O reprocessamento de produtos médicos é uma prática rotineira nos Centros de Material e Esterilização (CME) dos serviços de saúde em todo o mundo. Constitui-se num processo que objetiva garantir a segurança da reutilização de um produto médico, por meio de uma sequência de etapas de atividades de limpeza, teste de integridade e de funcionalidade, desinfecção ou esterilização e controles de qualidade.
Essas atividades, apesar de fazerem parte do cotidiano de um CME, são de extrema complexidade e importância, requerem capacidade operativa para a implementação das ações, além da expertise necessária dos profissionais envolvidos.
Na área do reprocessamento de produtos médicos, deve-se considerar que o uso clínico de um dispositivo médico, seja de uso único ou de uso múltiplo, contribui para a sua natural degradação, que pode ser insignificante após muitos usos ou pode ocorrer após um único uso, mesmo que este produto seja rotulado pelo fabricante como reusável e, assim, tais produtos estarão inseguros para o cuidado assistencial em alguma situação.
É preciso clarificar que todo dispositivo médico usado na prática assistencial porta um certo grau de risco e pode causar problemas em determinadas condições e, neste sentido, não existe segurança absoluta quanto ao uso de dispositivos médicos.
Dois principais tipos de riscos estão associados com o reuso de um dispositivo médico, independente se de uso único ou de uso múltiplo: o risco de transmissão de microrganismos infecciosos e o risco de alteração do desempenho do produto após o reprocessamento. Nesta área, a avaliação de risco refere-se ao potencial de perigo de um produto médico, que possa resultar em um dano e em um problema de segurança para pacientes e profissionais de saúde.
Artigo: Reprocessamento de produtos médicos: uma proposta de modelo regulatório para hospitais brasileiros
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Alguns produtos para a saúde podem
ser utilizados mais de uma vez, serem reprocessados, em condições de segurança,
prática que lhes confere maior vida útil e uso enquanto apresentarem eficácia e
funcionalidade.
Há normas que regulamentam essa
utilização contínua. Produtos para saúde passíveis de processamento são aqueles
que permitem repetidos processos de limpeza, desinfecção ou esterilização,
podendo, portanto, serem reutilizados - desde que obedeçam à normatização
vigente.
Caso o reprocessamento de partes e
acessórios de um equipamento médico-assistencial não seja possível, esse
material deve ter seu uso interrompido até o adequado reprocessamento e ser
substituído imediatamente.
Gabarito do Professor: ERRADO
Bibliografia
www.anvisa.gov.br