a) assunção da carga tributária apenas pelos consumidores, devido à relativa inelasticidade-preço da demanda.
Errado. A carga tributária seria assumida apenas pelos consumidores se a demanda fosse perfeitamente inelástica (reta vertical) ou se a oferta fosse perfeitamente elástica (reta horizontal). Como as equações que descrevem a oferta e a demandam não correspondem a esses dois casos extremos, então o ônus da tributação é compartilhado entre produtores e consumidores.
b) uma elevação do consumo de combustível, por efeito da elasticidade-renda da demanda.
Errado. A introdução de um imposto sempre reduz a quantidade de equilíbrio, gerando perda de peso morto.
c) um peso morto equivalente à soma dos excedentes do consumidor e do produtor.
Errado. O peso morto equivale à parcela da soma dos excedentes do consumidor e do produtor que foi perdida com a instituição do tributo.
d) uma perda tributária para o governo.
Errado. A instituição de um tributo gera receita para o governo.
e) assunção da carga tributária apenas pelos produtores, devido à relativa inelasticidade-preço da oferta.
Errado. Conforme explicado no item a), o ônus do tributo é compartilhado entre produtores e consumidores.
Sugestão de anulação
Prof. Thomaz Milani, EXPONENCIAL.
1º: encontrar o ponto de equilíbrio antes da tributação
Q = Q
140 − 15p = 50 + 10p
25p = 90
p = 3,6
q = 140 – 15. 3,6 = 86
Vamos agora ver o que acontece com o preço pago pelo consumidor (Pd) e com o preço recebido pelo vendedor (Po) após a introdução do imposto. Sabe-se que com a introdução do imposto, o equilíbrio será alterado, teremos uma nova quantidade de equilíbrio em que Qd’= Qs'’.
140 − 15p = 50 + 10p
15p + 10 p = 90
Sabemos também que a diferença entre o valor pago pelo consumidor e o valor recebido pelo vendedor é justamente o valor do imposto recolhido, ou seja, R$ 1,00. Dessa forma,
Pd – Po = 1
Estamos diante de um sistema de equações com duas variáveis, Pd e Po, vamos
calculá-las:
15p + 10 p = 90
Pd – Po = 1
Multiplicando a segunda equação por 10:
10Pd – 10Po = 10
Somando a primeira equação na segunda:
15p + 10 p = 90
25 p = 100
25 p = 100 → p = 100/25 = 4
Como Pd – Po = 1, então Po = 3
Pd – 3= 1
Pd = 1+ 3 = 4
Conforme calculamos, o bem será transacionado por R$4,00 no equilíbrio, ou seja, R$ 0,40 a mais do que antes da tributação.
Se o preço inicial era R$ 3,60 e, após a tributação, o consumidor pagará R$ 4,00 e o vendedor receberá R$ 3,00, então o consumidor está arcando com R$ 0,40 e o vendedor, R$0,60.
Vamos às alternativas:
a) assunção da carga tributária apenas pelos consumidores, devido à relativa inelasticidade-preço da demanda. ERRADA- Se o preço inicial era R$ 3,60 e, após a tributação, o consumidor pagará R$ 4,00, então o consumidor está arcando com R$ 0,40 .
b) uma elevação do consumo de combustível, por efeito da elasticidade- da demanda. - ERRADA - a introdução de um imposto específico irá reduzir o consumo, uma vez que houve aumento do preço pago pelos consumidores.
d) uma perda tributária para o governo. ERRADA – o governo está recebendo R$1,00 sobre os combustíveis automotivos
e) assunção da carga tributária apenas pelos produtores, devido à relativa inelasticidade-preço da oferta. ERRADA - Se o preço inicial era R$ 3,60 e, após a tributação, o vendedor receberá R$ 3,00, então o vendedor está arcando com R$ 0,60.
c) um peso morto equivalente à soma dos excedentes do consumidor e do produtor. CERTA - corresponde à soma das perdas dos excedentes do consumidor e do produtor
Quando o governo cobra um imposto dos vendedores, a curva de oferta retrai, o preço que os compradores pagam sobe e o preço que os produtores recebem cai. Na medida em que o imposto é estabelecido, ao se diminuir a quantidade de produtos comprados e vendidos, diminui-se o excedente total (excedente dos produtores + excedente dos consumidores).
O mais legal desta questão é que, lendo com calma cada alternativa, você repararia que não é preciso fazer contas.
Senão, vejamos.
As alternativas A e E estão erradas porque nenhum dos dois lados (produtores ou consumidores) assume a carga tributária sozinha porque não temos os casos extremos. Ou seja, nem a oferta nem a demanda são perfeitamente elásticas ou perfeitamente inelásticas.
Pois bem: a alternativa B está também errada porque ela propõe que haja aumento do consumo do bem tributado. É claro que não, né?! O tributo torna o bem mais caro e, portanto, reduz o consumo.
E a D também não faz sentido. Ao introduzir o imposto, há uma receita tributária para o governo e não uma perda.
A “C” é o nosso gabarito por eliminação. E este raciocínio todo é muito importante porque o cálculo da alternativa é bem trabalhoso e você provavelmente perderia um tempo precioso aqui.
Apenas vale comentar que o peso morto é a perda de bem-estar da sociedade. Alguns livros chamam esse bem-estar de “excedentes do consumidor e do produtor”. Como o excedente do consumidor e do produtor ( o bem –estar da sociedade) são diminuídos com o imposto, o que não virar receita tributária, é o peso morto.
Resposta: C