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CPC 03
Algumas transações, como a venda de item do imobilizado, podem resultar em ganho ou perda, que é incluído na apuração do lucro líquido ou prejuízo. Os fluxos de caixa relativos a tais transações são fluxos de caixa provenientes de atividades de investimento. Entretanto, pagamentos em caixa para a produção ou a aquisição de ativos mantidos para aluguel a terceiros que, em sequência, são vendidos, conforme descrito no item 68A do Pronunciamento Técnico CPC 27 - Ativo Imobilizado, são fluxos de caixa advindos das atividades operacionais. Os recebimentos de aluguéis e das vendas subsequentes de tais ativos são também fluxos de caixa das atividades operacionais.
RESUMO:
AQUISIÇÃO DE IMÓVEL............................................................................................FCI
AQUISIÇÃO/PRODUÇÃO DE ATIVO MANTIDO PARA ALUGUEL A TERCEIRO...........FCO
RECEBIMENTO DE ALUGUEL DE ATIVO MANTIDO PARA ALUGUEL A TERCEIRO.....FCO
VENDA SUBSEQUENTE DE ATIVO MANTIDO PARA ALUGUEL A TERCEIRO..............FCO
GAB. E. É FCO
CPC 27...PARA COMPLEMENTAR
68A. Entretanto, a entidade que, durante as suas atividades operacionais, normalmente vende itens do ativo imobilizado que eram mantidos para aluguel a terceiros deve transferir tais ativos para o estoque pelo seu valor contábil quando os ativos deixam de ser alugados e passam a ser mantidos para venda. As receitas advindas da venda de tais ativos devem ser reconhecidas como receita de acordo com o CPC 47 – Receita de Contrato com Cliente. O CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada não se aplica quando os ativos, que são mantidos para venda durante as atividades operacionais, são transferidos para o estoque.
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A banca deve ter considerado "imóvel destinado a locação a terceiro" como fluxo de caixa operacional.
Poderia ser operacional, caso "alugar imóveis" fizesse parte do negócio operacional, do objetivo social da empresa. Mas, isso não foi informado.
A frase dita fora desse contexto dá a entender que foi apenas um único imóvel que foi comprado/construído com a intenção de alugar, auferir rendas.
E conforme CPC 28 Propriedades para investimentos:
"7. As propriedades para investimento são mantidas para obter rendas ou para valorização do capital ou para ambas, e por isso classificadas no subgrupo Investimentos, dentro do Ativo Não Circulante. Por isso, uma propriedade para investimento gera fluxos de caixa altamente independentes dos outros ativos mantidos pela entidade."
O prof. Gabriel Rabelo traz uma informação sobre locação de imóvel:
"Segundo o CPC 27 (ativo imobilizado): Ativo imobilizado é o item tangível que:
(a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos;
As duas definições (CPC 27 e CPC 28) mencionam “aluguel a outros”. Qual é a diferença entre elas? Ou seja, quando um imóvel alugado será classificado com “Propriedade para Investimento” e quando será considerado um “Imobilizado”?
O prof. Gabriel Rabelo continua:
"A resposta está na Interpretação Técnica ICPC 10 – Interpretação Sobre a Aplicação Inicial ao Ativo Imobilizado e à Propriedade para Investimento:
46. (…) No ativo imobilizado, a figura do aluguel só pode existir quando estiver vinculado a ativo complementar na produção ou no fornecimento de bens ou serviços. Por exemplo, uma fazenda pode ter residências alugadas a seus funcionários. Nesse caso, os ativos alugados são, na verdade, parte do imobilizado necessário ao atingimento da atividade-fim da entidade.
47. Se houver investimento para obter renda por meio de aluguel, em que este é o objetivo final, no qual o imóvel é um investimento em si mesmo, e não o complemento de outro investimento, nesse caso se tem a caracterização não do ativo imobilizado, mas sim de propriedade para investimento. A propriedade para investimento, ao contrário do ativo alugado classificado no imobilizado, tem um fluxo de caixa específico e independente, ou seja, ele é o ativo principal gerador de benefícios econômicos, e não um acessório a outros ativos geradores desses benefícios."
Tudo bem, isso vale para a classificação no BP; mas, e na DFC?
Se analisarmos o CPC 03 junto com o CPC 27, vemos que eles apontam para "a entidade que, durante as suas atividades operacionais, normalmente vende itens do ativo imobilizado que eram mantidos para aluguel a terceiros" ....ou seja, eu entendo que faz parte dos serviços prestados pela empresa a locação de imóveis a terceiros.
Do acima exposto, não é possível afirmar que se trata de fluxo de caixa operacional se eu deixar de informar que o imóvel adquirido está relacionado com a atividade-fim da empresa.
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Para quem estuda contabilidade somente para fins de concurso, não há muito o que discutir:
segue a interpretação da banca (como exposto pelo colega Alan Brito), memoriza esse entendimento e segue em frente.
Para quem cogita um recurso ou gosta de discutir temas contábeis, segue abaixo minha exposição dos motivos porque considero esse gabarito errado.
1) A compra de um ativo não circulante (por. exemplo, um imobilizado: uma máquina utilizada na fábrica) compõe o fluxo de caixa de investimento, certo? O que essa máquina vai produzir (os produtos para venda) é que compõem fluxo de caixa operacional (estoques).
2) Como pode ser possível que a aquisição de um ativo (um imobilizado: um imóvel) com a pretensão única de receber uma renda (só vai produzir renda de aluguel) seja classificado no fluxo de caixa operacional?
Para mim, não faz sentido.
Se o imobilizado utilizado para alavancar os negócios empresariais é classificado em fluxo de caixa de investimentos, como é que um imobilizado comprado para uma atividade completamente fora das atividades da empresa, poderia ser operacional?
Quem puder esclarecer o tema, agradeço.
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Pessoal,
Vamos indicar para comentários do Professor.
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O Alan Brito veio, e resolveu o problema.
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Eu pensei: Empresa Alfa aluga um terreno de empresa Beta para que a empresa Delta, contrata os serviços da empresa Alfa por exemplo para fazer uma festa de final de ano para seus funcionários com tudo incluso TERRENO, buffet, entre outros, empresa Alfa como não tinha espaço precisa alugar um local para essa festa, portanto cheguei a conclusão que era atividade operacional.
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17 de Maio de 2018 às 17:55
CPC 03
Algumas transações, como a venda de item do imobilizado, podem resultar em ganho ou perda, que é incluído na apuração do lucro líquido ou prejuízo. Os fluxos de caixa relativos a tais transações são fluxos de caixa provenientes de atividades de investimento. Entretanto, pagamentos em caixa para a produção ou a aquisição de ativos mantidos para aluguel a terceiros que, em sequência, são vendidos, conforme descrito no item 68A do Pronunciamento Técnico CPC 27 - Ativo Imobilizado, são fluxos de caixa advindos das atividades operacionais. Os recebimentos de aluguéis e das vendassubsequentes de tais ativos são também fluxos de caixa das atividades operacionais.
RESUMO:
AQUISIÇÃO DE IMÓVEL............................................................................................FCI
AQUISIÇÃO/PRODUÇÃO DE ATIVO MANTIDO PARA ALUGUEL A TERCEIRO...........FCO
RECEBIMENTO DE ALUGUEL DE ATIVO MANTIDO PARA ALUGUEL A TERCEIRO.....FCO
VENDA SUBSEQUENTE DE ATIVO MANTIDO PARA ALUGUEL A TERCEIRO..............FCO
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Atividades operacionais
As atividades operacionais englobam todos os fluxos decorrentes da produção e da entrega de bens e serviços pela empresa, ou seja, o movimento de recursos por sua atividade principal.
Esse grupo reúne dados tanto da DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) como do balanço patrimonial. São as transações ligadas às receitas, custos e despesas, os pagamentos a vista, as contas a receber ou a pagar de transações a prazo, o pagamento de impostos, o pagamento de fornecedores, dentre outros itens.
Atividades de investimento
As atividades de investimento correspondem ao uso, pela empresa, de suas sobras de caixa em aplicações que visam obter benefícios futuros.
Fazem parte desse grupo as transações de compra e venda relacionadas com o ativo não circulante do balanço patrimonial.
Atividades de financiamento
As atividades de financiamento são aquelas em que a empresa toma recursos emprestados de terceiros ou de seus proprietários, devido a uma escassez de caixa. Além dos empréstimos e financiamentos propriamente ditos, também são exemplos os aumentos de capital, a emissão de novas ações e a recompra de papéis, dentre outros.
No balanço patrimonial, fazem parte dessas atividades as contas que correspondem ao exigível a longo prazo, ao patrimônio líquido e aos financiamentos e empréstimos de curto prazo, localizados no passivo circulante.
Portanto, pagamentos em caixa para a produção ou a aquisição de ativos mantidos para aluguel a terceiros que, em sequência, são vendidos, conforme descrito no item 68-A do Pronunciamento Técnico CPC 27 – Ativo Imobilizado, são fluxos de caixa advindos das atividades operacionais. Os recebimentos de aluguéis e das vendas subsequentes de tais ativos são também fluxos de caixa das atividades operacionais.
GABARITO: ERRADO
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alan brito eu te venero
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O examinador cobra o CPC 03, mas não se deu ao trabalho de ler o item 68A do CPC 27:
Algumas transações, como a venda de item do imobilizado, podem resultar em ganho ou perda, que é incluído na apuração do lucro líquido ou prejuízo. Os fluxos de caixa relativos a tais transações são fluxos de caixa provenientes de atividades de investimento. Entretanto, pagamentos em caixa para a produção ou a aquisição de ativos mantidos para aluguel a terceiros que, em sequência, são vendidos, conforme descrito no item 68A do Pronunciamento Técnico CPC 27 - Ativo Imobilizado, são fluxos de caixa advindos das atividades operacionais. Os recebimentos de aluguéis e das vendas subsequentes de tais ativos são também fluxos de caixa das atividades operacionais.
68A. Entretanto, a entidade que, durante as suas atividades operacionais, normalmente vende itens do ativo imobilizado que eram mantidos para aluguel a terceiros deve transferir tais ativos para o estoque pelo seu valor contábil quando os ativos deixam de ser alugados e passam a ser mantidos para venda. As receitas advindas da venda de tais ativos devem ser reconhecidas como receita de acordo com o CPC 47 – Receita de Contrato com Cliente. O CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada não se aplica quando os ativos, que são mantidos para venda durante as atividades operacionais, são transferidos para o estoque. (Alterado pela Revisão CPC 12)
Em nenhum momento a questão afirma que a entidade do caso normalmente vende itens que eram mantidos para aluguel. Logo, ela peca por generalizar uma regra que, do meu ponto de vista, deveria ser vista como exceção.
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O examinador cobra o CPC 03, mas não se deu ao trabalho de ler o item 68A do CPC 27:
Algumas transações, como a venda de item do imobilizado, podem resultar em ganho ou perda, que é incluído na apuração do lucro líquido ou prejuízo. Os fluxos de caixa relativos a tais transações são fluxos de caixa provenientes de atividades de investimento. Entretanto, pagamentos em caixa para a produção ou a aquisição de ativos mantidos para aluguel a terceiros que, em sequência, são vendidos, conforme descrito no item 68A do Pronunciamento Técnico CPC 27 - Ativo Imobilizado, são fluxos de caixa advindos das atividades operacionais. Os recebimentos de aluguéis e das vendas subsequentes de tais ativos são também fluxos de caixa das atividades operacionais.
68A. Entretanto, a entidade que, durante as suas atividades operacionais, normalmente vende itens do ativo imobilizado que eram mantidos para aluguel a terceiros deve transferir tais ativos para o estoque pelo seu valor contábil quando os ativos deixam de ser alugados e passam a ser mantidos para venda. As receitas advindas da venda de tais ativos devem ser reconhecidas como receita de acordo com o CPC 47 – Receita de Contrato com Cliente. O CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada não se aplica quando os ativos, que são mantidos para venda durante as atividades operacionais, são transferidos para o estoque. (Alterado pela Revisão CPC 12)
Em nenhum momento a questão afirma que a entidade do caso normalmente vende itens que eram mantidos para aluguel. Logo, ela peca por generalizar uma regra que, do meu ponto de vista, deveria ser vista como exceção.
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na minha opinião, errado ta é o cpc 03...a banca ta só seguindo o que ta lá...
não faz sentido pra mim classificar o aluguel que o Flamengo arrecada alugando imoveis na barra como atividade operacional...
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Entretanto, pagamentos em caixa para a produção ou a aquisição de ativos mantidos para aluguel a terceiros que, em sequência, são vendidos, conforme descrito no item 68A do Pronunciamento Técnico CPC 27 - Ativo Imobilizado, são fluxos de caixa advindos das atividades operacionais. Os recebimentos de aluguéis e das vendas subsequentes de tais ativos são também fluxos de caixa das atividades operacionais.
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O pagamentos em caixa para aquisição de ativo imobilizado em regra me classificado como fluxo de caixa das Atividades de Investimentos.
No entanto, segundo o CPC 03 algumas transações, como a venda de item do imobilizado, podem resultar em ganho ou perda, que é incluído na apuração do lucro líquido ou prejuízo. Os fluxos de caixa relativos a tais transações são fluxos de caixa provenientes de Atividades de Investimento.
Entretanto, pagamentos em caixa para a produção ou a aquisição de ativos mantidos para aluguel a terceiros que, em sequência, são vendidos são fluxos de caixa advindos das atividades operacionais. Os recebimentos de aluguéis e das vendas subsequentes de tais ativos são também fluxos de caixa das atividades operacionais.
Com isso, conclui-se que o valor pago na aquisição de um imóvel destinado a locação a terceiro é exemplo de fluxo de caixa decorrente de atividades operacionais, o que torna incorreta a assertiva..
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Pagamentos em caixa para a produção ou a aquisição de ativos mantidos para aluguel a terceiros que, em sequência, são vendidos são fluxos de caixa advindos das atividades operacionais.
Direção Concursos- Igor Cintra
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Questão sobre a demonstração
dos fluxos de caixa, conforme CPC 03
(R2).
Segundo Souza¹, a Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) – demonstram as
alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de
caixa, segregando-se essas alterações em, no mínimo, três fluxos, de acordo com
a Lei nº 6.404/76:
a) das operações (FCO);
b) dos financiamentos (FCF); e
c) dos investimentos (FCI).
Nesse
contexto, segundo o CPC 03, as atividades de investimento são referentes à aquisição e à venda de ativos de longo prazo e de outros
investimentos não incluídos nos equivalentes de caixa. O valor pago na
aquisição de um imóvel (ativo imobilizado), em geral, cairá nessa regra, conforme o item 16:
16. Exemplos de fluxos de caixa advindos das atividades
de investimento são:
(a) pagamentos em caixa para aquisição de
ativo imobilizado, intangíveis e outros ativos de longo prazo. Esses
pagamentos incluem aqueles relacionados aos custos de desenvolvimento ativados
e aos ativos imobilizados de construção própria;
Ocorre que o próprio CPC 03
traz algumas exceções a essa regra
geral, quando se trata de ativos mantidos
para aluguel a terceiros, em seu item 13:
13. Algumas transações, como a venda de item do
imobilizado, podem resultar em ganho ou perda, que é incluído na apuração do
lucro líquido ou prejuízo. Os fluxos de caixa relativos a tais transações são
fluxos de caixa provenientes de atividades de investimento. Entretanto, pagamentos
em caixa para a produção ou a aquisição de ativos mantidos para aluguel a
terceiros que, em sequência, são vendidos, conforme descrito no item 68A do CPC
27 – Ativo Imobilizado, são fluxos de caixa advindos das atividades
operacionais. Os recebimentos de aluguéis e das vendas subsequentes de tais
ativos são também fluxos de caixa das atividades operacionais
Atenção! Nesse
ponto é preciso ter uma percepção muito técnica do CPC!
Isso NÃO quer dizer que todos os
fluxos de caixa relacionados com ativos mantidos para aluguel a terceiros serão
fluxos advindos das atividades operacionais.
Na verdade, serão classificados dessa forma apenas aqueles ativos para aluguel
a terceiros que, em sequência, são vendidos,
conforme descrito no item 68A do CPC 27 – Ativo Imobilizado.
Vejamos o que diz essa parte
do CPC 27, com fins de aprofundamento:
68A. Entretanto, a entidade que, durante as
suas atividades operacionais, normalmente vende itens do ativo imobilizado que
eram mantidos para aluguel a terceiros deve transferir tais ativos para o
estoque pelo seu valor contábil quando os ativos deixam de ser alugados e
passam a ser mantidos para venda. As receitas advindas da venda de tais ativos
devem ser reconhecidas como receita de acordo com o CPC 47 Receita de Contrato
com Cliente. O CPC 31 Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação
Descontinuada não se aplica quando os ativos, que são mantidos para venda
durante as atividades operacionais, são transferidos para o estoque.
Atenção!
Veja que a exceção do item 13 do CPC 03 se aplica as entidades que vendem itens
do ativo imobilizado normalmente, como atividade fim da empresa, é nesse sentido que a aquisição
de um imóvel destinado a locação a terceiro PODE ser um exemplo de fluxo de caixa decorrente de atividade
operacional.
Feita toda a revisão já
podemos identificar o ERRO da
afirmativa:
O valor pago na aquisição de
um imóvel destinado a locação a terceiro é
exemplo de fluxo de caixa decorrente de atividades de investimentos.
O valor pago na aquisição de
um imóvel destinado a locação a terceiro PODE
ser um exemplo de fluxo de caixa decorrente de atividades de investimentos. Assim como PODE ser um
exemplo de fluxo de caixa decorrente de atividade operacional, se for em sequência vendido, na forma do item 68A
do CPC 27.
Para cravarmos a classificação,
precisaríamos de mais informações inseridas no contexto ou no texto da
afirmativa, o que não ocorreu.
¹ Souza, Sérgio Adriano de Contabilidade geral 3D:
básica, intermediária e avançada I Sérgio Adriano de Souza. - 3ª. ed. rev. e
atual.- Salvador: Juspodivm, 2016.
² Manual de contabilidade
societária : aplicável a todas as sociedades: de acordo com as normas internacionais
e do CPC / Ernesto Rubens Gelbcke ... [et al.]. – 3. ed. – São Paulo: Atlas,
2018.
Gabarito do Professor: Errado.
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Questão sobre a demonstração
dos fluxos de caixa, conforme CPC 03
(R2).
Segundo Souza¹, a Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) – demonstram as
alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de
caixa, segregando-se essas alterações em, no mínimo, três fluxos, de acordo com
a Lei nº 6.404/76:
a) das operações (FCO);
b) dos financiamentos (FCF); e
c) dos investimentos (FCI).
Nesse
contexto, segundo o CPC 03, as atividades de investimento são referentes à aquisição e à venda de ativos de longo prazo e de outros
investimentos não incluídos nos equivalentes de caixa. O valor pago na
aquisição de um imóvel (ativo imobilizado), em geral, cairá nessa regra, conforme o item 16:
16. Exemplos de fluxos de caixa advindos das atividades
de investimento são:
(a) pagamentos em caixa para aquisição de
ativo imobilizado, intangíveis e outros ativos de longo prazo. Esses
pagamentos incluem aqueles relacionados aos custos de desenvolvimento ativados
e aos ativos imobilizados de construção própria;
Ocorre que o próprio CPC 03
traz algumas exceções a essa regra
geral, quando se trata de ativos mantidos
para aluguel a terceiros, em seu item 13:
13. Algumas transações, como a venda de item do
imobilizado, podem resultar em ganho ou perda, que é incluído na apuração do
lucro líquido ou prejuízo. Os fluxos de caixa relativos a tais transações são
fluxos de caixa provenientes de atividades de investimento. Entretanto, pagamentos
em caixa para a produção ou a aquisição de ativos mantidos para aluguel a
terceiros que, em sequência, são vendidos, conforme descrito no item 68A do CPC
27 – Ativo Imobilizado, são fluxos de caixa advindos das atividades
operacionais. Os recebimentos de aluguéis e das vendas subsequentes de tais
ativos são também fluxos de caixa das atividades operacionais
Atenção! Nesse
ponto é preciso ter uma percepção muito técnica do CPC!
Isso NÃO quer dizer que todos os
fluxos de caixa relacionados com ativos mantidos para aluguel a terceiros serão
fluxos advindos das atividades operacionais.
Na verdade, serão classificados dessa forma apenas aqueles ativos para aluguel
a terceiros que, em sequência, são vendidos,
conforme descrito no item 68A do CPC 27 – Ativo Imobilizado.
Vejamos o que diz essa parte
do CPC 27, com fins de aprofundamento:
68A. Entretanto, a entidade que, durante as
suas atividades operacionais, normalmente vende itens do ativo imobilizado que
eram mantidos para aluguel a terceiros deve transferir tais ativos para o
estoque pelo seu valor contábil quando os ativos deixam de ser alugados e
passam a ser mantidos para venda. As receitas advindas da venda de tais ativos
devem ser reconhecidas como receita de acordo com o CPC 47 Receita de Contrato
com Cliente. O CPC 31 Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação
Descontinuada não se aplica quando os ativos, que são mantidos para venda
durante as atividades operacionais, são transferidos para o estoque.
Atenção!
Veja que a exceção do item 13 do CPC 03 se aplica as entidades que vendem itens
do ativo normalmente, como atividade fim da empresa, é nesse sentido que a aquisição
de um imóvel destinado a locação a terceiro PODE ser um exemplo de fluxo de caixa decorrente de atividade
operacional.
Feita toda a revisão já
podemos identificar o ERRO da
afirmativa:
O valor pago na aquisição de
um imóvel destinado a locação a terceiro é
exemplo de fluxo de caixa decorrente de atividades de investimentos.
O valor pago na aquisição de
um imóvel destinado a locação a terceiro PODE
ser um exemplo de fluxo de caixa decorrente de atividades de investimentos. Assim como PODE ser um
exemplo de fluxo de caixa decorrente de atividade operacional, se for em sequência vendido, na forma do no item 68A
do CPC 27.
Para cravarmos a classificação,
precisaríamos de mais informações inseridas no contexto ou no texto da
afirmativa, o que não ocorreu.
Gabarito do Professor: Errado
¹ Souza, Sérgio Adriano de Contabilidade geral 3D:
básica, intermediária e avançada I Sérgio Adriano de Souza. - 3. ed. rev. e
atuai.- Salvador: Juspodivm, 2016.
² Manual de contabilidade
societária : aplicável a todas as sociedades: de acordo com as normas internacionais
e do CPC / Ernesto Rubens Gelbcke ... [et al.]. – 3. ed. – São Paulo: Atlas,
2018.
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GABARITO: ERRADO
Pessoal, é errada a afirmativa de que o exemplo é de Investimento. Dizer que é exemplo de atividade Operacional também é errado.
O exemplo PODE SER de investimento, PODE SER operacional. Faltam dados para concluir tanto. É atividade usual? Será vendido posteriormente? A depender da resposta, vai para outro fluxo. Por tais informações essenciais à classificação correta não terem sido dadas, é errado se afirmar que "O valor pago na aquisição de um imóvel destinado a locação a terceiro é exemplo de fluxo de caixa decorrente de atividades de investimentos."
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O valor pago na aquisição de um imóvel destinado a locação a terceiro PODE ser um exemplo de fluxo de caixa decorrente de atividades de investimentos. Assim como PODE ser um exemplo de fluxo de caixa decorrente de atividade operacional, se for em sequência vendido, na forma do item 68A do CPC 27.
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pagamentos em caixa para a produção ou a aquisição de ativos mantidos para aluguel a terceiros que, em sequência, são vendidos, conforme descrito no item 68A do CPC 27 – Ativo Imobilizado, são fluxos de caixa advindos das atividades operacionais. Os recebimentos de aluguéis e das vendas subsequentes de tais ativos são também fluxos de caixa das atividades operacionais