SóProvas


ID
2691229
Banca
FCC
Órgão
SABESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: Considere o texto abaixo para responder a questão. 


1       A partir de que momento uma obra é, de fato, arte? Mona Suhrbier, etnóloga e especialista em questões ligadas à Amazônia do Museu de Culturas do Mundo de Frankfurt, explica em entrevista por que trabalhos de mulheres indígenas que vivem em zonas não urbanas têm dificuldade de achar um lugar nos museus.

2    Qual tipo de arte pode ser classificado como “arte indigena”? Devo mencionar, de início, que aqui no Museu das Culturas do Mundo não usamos o termo “arte indígena”. O Museu coleciona desde 1975 arte não europeia. Em cada exposição, indicamos o nome da região de que a arte em questão vem. Mas para responder a sua pergunta com uma pequena provocação: arte indígena é sempre aquela que não é nacional. É o tipo de arte que os países não querem usar para representá-los no exterior. É o “folclore”, o “artesanato”. Para este tipo de arte foi criado no século 21 um espaço especial: o Museu do Folclore. Já me perguntei: por que é que se precisa desse museu? Por que aquilo que é exibido nele não é considerado simplesmente arte?

3     E você encontrou uma resposta a essa pergunta? Quando uma produção deriva de formas de expressão rurais, colocase a obra no Museu do Folclore, sobretudo se for feita por mulheres. Mas se a obra for de autoria de um artista urbano, cujo currículo seja adequado, ou seja, se tiver estudado com “as pessoas certas”, aí sim ele pode iniciar o caminho para que se torne um artista reconhecido. Na minha opinião, o problema está nesses critérios “ocidentais”. Muitas vezes o próprio material já define: o mundo da arte aceita com prazer a cerâmica (“sim, poderia ser arte”), enquanto um cesto trançado já é mais difícil.

4   Até que ponto especialistas em arte, socializados em culturas ocidentais, refletem a respeito do fato de que talvez não possam julgar tradições artísticas que não conhecem? Acredito que as pessoas, inclusive os especialistas em arte, tendem a julgar como bom aquilo que já conhecem. As pessoas, em sua maioria, não pensam que cresceram em um mundo visual específico. Esse mundo serve como uma espécie de norma. É mais uma questão sensorial que intelectual. Acho que, entre nós, há muito pouco autoquestionamento no que concerne ao que nos marcou esteticamente.

(Adaptado de: REKER, Judith. “Arte não europeia: ‘não queremos ser como vocês’”. Disponível em: https://www.goethe.de)

Quanto à ocorrência de crase, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Se estiver desatento, o candidato erra essa questão, pois na alternativa E são os segmentos "a essa" e "a sua" que estão sublinhados, e não apenas a preposição "a", podendo sim ser substituído por "à".

  •  *Crase PROIBIDA antes dos pronomes demonstrativos este(s), esta(s), esse(s), essa(s), isto.

    Atenção pois a questão trata de substituição dos seguimentos "a essa" e "a sua", ficando:

    " E você encontrou uma resposta À pergunta?" e "Para responder À pergunta"

     

    Logo, a alternativa E é a resposta correta

  • GABA  E

     

    Há três formas válidas.

    você encontrou uma resposta a essa pergunta? (não ocorre crase porque o pronome demonstrativo “essa” não aceita artigo, então falta um A, metade da crase. )

     

    você encontrou uma resposta à pergunta? (Ocorre crase pela fusão: resposta A+A pergunta)

     

    você encontrou uma resposta a sua pergunta? (não ocorre crase porque diante de pronome possessivo adjetivo, a crase é facultativa. O autor poderia optar por não usar.)

  • A pergunta está defeituosa, não sei se foi o site ou a FCC

  • CASO FACULTATIVO DE CRASE:

    * ANTES DE PRONOMES POSSESSIVOS FEMININOS, NO SINGULAR, QUE NÃO SUBENTENDAM PALAVRAS (EX. MINHA, NOSSA, SUA, ETC)

    a sua (...)

    à sua (...)

  • Gabarito - E

     

     

    a) Em o mundo da arte aceita com prazer a cerâmica (3° parágrafo), pode ser acrescentado o sinal indicativo de crase ao termo sublinhado, uma vez que a regência do verbo “aceitar” o permite.  

     

     

    →  Errado. O verbo "aceitar é (VTD), ou seja, não cabe preposição, logo não há crase.

     

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    b) Em o mundo da arte aceita com prazer a cerâmica (3° parágrafo), caso o verbo em destaque seja substituído por “prefere”, o termo sublinhado deverá ser também substituído por “à”.  

     

     

    →  Errado. Caso houvesse a substituição dos verbos nesta oração, "a cerâmica" funcionaria como o objeto direto do verbo "preferir", ou seja, não caberia preposição, logo não haveria crase.

     

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    c) Em especialista em questões ligadas à Amazônia (1° parágrafo), o sinal de crase pode ser suprimido, uma vez que se trata de uso opcional da preposição “a”.  

     

     

    →  Errado. A preposição "a" está sendo regida pelo termo anteposto, e como "amazônia" é um substantivo feminino, a crase é obrigatória. 

     

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    d) Em o nome da região de que a arte em questão vem (2° parágrafo), caso se substitua o verbo em destaque por “advém”, o termo sublinhado terá de ser substituído por “à”. 

     

     

    →  Errado. Corrigindo o meu comentário pelo aviso da colega Jamila Ibrahim, o verbo "advir" realmente rege a preposição "de", pois ele provém do verbo "vir", portanto não há de se falar na hipótese de substituir a preposição "de" pelo "à", pois a preposição "de" é uma exigência do verbo.

     

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    Quando a crase será facultativa?

     

    1) Diante de nomes próprios femininos. Ex.: Sergio entregou o vinho à Isabela.

     

    2) Diante de pronome possessivo feminino. Ex.: Sergio atribuiu confiança à sua luta diária.

     

    3) Depois da preposição até. Ex.: Sergio foi até à árvore.​

     

     

    Fonte - https://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint81.php

     

     

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    Confira o meu material gratuito > https://drive.google.com/drive/folders/1sSk7DGBaen4Bgo-p8cwh_hhINxeKL_UV?usp=sharing

  • caí na pegadinha , af

     

  • Só complementando o excelente comentário do colaga Sérgio Farias, fiquei em dúvida em relação à regência do verbo ADVIR e pesquisei o seguinte:

     

    ADVIR

    1. DE algo (provir, resultar)

    _ A separação desse casal advém da incompatibilidade de temperamentos.

     

    Acredito que tal verbo não rege a preposição A

     

    Fonte: http://solinguagem.blogspot.com/2011/04/regencia-verbal.html

  • qual o erro da letra D

  • Amazônia é nome comum? 0.0

  • Pompeu Concurseira, o erro da D) é que crase não pode vir antes de pronome indefinido. No caso o "que". Mesmo que substuísse pelo verbo “advém”, o "que" ainda estaria ali.

    Se eu estiver errada me avisem...

  • Na gramática do Fernando Pestana (pág 864) diz que há crase antes de topônimo, ou seja, nome de lugar, desde que caiba a seguinte situação:

    Fui à Amazônia nas minhas férias. (quem vai, vai à Amazônia, logo volta da Amazônia. - caso que ocorrerá crase obrigatória)

    Fui a Ipanema. (quem vai a Ipanema, volta de Ipanema. -  caso que não há crase)

  • Mnemônicos

    "Quem vai a e volta da crase haverá, quem vai a e volta de crase pra que?"

     

    Fui à Amazônia nas minhas férias. (quem vai, vai à Amazônia, logo volta da Amazônia. - caso que ocorrerá crase obrigatória)

    Fui a Ipanema. (quem vai a Ipanema, volta de Ipanema. -  caso que não há crase)

    vide  CECILIA BARBOSA (acrecentando seu comentário)

  •  O uso da crase antes de pronomes possessivos no singular, desde que antecedam um substantivo (pronome adjetivo), é facultativo.

    ex: Fiz elogios a (à) sua prima.

    Contudo, o aconselhável é fazer o uso deste sinal, de modo a evitar possíveis ambiguidades, o que resulta na incompreensão de sentido, sobretudo depois de verbos. 

    GAB: E

  • RESUMINHO TIRADO AQUI DO QC VIA:DIEGO

     

    CRASE FACULTATIVA:

     

     Depois da preposição ATÉ: Fui até a casa. / Fui até à casa.

    ● Antes de pronome possessivo feminino no singular: MINHA TUA VOSSA NOSSA. Respondi a sua irmã. / Respondi à sua irmã. 

    ● Antes de nome próprio feminino: Entreguei a carta a Joana. / Entreguei a carta à Joana.

     *Pronomes de tratamento: Senhora, Senhorita, Madame, Dona.  Refiro-mo a dona Maria. / Refiro-mo à dona Maria. 

     

    CRASE PROIBIDA :

     

     Antes de palavras masculinas. Pinto a óleo. 

    Palavras no plural sem artigo. Volto daqui a três dias.

    Diante de verbo. Estou disposta a passar.

    Entre palavras repetidas. Estava cara a cara. ; DIA A DIA 

    Antes de artigo feminino indefinido: Referia-me a uma valsa.

    Antes de pronome: Pessoais, demonstrativos, indefinidos, tratamento e relativos. :Dirigi-me a ela. Refiro-mo a esta carta.  Refiro-me a certa valsa. Falei a Vossa Santidade.  Conheço a moça cuja mãe faleceu.

  • a) Incorreto. Aceitar não pede preposição, então não pode haver crase.

     

    b) Incorreto. Preferir pede dois complementos: Preferir um coisa (OD) A outra (OI). Nesse caso, o termo “a cerâmica” é o objeto direto (OD), então não há preposição, logo não há crase.

     

    c) Incorreto. Temos fusão de Ligado A+ A Amazônia. Trata-se de crase obrigatória, não facultativa.

     

    d) Incorreto. O verbo ‘advir’ pediria a mesma preposição.

     

    e) Correto. Há três formas válidas:

    1ª) você encontrou uma resposta a essa pergunta? (não ocorre crase porque o pronome demonstrativo “essa” não aceita artigo, então falta um A, metade da crase);

    2ª) você encontrou uma resposta à pergunta? (Ocorre crase pela fusão: resposta A+A pergunta);

    3ª) você encontrou uma resposta a sua pergunta? (não ocorre crase porque diante de pronome possessivo adjetivo, a crase é facultativa. O autor poderia optar por não usar).

     

     

    Prof Felipe Luccas, Estratégia Concursos.

  • Galera,vocês poderiam explicar melhor a alternativa E,pois pelo que pouco sei não se admite crase antes de pronomes demostrativos exceto o (aquele{s}) e suas variações,estou sem entender até agora,por favor ajudem!!!!!!

  • Joel, no caso da e), é preciso ler com bastante atenção. 

    O comando da afirmativa questiona se é possível efetuar a ´´a essa´´ na 1ª frase e ´´a sua´´ na 2ª frase por ´´à´´;

     

    Nesse caso, ficaria assim:

     

    1ª frase: E você encontrou uma resposta à pergunta? (fusão de ´´a´´ preposição com ´´a´´ artigo);

     

    2ª frase: para responder à pergunta. (fusão de ´´a´´ preposição com ´´a´´ artigo);

     

    Ambas estão corretas.

  • Depois de meia hora tentando entender .....tem que prestar atenção no comando da questão que pede para substituir o termo inteiro "a essa" ( cuja crase não seria permitida por se tratar de pronome) por "a sua" (cuja crase é facultativa por se tratar de pronome possessivo feminino) . Pegadinha mesmo!

  • Essa alternativa e) é praticamente uma ilusão de ótica, uma miragem! hahaha

  • Aqui o termo não está sublinhado. Por isso ficou impossível resonder

  • GABA  E

  • A C, sem dúvida, também está certa. Trata-se de nome próprio feminino.


  • Apenas aperfeiçoando a regra da facultatividade da crase registrada pelo Sérgio TRT : a crase será facultativa antes de pronome possessivo feminino SINGULAR. Caso tal pronome esteja no plural, a crase passa a ser obrigatória: "Sérgio atribuiu confiança às suas lutas diárias."

  • Sobre a alternativa C:

    Realmente se trata de um caso de crase opcional, pois Amazônia é nome próprio feminino, mas a justificativa está incorreta, porque se trata de uso opcional do artigo "a".

  • Fiquei com uma duvida na C, "especialista em questões ligadas à Amazônia" 

    amazonia nao é nome próprio topônimo)???

    a crase é facultativa antes de nome ???

  • Fui que nem um pato na B...lendo melhor realmente o ''com prazer'' não seria o obj.direto

  • Um nome próprio é um substantivo que distingue e identifica algo de forma específica, como uma pessoa, um lugar ou entidade geográfica. Quando o nome próprio se refere a uma pessoa, é chamado de antropônimo; quando se refere a um lugar ou acidente geográfico é chamado de topônimo.

  • ALTERNATIVA A: Alternativa incorreta, pois o verbo “aceitar” é transitivo direto no caso em tela, não admitindo a preposição “a”.

    ALTERNATIVA B: Alternativa incorreta, pois o verbo “preferir” requer objeto direto para representar a “coisa preferida” e objeto indireto introduzido pela preposição “a” para representar a “coisa preterida”. No caso específico do item, está-se falando da coisa preferida, não havendo, assim, preposição e, consequentemente, não sendo possível o emprego da crase.

    ALTERNATIVA C: Alternativa incorreta, pois ocorre a fusão da preposição “a” - requerida pelo nome “ligadas” - com o artigo “a” – solicitado pelo topônimo “Amazônia”. Para chegar à conclusão de que “Amazônia” pede artigo, fazemos o teste “Voltamos da Amazônia com artigo”.

    ALTERNATIVA D: Alternativa incorreta, pois a forma verbal “advém” segue não só o modelo de conjugação do verbo “vem” como também sua transitividade. Sendo assim, não se admitirá a preposição “a” em sua regência.

    ALTERNATIVA E: Alternativa correta. No primeiro segmento, o uso da crase é obrigatório por causa da requisição do nome incompleto “resposta”, que pede a preposição “a”. A ela se soma o artigo “a”, solicitado pelo substantivo “resposta”. Além disso, do mesmo modo seria permitida a crase em “a sua”, pois o uso de artigo definido feminino antes de pronome possessivo é facultativo.

    Resposta: E

  • Quem responde, responde A alguma coisa.

    a+a=à