- ID
- 2691700
- Banca
- FCC
- Órgão
- SABESP
- Ano
- 2018
- Provas
-
- FCC - 2018 - SABESP - Técnico em Sistemas de Saneamento 01 - Eletrotécnica
- FCC - 2018 - SABESP - Técnico em Sistemas de Saneamento 01 - Telecomunicações
- FCC - 2018 - SABESP - Controlador de Sistemas de Saneamento 01
- FCC - 2018 - SABESP - Técnico de Segurança do Trabalho 01
- FCC - 2018 - SABESP - Técnico em Sistema de Saneamento 01
- FCC - 2018 - SABESP - Técnico em Sistemas de Saneamento 01 - Automação
- FCC - 2018 - SABESP - Técnico em Sistemas de Saneamento 01 - Eletrônica
- FCC - 2018 - SABESP - Técnico em Sistemas de Saneamento 01 - Química
- FCC - 2018 - SABESP - Técnico em Sistemas de Saneamento 01 - Saneamento
- Disciplina
- Português
- Assuntos
Atenção: Considere o texto abaixo para responder a questão.
Foi em 1964. Vinícius de Moraes esperava pelo jornalista e compositor Antônio Maria num chalezinho em Barão de Mauá, onde tinham combinado passar alguns dias. Eram mais que amigos − irmãos. De repente, foram dar a Vinícius a notícia de que Antônio Maria morrera na véspera, de infarto. Vinícius sentiu o que chamou de “coice da morte” e se deixou ficar, arrasado, na varanda do chalé. Naquele momento, um passarinho entrou pela varanda e começou a fazer evoluções à sua volta. Era um passarinho gordo, como Maria. O poeta escreveu depois: “Tenho certeza que aquele passarinho gordo era você, meu Maria, fazendo palhaçada para me tirar da fossa”.
Vinícius tinha prática nesses assuntos. Em 1955, morrera-lhe outro amigo querido, Jayme Ovalle. Dias depois, Vinícius escreveu a Manuel Bandeira: “Ele [Ovalle] não tem me largado um instante. Agora mesmo que estou te escrevendo, está sentado na poltrona em frente” − e descreveu uma longa cena do amigo morto que o visitava. Ovalle morrera no Rio e Vinícius estava em Paris, detalhe insignificante no além.
Quando se perde um amigo, vêm o vazio e a sensação de que, por mais que se falassem, os dois não disseram tudo.
(Adaptado de: CASTRO, Ruy. Disponível em: folha.uol.com.br. Acessado em: 30/3/18)
Considere as afirmações abaixo a respeito da crônica de Ruy Castro.
I. Em Vinícius de Moraes esperava pelo jornalista e compositor Antônio Maria num chalezinho em Barão de Mauá, onde tinham combinado passar alguns dias (1° parágrafo), os tempos verbais indicam, respectivamente, uma ação que estava se processando e outra anterior a ela.
II. A partir da afirmação de que Vinícius tinha prática nesses assuntos (2° parágrafo), depreende-se que ele já havia escrito poemas sobre tais questões, de modo que pôde enfrentar a perda de Maria com serenidade.
III. Com o comentário detalhe insignificante (2° parágrafo), o autor refere-se, com humor, à grande distância entre o Rio e Paris.
Está correto o que se afirma APENAS em