A teoria residual dos dividendos é uma escola de pensamento que sugere que o dividendo pago por uma empresa deve ser visto como um resíduo – o valor remanescente após terem sido aproveitadas todas as oportunidades aceitáveis de investimento. Com essa abordagem, a decisão quanto ao dividendo será tratada em três etapas, como se segue:
Etapa 1: determinar o nível óptimo de dispêndios de capital, que seria o nível gerado pela intersecção da escala de oportunidades de investimento e da escala de custo marginal ponderado do capital
Etapa 2: usando a estrutura de capital ideal, estimar o total de financiamento com capital próprio necessário para sustentar os dispêndios gerados na etapa 1.
Etapa 3: como o custo dos lucros retidos, é menor do que o das novas acções ordinárias, usar esses lucros para fazer frente a necessidade de capital próprio determinada na etapa 2. Se os lucros retidos forem insuficientes para isso, vender novas acções ordinárias. Se os lucros retidos disponíveis superarem essa necessidade, distribuir o excedente ‘ o resíduo ‘ como dividendos.
De acordo com essa abordagem, desde que a necessidade de capital próprio de uma empresa supere o valor dos lucros retidos, não serão pagos dividendos em dinheiro. O argumento em favor dessa abordagem é o de ser boa prática gerencial que a empresa tenha os recursos necessários para competir com eficácia. Essa visão dos dividendos sugere que o retorno requerido dos investidores, não é influenciado pela política de dividendos da empresa ‘ uma premissa que, por sua vez, implica a irrelevância da política de dividendos.