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ID
2686408
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Barretos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Comunicação Social
Assuntos

Um prefeito, para anunciar que iria aumentar o valor dos impostos disse, em entrevista coletiva, que haveria um realinhamento dos valores do IPTU cobrados pelo município. O repórter, encarregado de cobrir o evento, entregou a matéria com o seguinte título: Prefeito vai realinhar valores do IPTU. O editor recusou o título porque ele apresentava uma figura de linguagem não apreciada no bom jornalismo, ou seja,

Alternativas
Comentários
  • Eufemismo: Consiste em empregar uma expressão mais suave, mais nobre ou menos agressiva, para comunicar alguma coisa áspera, desagradável ou chocante.

    fonte:https://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil5_2.php

     

  • Eufemismo: repórter deveria escrever que prefeitura irá reajustar/aumentar valor do IPTU e não “realinhar”.
  • A metáfora ocorre quando é utilizada uma substituição de termos que possuem significados diferentes, atribuindo a eles o mesmo sentido.

    Metonímia é o uso da parte pelo todo. Ocorre quando o autor substitui uma palavra por outra próxima. É utilizada para evitar a repetição de palavras em um texto.

    Paradoxo: Esta figura de linguagem se refere a algo “contrário ao que se pensa”, fugindo do senso comum e até mesmo refletindo a falta de nexo.

    Ao contrário de eufemismo, a hipérbole é uma figura de linguagem que dá um exagero intencional ao contexto.

    fonte: https://www.figuradelinguagem.com/

  • Eufemismo: Consiste em empregar uma expressão mais suave, mais nobre ou menos agressiva, para comunicar alguma coisa áspera, desagradável ou chocante.

  • Gabarito do Professor:

    O texto jornalístico tem como objetivo transmitir informações que serão compreendidas e aceitas como verdadeiras pelos indivíduos em uma sociedade. Para tanto, o jornalista deve se certificar de que a mensagem seja clara, concisa, objetiva, imparcial e simples.

    De acordo com Lage (1997), o jornal é direcionando para pessoas de todas as classes sociais e de todos os níveis de escolaridade; a escolha de palavras, portanto, deve ser criteriosa e se aproximar do popular. As figuras de linguagem, um recurso muito usado em poesias e em textos publicitários, também podem ser úteis na prática jornalista, já que proporcionam novos olhares sobre as expressões utilizadas e podem facilitar o entendimento.

    Dentre as figuras de linguagem, as mais usadas no meio jornalístico são metáfora, ironia, metonímia e antítese. Outras, como o pleonasmo, o eufemismo e a onomatopeia, são evitadas pois não são apreciadas no bom jornalismo.

    Vamos analisar as alternativas:

    A) Errado. A metáfora altera o significado de uma palavra numa situação conhecida e o leva para outra palavra, em outro contexto. Baseia-se na comparação de características. Por exemplo: Eu tenho uma fome de leão. (meu apetite é igual ao de um leão). Apesar de criar um efeito marcante no texto, deve ser usado com cautela.

    B) Certo. O eufemismo é um artifício usado na comunicação para amenizar aspectos da mensagem ou dos seus efeitos, quando desagradáveis, graves ou com o intuito de enganar ou esconder detalhes. No enunciado da questão, observamos que a expressão “realinhamento dos valores do IPTU cobrados pelo município" pretendia suavizar o fato de que esse imposto seria aumentado. Nesse caso, o objetivo da figura de linguagem não visava ao interesse público (bem maior do jornalismo), mas ao interesse da administração pública.

    C) Errado. A metonímia consiste em alterar o sentido das palavras com base na implicação ou inclusão por contiguidade. Ocorre na troca do efeito pela causa; do continente pelo conteúdo; do autor pela obra; da parte pelo todo; do instrumento pela pessoa que o utiliza, etc. Por exemplo: o fazendeiro possui inúmeras cabeças de gado (a cabeça do gado é uma parte, mas representa o todo do animal). Apesar de criar um efeito marcante no texto, deve ser usado com cautela.

    D) Errado. A hipérbole é caracterizada pelo exagero e pelo aumento desproporcional de características de algo ou de alguém. Essa figura intensifica o fato noticioso e transforma um fato pontual em algo mais abrangente e repleto de significados. Geralmente usado por jornais sensacionalistas ou por periódicos que desejam ganhar adeptos diante de um posicionamento editorial.

    E) Errado O paradoxo combina elementos semanticamente opostos, que se excluem mutualmente, em uma mesma expressão, causando um efeito contraditório radical. Por exemplo: a normalidade anormal do Rio (notícia veiculada na Veja, em 30/11/2016, abordava a violência na cidade do Rio de Janeiro como um acontecimento comum, mas inaceitável – algo fora do normal). Apesar de estimular novas maneiras de ver a realidade no texto, essa figura deve ser usada com cautela.

    Com base nessas explicações, podemos concluir que a alternativa correta, que apresenta uma figura de linguagem não apreciada no bom jornalismo, é a B.

    Gabarito do Professor: Letra B.

    Bibliografia:

    - Boloçoa, Bruna Orujian. A força das figuras de linguagem nos textos jornalísticos e publicitários. 17º Congresso Nacional de Iniciação Científica. Faculdades Atibaia. 2017.

    - Lage, Nilson. Linguagem jornalística. São Paulo: Ática, 1997.