sharrock seja um sonho nostálgico em vez de uma memória real. Mas a mulher australiana de 27 anos não tem uma memória comum – ela foi diagnosticada com uma síndrome rara chamada “Memória Autobiográfica Altamente Superior”, ou HSAM na sigla em inglês, também conhecida como Síndrome da Supermemória. Essa condição neurológica única significa que Sharrock consegue se lembrar de absolutamente tudo que ela fez em qualquer data.

    Pessoas com essa síndrome podem se lembrar instantaneamente e sem esforço algum de qualquer coisa que fizeram, o que vestiram ou onde estavam em qualquer momento da vida. Elas podem se lembrar de notícias e acontecimentos pessoais com tantos detalhes e com uma exatidão tão perfeita que são comparáveis a uma gravação.

    Por que algumas pessoas nascem com a supermemória? As pesquisas ainda estão em andamento, já que existem poucos indivíduos com a síndrome no mundo, e a área ainda é relativamente nova. Mas alguns estudos indicam que o lobo temporal (que ajuda no processamento de memória) é maior nos cérebros das pessoas com HSAM.

    Ter uma supermemória significa que as memórias são gravadas em detalhes vívidos, o que é fascinante em termos científicos, mas pode ser uma praga para quem tem a síndrome. Algumas pessoas com HSAM dizem que suas memórias são muito organizadas, mas Sharrock descreve seu cérebro como “entupido” e diz que reviver memórias lhe dá dor de cabeça e insônia. Apesar disso, ela aprendeu a tentar usar memórias positivas para superar as negativas: “No começo de todo mês, eu escolho todas as melhores memórias que tive naquele mês em outros anos”. Reviver acontecimentos positivos facilita na hora de lidar com as “memórias invasivas” que a fazem se sentir mal.


(Sarah Keating, BBC. 17.11.2017. www.bbc.com. Adaptado)

A partir do último parágrafo, conclui-se que Sharrock

Alternativas
Comentários
  • "...Apesar disso, ela aprendeu a tentar usar memórias positivas para superar as negativas: “No começo de todo mês, eu escolho todas as melhores memórias que tive naquele mês em outros anos”. Reviver acontecimentos positivos facilita na hora de lidar com as “memórias invasivas” que a fazem se sentir mal."

     

    Neste trecho significa que Sharrock  luta contra tais pensamentos que insistem em voltar, por isso chamadas de invasivas, o que ocasiona sua falta de controle.

    A letra B,  acredito que o erro seja no termo apagar, o que não seria possível devido à sindrome.

     

    Gabarito: E

  • "Sharrock descreve seu cérebro como “entupido” e diz que reviver memórias lhe dá dor de cabeça e insônia"

    "Reviver acontecimentos positivos facilita na hora de lidar com as “memórias invasivas” que a fazem se sentir mal."

    GABARITO -> [E]

  • o segredo da questão esta no trecho :

    Apesar disso, ela aprendeu a tentar usar memórias positivas para superar as negativas...

     

     

  • Não marquei pelo seguinte trecho: 
    Apesar disso, ela aprendeu a tentar usar memórias positivas para superar as negativas.

    Se ela aprendeu, então tem controle.

  • Em meu entendimento, acho que restou certa dubiedade nessa questão:

     

    "... ela aprendeu a TENTAR usar memórias positivas para SUPERAR as negativas"

    - TENTAR não significa conseguir ou ter êxito, logo, não podemos afirmar que o fato que se segue vai ocorrer;

    - Usar as memórias positivas para SUPERAR as negativas não significa que ela vai se esquecer das negativas;

     

    - Se ela fosse capaz de selecionar o que vai lembrar, bastaria afastar as lembranças ruins da memória, lembrando-se apenas das boas; não precisaria "Reviver acontecimentos posistivos" para FACILITAR na hora de LIDAR com as “memórias invasivas” que a fazem se sentir mal.

     

     

    Portanto, ela "não é capaz de selecionar o que vai lembrar", pelo que a alternativa "D" também pode ser considerada correta!

     

     

     

     

     

     

  • Apesar disso, ela aprendeu a tentar usar memórias positivas para superar as negativas...

     

    Não tem total controle...

  • "Algumas pessoas com HSAM dizem que suas memórias são muito organizadas, mas Sharrock descreve seu cérebro como “entupido” e diz que reviver memórias lhe dá dor de cabeça e insônia".

    Questão, no meu modo de ver, um pouco confusa. No entanto, apesar de ter errado, penso que, após fazer uma análise melhor, que o MAS é um fator determinante para escolher a letra correta. Observe que ele dá ideia de adversidade. Isto é, as outras pessoas com HSAM têm memórias organizadas. O que nos leva a crê que, no caso da nossa personagem em sabatina, o cerébro dela não a permitia ter total controle sobre o dela. Penso que assim poderia se chegar a letra correta.

  • ALTERNATIVA A – ERRADO – Segundo o texto, Sharrock é capaz de se lembrar de tudo.

    ALTERNATIVA B – ERRADO – Não é que ela apaga as memórias ruins, pois estas permanecem vivas. Na verdade, o que ela faz é dar ênfase às memórias boas, sem apagar as ruins.

    ALTERNATIVA C – ERRADO – Em nenhum momento o texto afirma isso.

    ALTERNATIVA D – ERRADO – Segundo o texto, Sharrock tenta selecionar as memórias boas, com o objetivo de superar as ruins. Isso mostra que é equivocado julgá-la como incapaz de selecionar o que vai lembrar.

    ALTERNATIVA E – CERTO – Como dito anteriormente, Sharrock tenta selecionar as memórias boas. O fato de tentar dá a entender que nem sempre é possível ter esse controle, o que gera, segundo ela própria, momentos de insônia e incômodo.