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ID
2683192
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
EBSERH
Ano
2018
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Com relação aos programas psicológicos de prevenção e tratamento em saúde mental, julgue o item que se segue.


Um aspecto negativo da assistência ambulatorial em saúde mental, nos modelos atuais, é que ela evita internações, as quais, de acordo com o modelo biopsicossocial, seriam mais abrangentes, eficazes e humanizadas para o paciente do que o serviço ambulatorial.

Alternativas
Comentários
  • Errado - não é um aspecto negativo

  • Fala sério Cespe

  • GABARITO: ERRADO. QUESTÃO FÁCIL!

    Um aspecto POSITIVO da assistência ambulatorial em saúde mental, nos modelos atuais, é que ela evita internações, as quais, de acordo com o modelo biopsicossocial, seriam mais abrangentes, eficazes e humanizadas para o paciente do que o serviço ambulatorial.

  • Função do ambulatório de saúde mental se articula, assim, fundamentalmente ao lugar secundário que o dispositivo ocupa na rede, oferecendo, no que lhe é particular, tratamento psicoterápico para quem se encontra em situação de sofrimento psíquico, levando em conta, sobretudo, o viés clínico, cujo modo de exercício passaremos a explorar. Sobre isto, certos norteadores como acesso, acolhimento e acompanhamento (SCHMIDT; FIGUEIREDO, 2009) perpassam o cotidiano de diferentes serviços, sendo as vicissitudes desses eixos entrelaçadas com o modo de funcionamento do serviço e a clientela a que se destina. Nesse sentido, o que deve orientar o direcionamento de um paciente acolhido em um serviço de saúde mental é balizado pelo diagnóstico clínico-situacional, contemplando-se aqui o diagnóstico psicopatológico e o risco psicossocial, que deve igualmente perpassar a história de vida e o modo como anteriormente o paciente lidou com outras situações difíceis. Sendo assim, questões como grau de sofrimento psíquico, prejuízo da vida cotidiana, rede de apoio e necessidade de frequência do acompanhamento podem ser consideradas mais pertinentes do que apenas a estrutura psíquica ou psicopatologia. É necessário, contudo, um refinamento da clínica no sentido de decantar a demanda e, assim, esclarecer o que está em jogo antes de finalmente oferecer alguma resposta.

    No ambulatório de saúde mental, é possível desenvolver essa clínica cuja direção inclui o sujeito no centro do cuidado. Consideramos nesse sentido a subjetividade daquele que adoece e sofre sob um viés potencializador de seu repertório simbólico, fazendo-o no contexto da clínica. Valorizamos, assim, o modo como o sujeito se apresenta, a relação que ele estabelece consigo mesmo e com o seu entorno, a sua contratualidade, o que ele pode dizer de seu sofrimento, o que pode repensar a partir daí. Para além de um enfoque aprisionado no binômio queixa-conduta, que remontaria ao modelo tradicional de assistência e reforçaria uma tendência à patologização da vida, ainda apostamos numa clínica que singulariza. Entendemos que dessa maneira o sofrimento pode ser recolhido e articulado à história de vida, possibilitando, enfim, a partir de um trabalho, alguma mudança subjetiva. Todo esse trabalho tem início na porta de entrada do serviço e pode se desdobrar em um acompanhamento no próprio serviço ou em outro, num encaminhamento para fora do campo da saúde ou mesmo em um esvaziamento ou uma resolutividade da queixa que se apresenta.

    https://www.scielosp.org/article/physis/2017.v27n4/911-932/#:~:text=No%20que%20diz%20respeito%20ent%C3%A3o,CAPS%20ao%20atuar%2C%20principalmente%20no