Gabarito D
Em síntese, nos últimos trinta anos anos, o modo de produção capitalista experimentou transformações de monta, que se refrataram distintamente nas diversas formações econômico‑sociais em que se concretiza e que exigem instrumentos analíticos e heurísticos mais refinados. Segundo Netto, ainda que se registrem polêmicas acerca da natureza e das complexas implicações dessas transformações, bem como do ritmo em que levam o modo de produção capitalista a aproximar‑se dos seus limites estruturais, duas inferências são inquestionáveis:
1ª) nenhuma dessas transformações modificou a essência exploradora da relação capital/trabalho; ( Esta inferência para Netto, é que revela‑se mediante vários indicadores: as jornadas de trabalho prolongadas para aqueles que conservam seus empregos e a intensificação do trabalho.
2ª) a ordem do capital esgotou completamente as suas potencialidades progressistas, constituindo‑se, contemporaneamente, em vetor de travagem e reversão de todas as conquistas civilizatórias.
Crise do capital e consequências societárias - Zé Paulo Netto. Serv. Soc. Soc., São Paulo, n. 111, p. 413-429, jul./set. 2012