Cuidados Paliativos compreendem alívio da dor e controle dos sintomas, que devem começar desde o diagnóstico até a fase avançada da doença (Bifulco&Iochida, 2009). Para essas mesmas autoras, atender às necessidades desses pacientes é humanizar o tratamento.
Mas como garantir humanização àquele ser fragilizado que se encontra ali numa situação limite, diante do inexorável da vida, a morte? Um ser que, além das dores físicas e das fragilidades orgânicas, traz dores na alma, resultante das diversas experiências vividas e, até mesmo, daquelas que deixou de viver e para as quais já não há mais tempo.
Muitos são os profissionais necessários aos cuidados com pacientes terminais, por esta razão, há que se pensar na formação de uma equipe multidisciplinar. Bifulco e Iochida (2009) citam uma equipe formada pelos seguintes profissionais: médicos, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e o serviço administrativo (recepção, triagem, segurança e transporte). No entanto, muitos outros profissionais podem fazer parte da equipe, inclusive religiosos, uma vez que OMS prevê cuidado espiritual.
Em Aitken (2006) há referência ao trabalho de um capelão e sua equipe de capelania, a quem ela denomina assistentes espirituais. Para a autora, o apoio espiritualbeneficiará o enfermo, bem como sua família e a equipe de saúde, que conviverá com situações de estresse tanto pessoal, quantodecorrentes das perdas de seus pacientes. Um atendimento espiritual diário e individual a todos, oportunidades de reflexão sobre as questões existenciais, perdão, vida eterna, qualidade e utilidade de vida.