A metáfora ocorre quando é utilizada uma substituição de termos que possuem significados diferentes, atribuindo a eles o mesmo sentido.
Metonímia é o uso da parte pelo todo. Ocorre quando o autor substitui uma palavra por outra próxima. É utilizada para evitar a repetição de palavras em um texto.
Paradoxo: Esta figura de linguagem se refere a algo “contrário ao que se pensa”, fugindo do senso comum e até mesmo refletindo a falta de nexo.
Ao contrário de eufemismo, a hipérbole é uma figura de linguagem que dá um exagero intencional ao contexto.
fonte: https://www.figuradelinguagem.com/
Gabarito do Professor:
O texto jornalístico tem como objetivo transmitir
informações que serão compreendidas e aceitas como verdadeiras pelos indivíduos
em uma sociedade. Para tanto, o jornalista deve se certificar de que a mensagem
seja clara, concisa, objetiva, imparcial e simples.
De acordo com Lage (1997), o jornal é direcionando para
pessoas de todas as classes sociais e de todos os níveis de escolaridade; a escolha
de palavras, portanto, deve ser criteriosa e se aproximar do popular. As
figuras de linguagem, um recurso muito usado em poesias e em textos
publicitários, também podem ser úteis na prática jornalista, já que
proporcionam novos olhares sobre as expressões utilizadas e podem facilitar o
entendimento.
Dentre as figuras de linguagem, as mais usadas no meio
jornalístico são metáfora, ironia, metonímia e antítese. Outras, como o
pleonasmo, o eufemismo e a onomatopeia, são evitadas pois não são apreciadas no
bom jornalismo.
Vamos analisar as alternativas:
A)
Errado. A metáfora altera o
significado de uma palavra numa situação conhecida e o leva para outra palavra,
em outro contexto. Baseia-se na comparação de características. Por exemplo: Eu
tenho uma fome de leão. (meu apetite é igual ao de um leão). Apesar de criar um
efeito marcante no texto, deve ser usado com cautela.
B)
Certo. O eufemismo é um
artifício usado na comunicação para amenizar aspectos da mensagem ou dos seus
efeitos, quando desagradáveis, graves ou com o intuito de enganar ou esconder
detalhes. No enunciado da questão, observamos que a expressão “realinhamento
dos valores do IPTU cobrados pelo município" pretendia suavizar o fato de que
esse imposto seria aumentado. Nesse caso, o objetivo da figura de linguagem não
visava ao interesse público (bem maior do jornalismo), mas ao interesse da
administração pública.
C)
Errado. A metonímia consiste
em alterar o sentido das palavras com base na implicação ou inclusão por
contiguidade. Ocorre na troca do efeito pela causa; do continente pelo conteúdo;
do autor pela obra; da parte pelo todo; do instrumento pela pessoa que o utiliza,
etc. Por exemplo: o fazendeiro possui inúmeras cabeças de gado (a cabeça do
gado é uma parte, mas representa o todo do animal). Apesar de criar um efeito
marcante no texto, deve ser usado com cautela.
D)
Errado. A hipérbole é
caracterizada pelo exagero e pelo aumento desproporcional de características de
algo ou de alguém. Essa figura intensifica o fato noticioso e transforma um
fato pontual em algo mais abrangente e repleto de significados. Geralmente
usado por jornais sensacionalistas ou por periódicos que desejam ganhar adeptos
diante de um posicionamento editorial.
E)
Errado O paradoxo combina
elementos semanticamente opostos, que se excluem mutualmente, em uma mesma
expressão, causando um efeito contraditório radical. Por exemplo: a normalidade
anormal do Rio (notícia veiculada na Veja, em 30/11/2016, abordava a violência
na cidade do Rio de Janeiro como um acontecimento comum, mas inaceitável – algo
fora do normal). Apesar de estimular novas maneiras de ver a realidade no
texto, essa figura deve ser usada com cautela.
Com base nessas explicações, podemos concluir que a
alternativa correta, que apresenta uma figura de linguagem não apreciada no bom
jornalismo, é a B.
Gabarito do Professor: Letra B.
Bibliografia:
- Boloçoa, Bruna Orujian. A força das figuras de linguagem
nos textos jornalísticos e publicitários. 17º Congresso Nacional de Iniciação
Científica. Faculdades Atibaia. 2017.
- Lage, Nilson. Linguagem jornalística. São
Paulo: Ática, 1997.